3.700 Anos de amor (Senku X Leitora)

Árvore de natal

-- Da última vez que fizemos luz, queimou quase na hora -- Comenta Chrome segurando uma lâmpada -- o que vamos fazer? -- ele pergunta para Senku que estava dentro do laboratório.

-- o que você faz para fazer as coisas queimarem mais rápido? -- pergunta o gênio.

-- você colocou um monte de ar com a máquina de soprar -- lembra Chrome.

-- então, o que você faz para evitar que as coisas queimem? -- pergunta Senku saindo do laboratório, Chrome fica pensativo, mas logo parece entender aonde Senku quer chegar.

-- você se livra do ar? -- Ele pergunta surpreso.

Não demorou muito para que estivéssemos com tudo preparado para fazer uma lâmpada, Senku primeiro usou mercúrio em um tubo de vidro para que ele pudesse fazer alguma coisa (não entendo conversa de gênios) para criar vácuo, e pronto, estava feita uma lâmpada.

-- isso foi consideravelmente rápido -- Falo surpresa quando Senku encaixa a lâmpada na bateria e ela acende sem o menor problema.

-- não importa o quanto aqueça, se não tiver ar, não queima -- explica o gênio -- vai durar muito tempo sem queimar.

Senku pede a minha ajuda, de Gen, Kaseki e de Chrome para fazer uma árvore de natal. Foi complicado para preparar tudo, principal por que foi tudo arrumado em uma árvore real, ou seja, colocar as luzes no topo foi minha responsabilidade, já que eu sou a melhor escaladora entre eles.

Logo anoitece e Kohaku finalmente chega com o pessoal.

-- Senku, eu trouxe todo mundo.

-- certo, espere um pouco -- ele fala olhando para cima, começam a cair pequenos flocos de neve.

-- droga, está nevando -- Chrome fala -- vamos cancelar o teste?

-- não, se possível, eu gostaria de fazer hoje -- ele comenta indo até um "interruptor " que estava pendurado. -- certo, vamos ligar.

Ele liga o interruptor e a árvore inteira se acende, juntamente com minhas esperanças de reencontrar meu irmão, de derrotarmos Tsukasa e terminarmos logo com esses problemas para podermos ficar todos tranquilos.

Tem alguma coisa diferente a algum tempo, toda vez que penso no meu irmão eu sinto como se pudéssemos nos encontrar a qualquer momento.

-- parecem estrelas brilhando! -- comenta Suika vindo até mim e erguendo seus braços, eu a pego no colo e ficamos observando a árvore.

--luzes decorativas...eu sinto que voltei ao mundo moderno -- Gen fala sorrindo.

-- vocês nos mostram coisas cada vez vai surpreendentes -- Comenta Kinrou ao meu lado, Kohaku e os outros concordam com ele.

-- Seu mundo era magnifico -- Ruri comenta sorrindo, sem tirar os olhos da árvore.

-- concordo, mas há coisas que o velho mundo nunca poderia me dar -- afirmo olhando as luzes, fecho os olhos e então os abro novamente alternado meu olhar por entre eles -- primeiro, a amizade de vocês, segundo, essas aventuras esquisitas e incríveis, terceiro, a maior oportunidade da vida do Senku para mostrar quem realmente é.

-- espere, hoje é natal? -- escuto Gen falando com Senku e Kaseki.

-- ah, agora que você falou... que coincidência -- comenta Senku enquanto eu me aproximo dele, ainda segurando Suika.

Ficamos em silêncio por um tempo até Suika querer sair do meu colo para conversar com outras crianças, logo que ela vai e eu olho para trás percebo que realmente tinham bastante pessoas aqui. Logo que Suika se afasta Senku segura minha mão e me puxa para até estarmos longe de todos.

Senku estava corado e nervoso, mas não desviava seus olhos dos meus, ele parecia querer falar algo, mas ao mesmo tempo estava tímido de mais para dizer qualquer palavra.

A ciência te deixa orgulhosos, o amor te deixa tímido.

-- você por acaso que me beijar? -- falo tentando entender seu comportamento fofo, ele acena com a cabeça e então eu me aproximo dele -- não precisa ficar tão tímido, estamos namorando.

Eu também estava com vergonha por dentro, aquele não seria nosso primeiro beijo, mas ainda assim me deixava nervosa, e eu sabia que ele também se sentia assim, mas alguém tinha que tomar a iniciativa.

Celo meus lábios com os dele, sentindo novamente aquela maciez encantadora, era quente, macio e aconchegante, sinto meu coração disparando mais uma vez, eu sabia que seria sempre assim, todos os nossos beijos seriam únicos como se fossem o primeiro. Nossas línguas voltaram a dançar juntas, mas dessa vez eu não ficaria apenas nisso, coloco uma das minhas mãos na nuca de Senku aprofundando o beijo enquanto a outra pousa na cintura dele, o puxando para mais perto, Senku parece ter ficado surpreso, mas não me afastou em momento algum. Ele pousa suas mãos na minha cintura, sem saber muito como reagir.

Logo nos afastamos um pouco, novamente ofegantes, coloco meu rosto no pescoço dele, sentindo a pelúcia do casaco de peles dele fazendo cócegas no meu nariz, desliso delicadamente meu nariz pelo seu pescoço sentindo o cheiro gostoso e amadeirado que ele possuía, Senku se arrepia e aperta levemente minha cintura, seu mini susto me faz rir.

-- você é fofo.

-- você que sabe como mexer comigo -- Senku fala empurrando minha cintura levemente, me afasto dele e percebo que ele estava corado, seguro sua mão e vamos andando de volta para onde estava o pessoal, percebo que Gen sorria maliciosamente para nós.

É, não dá para esconder nada desse morceginho.

-- ah droga! Eu tive uma ideia! -- Grita Chrome, me fazendo acordar, ele e quase todo mundo já estavam lá fora.

-- hã? -- Suika acorda coçando os olhinhos de forma fofa -- quem tá gritando?

-- o doido do Chrome -- me levanto e vou até a porta da cabana -- O SEU BOCO, TINHA GENTE DORMINDO -- Sei que falei um palavrão, mas quer saber? Não. Me. Importo. O que queriam? Não deve ser nem 8 da manhã e ele já tá berrando feito uma cabra loca, não tem como ficar de bom humor não!

-- Foi mal! -- ele se desculpa enquanto coça a nuca desajeitado -- agora nós podemos ir mais fundo nas cavernas do que conseguia-mos com as tochas, certo?

-- sim, com baterias e lâmpadas podemos ir dez bilhões de vezes mais fundo -- comenta Senku dando um chute nas costas de Chrome, o repreendendo por gritar bem do lado dele.

-- aposto que tem um monte de rochas legais no fundo das cavernas! -- ele comenta animado -- vamos nessa, descobridores da ciência!