XIV

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Entrei na sala e me sentei lá atrás, Gabriel entrou alguns minutos depois agarrado com a ruiva sem sal dele.

Eles se sentaram nas fileiras da frente quando um professor entrou.

As aulas foram chatas e eu agradeci mentalmente quando tocou o sinal do intervalo.

Fui descendo as escadas quando senti dedos me cutucando.

- Oi. - uma menina loira com os fios lisos sorriu.

- Oi.

- Me chamo Iasmyn, e você? - ela era um pouco mais alta que eu e bem mais bonita.

- Thays.

- Primeiro dia? - Iasmyn perguntou.

Assenti com desânimo e ela me arrastou até um bebedouro antes de nos sentarmos em um banco de pedra gigante.

Iasmyn e eu conversamos sobre vários assuntos e nos sentamos juntas na sala de aula quando subimos.

Peguei o número dela e me despedi com um aceno antes de encostar na porta do carro de meu pai e esperar Gabriel.

- Porra, cadê esse menino? - Murmurei irritada.

Gabriel veio andando com uma expressão séria no rosto e destrancou a porta sem falar uma palavra.

Entrei no carro e ele dirigiu igual um lunático pra casa.

- Quer nos matar? - o encarei surpresa ao ver o velocímetro avançando para 150km.

Gabriel ficou quieto e apenas acelerou mais.

Se eu morrer eu mato ele.

Assim que ele parou o carro eu entrei em casa igual um jato e corri para o meu quarto, me jogando na cama e arfando por ter chegado viva.

A porta do meu banheiro se abriu e Matheus saiu de lá somente com uma toalha enrolada na cintura.

Se ele não fosse tão galinha eu diria que ele é bem gostoso, pqp.

Pera? O que ele está fazendo aqui?

Ele me encarou e percebeu que eu olhava para seu corpo quase nu.

- Gostou gatinha? - Ele sorriu convencido e pegou um short dele que estava jogado na minha cama

Cruzei os braços e desviei os olhos pra minha cama.

- Por que invadiu meu quarto?

Matheus girou o short nas mãos e encarou a porta entreaberta com um meio sorriso.

- Estava aberta.

- Foda-se. Isso não te da o direito de entrar na porra do meu quarto. - Gritei.

Matheus arqueou uma sobrancelha e foi se aproximando lentamente até ficar ao meu lado na cama.

- Sai! - ordenei ao ver ele sentar no colchão.

- Por que? - Matheus provocou encarando meus seios.

- Porque eu quero caralho, sai.

Parte de mim queria que ele saísse, mas outra parte - maior ainda - queria que ele ficasse.

Matheus suspirou e umedeceu os lábios lentamente, não desgrudando os olhos de mim.

- Eu sei que você quer... - Ele disse com convicção e foi se aproximando levemente até roçar lentamente seus lábios nos meus.

Os Filhos Da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora