ᵉˡᵉᵛᵉⁿ | past

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Há oito anos atrás

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oito anos atrás

Uma garota dócil, de cabelos castanhos presos em duas tranças estava sentada, no quintal, brincando com pequenas flores. Plantando-as enquanto cantarolava algo. Satoru observava a pequena Kiyato, delicada e frágil. Uma das últimas pessoas do clã de habilidades mentais, caras poderosos que podiam dominar tudo o que quisessem. Por sorte, o clã foi extinto. Não querendo ser rude ou algo do tipo, porém o clã era perigoso e tinha muita gente difícil de lhe dar. Um exemplo, era o pai da garota.

Mitsuno Gojo, mãe da garota, conversava com seu sobrinho, sobre a sua filha e como ela viveria sua vida. Satoru reprovava completamente a ideia de deixar a menina numa restrição por medo de que a menina se machucasse ou algo do tipo. Por mais que isso fosse preocupação materna, isso faria mal a menina futuramente e ao seu caráter. Uma das únicas sobreviventes do clã, não saber usar o próprio poder?

— Eu treinarei Mayumi. — disse o albino indo até a garota e pegando sua mão.

— Como faria isso? Você não faz parte do clã e tem... vinte anos. — disse a mãe da garota ao sorrir.

— Aquele cara fez algo de útil na vida dele. — carregou a menina e olhou para a mulher. — Ele deixou os livros antigos do clã em sua casa.

Após um ano e meio

— Satoru... você realmente acha que está certo? — perguntou a pequena com os olhos fitados no livro.

— Deve estar, tem que estar. disse folheando o objeto e a garota o encarou.

— Você tem problema? — perguntou pondo as mãos na cintura. — Como assim "deve estar"? Você por acaso é idiota?

— Por que me chamou de idiota? Sua mãe lhe disse para respeitar os mais velhos. — disse para a menina.

— Pode até parecer que você tem vinte e dois anos, mas, suas ações não correspondem. Um exemplo claro, é que comeu todos os doces que tinham na geladeira.

Ele encarou-a e concordou. A menina realmente estava certa, um cara que havia acabado de comer os doces da sobremesa que teria após a janta, nunca seria levado à sério. Ele suspirou encarando o livro, e depois olhou para a garota mandando-a fazer o ritual do feitiço novamente. Funcionava como uma coreografia comum, porém, sem música. A combinação de movimentos que destravava a habilidade da menina era suave, mas ao mesmo tempo, complexa. Um esforço tinha a ser feito, repetir os mesmos movimentos e encontrar o erro que estavam cometendo.

THOUGHTS, M. Fushiguro.Onde histórias criam vida. Descubra agora