XIX

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Dou um último abraço em Antônio e aceno para Regianne quando eles entram em um táxi.

- Poxa, vou sentir saudades - choramingo.

- Também vamos. - Comenta Gabriel de forma desinteressada.

Com certeza isso devia ocorrer com frequência, pois os meninos nem pareciam abalados.

Entro em casa novamente e rumo até a cozinha. Como um pedaço de bolo e corro até meu quarto para me arrumar pra tal festa.

Iasmyn disse que iria me buscar às 19:30, então fui logo tomar meu banho.

Vesti um macacão vermelho e uma sapatilha da mesma cor. Finalizei meus cachos e fiz uma make básica antes de pegar meu celular na cama e ir pra sala esperar minha amiga me ligar.

- Eita, vai aonde assim? - Matheus finalmente pareceu me notar e estreitou os olhos pelo meu look.

- Pra uma festa com uma amiga. - Disse sem desviar os olhos do celular.

- Eu deixei? - ele tira meu aparelho da minha mão e me faz encarar seus olhos.

- Rá! Você não manda em mim! - respondi irônica.

Matheus suspirou fundo e assentiu.

- Enquanto seu pai não tiver aqui eu mando sim. Você não é maior de idade.

- Foda-se. Eu vou sair e pronto. - Provoquei, tomando meu celular da mão dele e cruzando as pernas.

Gabriel apareceu na sala todo arrumado e exalando um puta perfume bom.

- Êh Matheus, vou sair. Não me espere acordado. - Ele diz sorridente.

- Novidade! - o irmão exclama.

Meu celular vibra e eu levanto animada.

- Ela vai pra onde?

- Disse que vai pra uma festa - Matheus dá de ombros.

- Ou, te quero em casa às onze da noite. Nem um minuto a mais. - Gabriel ordena.

- Vai sonhando garoto.

Entro no táxi onde está Iasmyn e partimos pra festa.

O táxi estaciona em frente a uma casa barulhenta e cheia de luzes.

Adentramos a casa e meus olhos recaem sobre a multidão de pessoas que se encontravam lá dentro.

- Gente, isso ta lotado! - comentei com Iasm...

Cadê essa doida??

Affs, sumiu.

Rumei até o que seria a cozinha e peguei um drink que o garçom servia.

Entrei em um corredor estreito e saí em uma varanda carregada de um verde musgo.

A música era ensurdecedora e as pessoas se esfregavam umas nas outras.

Que cabaré!

O loiro que me convidou se aproximou com um sorriso e brindou seu copo no meu.

- Oi, você veio.

- Pois é - sorri.

Ele olhou em volta e franziu o cenho.

- Cadê a Myn?

Dei de ombros e ele sorriu novamente.

- Bom, a casa é sua. Se enturme colega.

E ele saiu de perto, me deixando sozinha naquela multidão.

Bebi meu drink de uma só vez e voltei pelo corredor pra pegar outro.

A cozinha estava mais vazia e eu procurei o garçom.

É, não encontrei.

Avistei um menino de costas pra bancada e me aproximei lentamente.

- Ei, você viu o garçom?

Ele se virou pra mim com a sombrancelha arqueada e logo comprimiu os lábios.

- Ah, você? - dissemos em uníssono.

Os Filhos Da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora