Os Filhos Da Minha Madrasta

XXI

- Pra você é Gabriel, ok? - Gabriel disse sério. - Liga pro Matheus, já que vocês parecem se dar tão bem.

Bufei irritada e pedi o celular dele emprestado.

Gabriel estendeu o aparelho pra mim e eu disquei o número de Matheus.

- Fala Gabriel. - ele atendeu no terceiro toque.

- Oi Matheus, pode vir me buscar? - perguntei com a voz arrastada por conta da bebida.

- Onde você tá? Vocês estão bem? - a voz dele adquiriu um tom preocupado e eu expliquei que apenas queria ir pra casa. - Ta bom, onde você tá?

- Qual o nome da rua? - perguntei pro Gabriel, que disse o endereço de modo desinteressado.

Passei o nome pro Matheus e esse disse um "ok" antes de desligar.

- Obrigado, irmãozinho. - Ironizei antes de ir pra porta de entrada.

O carro do meu pai virou a esquina e Matheus veio até mim.

- Eita, você bebeu quantas? - Sua expressão tava preocupada e ele passou o braço pelos meus ombros antes de me guiar pro banco do carona.

- Não sei - respondi indecisa.

- Ta com vontade de vomitar? - ele perguntou atencioso.

Neguei com a cabeça e ele ligou o carro, indo pra casa em uma velocidade média para eu não me sentir enjoada.

- Vem. - Matheus me levou até meu quarto e eu sentei na cama, ainda meia tonta.

- Obrigada - sorri encarando o garoto que estava em pé ao meu lado. - Ei, vem cá - pedi.

Matheus arqueou as sobrancelhas e sentou ao meu lado no colchão.

- Você precisa dormir cara.

- Não. Eu preciso de você - gemi.

MATHEUS NARRANDO...

Ela deve tá muito bêbada, puta que pariu.

- Cara, faz assim, toma um banho depois dorme, ok? - falei encarando os olhos de Thays.

Ela negou emburrada e me abraçou involuntariamente.

To dizendo...

Retrubui seu abraço e senti quando ela começou a beijar meu pescoço de leve.

Aahh... Não começa uma coisa que você não vai terminar...

- T-thays... - falei, tentando controlar a respiração. - Para.

Ela me ignorou e subiu os beijos para o meu queixo.

- Por que parar? - ela choramingou.

- Por que amanhã você vai se arrepender de ter feito isso. - Respondi sério, sem retrubuir as carícias da morena.

- Não vou não, eu juro.

Ela me encarou e mordeu os lábios de modo safado.

Perdi toda a minha linha de raciocínio naquele momento e a puxei para um beijo feroz.