Esperança, começo ou fim?

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-- aposto que tem um monte de rochas legais no fundo das cavernas! -- ele comenta animado -- vamos nessa, descobridores da ciência!

-- e lá vamos nós com a conversa sobre pedras -- comento enquanto desço as escadas da cabana com Suika.

--e aí, Senku, você pode estar bem na minha frente na ciência, mas quando o assunto é explorar eu sou dez bilhões de vezes melhor do que você -- Chrome pergunta colocando um cesto amarrado nas costas.

-- deve ser, você fez isso por anos -- Senku coça a orelha sem o menor ânimo.

Como ele consegue ser tão energético? Acabou de amanhecer e é inverno!

-- o que você quer? O capitão Chrome vai pegar para você! -- Chrome fala animado -- deve ter muita coisa no mapa para chegar ao celular que não temos.

-- materiais que nos faltam... nada -- a voz de Senku muda de séria para fofa.

-- Não tem nada!? -- Chrome parecia meio desesperado.

-- FINALMENTE -- comemoro com Gen, nos dois batemos as mãos.

-- nós temos tudo o que precisamos, graças ao nosso trabalho duro nas últimas missões -- Senku explica

-- então tem um motivo para explorar agora, considerando que estamos com pouco pessoal? -- Pergunta Kuhako.

-- eu aposto que ele só quer explorar, agora que tem equipamento novo -- Guinrou fala para Kohaku.

Chrome se vira rapidamente nervoso, aparentemente Guinrou estava certo.

-- seria bom ter um monte de cobre -- comenta Senku -- não tem como saber o quanto vamos usar na nossa próxima sessão brutal de construção.

-- Ainda tem mais! -- Eu e Gen gritamos não muito contentes, claro, eu amo ajudar Senku mas francamente, isso não é fácil não!

-- Deixa comigo! -- Chrome grita e sai correndo a toda velocidade.

-- volte logo -- avisa Senku -- pelo menos até o ano novo, na semana que vem -- admito que era esquisito ver Senku fazendo uma piada, mas eu amei isso, ele estava se soltando, isso era maravilhoso.

-- que construção brutal é essa? -- pergunta Kaseki -- eu quero deixar pronto até o Chrome voltar, para fazer uma surpresa para ele.

-- o próximo nível da lâmpada -- começa Senku enquanto eu ando até ele e o beijo na bochecha, aproveitando para chochicar um "bom dia" no ouvido dele, o gênio acaba se arrepiado, mas devolvê o ato me beijando na testa, sem se importar se os outros estavam vendo.

-- Uhuu, a lâmpada já foi brutal -- Comenta Kaseki -- isso é empolgante.

-- nós vamos fazer os ovos dos computadores, as engrenagens eletrônicas, tubos de vácuo -- Senku fala.

-- Tubos...de vácuo? -- Eu e Gen nos completamos.

-- nós chegamos ao ponto de eu não saber mais o que você está fazendo, quer dizer, eu sei -- comenta Gen -- eu sei o nome, mas se me perguntassem o que exatamente fazem...

-- então não sou a única? Uffa -- falo aliviada.

-- nós derrubamos elétrons usando calor, fazendo a corrente ir na mesma direção aumentando a potência -- começa a explicar Senku, ele olha pra mim e sorri -- pense neles como engrenagens do mundo da eletricidade.  É o coração de um celular.


-- é duro, mas é quase o mesmo que fazer uma lâmpada -- comenta Kaseki.

-- sim, mas como o nome sugere, é um tubo de vácuo, então precisamos nos livrar do ar -- Senku liga um interruptor de madeira, fazendo a lâmpada se acender -- colocamos fósforo no filamento, onde aquece, ele vai queimar e sugar todo ar em volta. -- estava tudo indo bem, mas o vidro racha fazendo Senku e Kaseki pularem.

 -- estava tudo indo bem, mas o vidro racha fazendo Senku e Kaseki pularem

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--hoho, eu não fiz nada -- comenta Kaseki.

-- Rachou na base -- comenta Suika.

-- os fios estão se expandindo -- Senku percebe algo e então começa a explicar -- o fio de metal que passa pelo vidro se expande só um pouco do calor do fósforo queimado, essa mudança de alguns microns fez o vidro quebrar.

-- esse é o nível de precisão que estamos lidando aqui !? -- Gen pergunta surpreso.

-- realmente, coisas pequenas podem causar estragos grandes... -- reflito comigo mesma sobre reação em cadeia.

-- o que faremos então? -- Gen pergunta curioso.

-- nada dá certo na primeira vez, não é? -- pergunta Kaseki.

-- não passa de tentativa e erro -- comenta Senku, no final ele e Kaseki ficaram o dia inteiro e parte da noite tentando -- que canseira -- fala Senku entrando na cabana, ele fica surpreso ao me ver sentada apenas olhando o céu pela janela -- perdeu o sono?

-- decidi esperar você -- Falo indo até ele e deixando um beijo em sua bochecha -- vem, amanhã você continua, Sr. Cienceiro.

-- não precisava me esperar -- ele fala enquanto nos deitamos, eu o abraço e ele me abraça com mais confiança do que geralmente faz.




-- Oe, eu voltei -- Fala Chrome, ele estende um pedaço de material com cor de ferrugem -- peguei cobre!

-- nós só precisávamos de um pouco de cobre -- comenta Senku se aproximando dele e pegando o cobre, depois disso Senku fez um tubo de cobre -- um tubo vai se expandir apenas para dentro, sem rachar o vidro em volta.

-- Finalmente! Puxa! Foi difícil trabalhar fazendo um tubo de vácuo -- Kaseki fala e Senku liga a lapada.

-- O filamento de bambu queimou na mesma hora -- comento vendo o bambu se desmanchando em cinzas.

-- Droga! -- reclama Chrome.

Senku e Kaseki passaram novamente o dia inteiro tentando fazer o projeto dar certo isso claramente estava deixando ele frustado.

-- Droga, filamentos de bambu são fundamentalmente fracos demais para os tubos de vácuo -- Senku fala olhando frustrado para o céu que começava a ficar escuro.

-- Eu não entendo de ciência, mas o bambu é fraco demais, não é? -- pergunta Kohaku.

-- do que precisamos? -- Chrome pergunta determinado a buscar o que quer que fosse -- precisamos de algo mais forte! Eu vou procurar.

-- Não, não tem nada melhor nesta era... -- ele se vira para nós, pude perceber que a voz dele está temerosa.

Ou talvez você apenas esteja se esquecendo de alguma coisa.

Penso tentando manter a positividade, vou até Chrome e peço pra ele pegar um pouco de todos os seus materiais, talvez houvesse algo que pudesse ajudar.

-- Esses são todos os minerais que eu encontrei pelas cavernas -- Chrome segurava pedras diferentes enquanto procurava algo que pudesse ser útil -- Deve ter alguma aqui que seja forte o bastante para resistir ao calor.

-- esta parece uma gema -- fala Ruby segurando uma pedra esverdeada.

-- isso é um cadáver de percevejo -- fala Senku, ela solta um gritinho e deixa a "pedra" cair no chão.

-- E essa pedra? -- Pergunta Guinrou -- e leve e bem escura.

-- é merda de Tanuki.

-- merda! -- Guinrou fala esmagando o item com as mãos.

Senku parecia deprimido, como se acabassem as suas esperanças, então vou lá e o abraço pelas costas, ele parece se surpreender um pouco.

3.700 Anos de amor (Senku X Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora