THOUGHTS, M. Fushiguro.

ˢᵉᵛᵉⁿᵗᵉᵉⁿ | explosions

MAYUMI ESTAVA PARADA em frente a maldição e todos ali olhavam-na, assustados. Era de se esperar de algo como aquilo. Segurava seu bastão na mão esquerda e não havia baixado a guarda, seja lá o que fosse aquilo ou o que aquela coisa poderia fazer, não era o momento certo pra relaxar. Olhava para Megumi algumas vezes procurando em seu rosto um pequeno sinal de esperança, nem que fosse um minúsculo, mas o que encontrava era apenas o desespero do amigo, fazendo com que surgisse um pouco de dúvida em relação a vitória deles nessa batalha.

— Parem com isso, crianças tolas. — disse o monstro que estava em frente à eles. — Só desejo proteger esse planeta, e mais nada.

— Tolices de uma maldição, apenas ignore. — disse Noritoshi disse e Mayumi virou o rosto para ele.

— Claro que deveríamos ignorar, em que mundo você vive? — perguntou a garota. — Que tipo de feiticeiro iria escutar uma coisa medonha dessa estando na cara que ela está mentindo?

— Mayumi. — Fushiguro repreendeu e menina revirou os olhos. — Ele é completamente diferente dos de nível menor.

— A floresta, o mar, e o céu choram com tanta veemência, que não aguento mais. — a maldição voltou a falar. — É impossível continuar a coexistir com os humanos. Eles sabem que há apenas alguns humanos gentis com o planeta, mas quanto essa afeição realmente ajuda?

— Eu não aguento mais. — Mayumi virou ajeitando a postura. — Qual é a desse papinho estranho de "ah, terra que chora e céu que lacrimeja.", por cinco minutos, eu tive certeza de que a esquisita aqui não sou eu.

A maldição a olhou e a garota riu. Caminhou para um pouco mais perto vendo seus amigos olharem as suas ações prontos para tirá-la de lá.

— Bem, seja lá o que você for fazer, eu não me importo. Você vai morrer aqui mesmo. — ela olhou fixamente para a maldição e seu olhar simplesmente perdeu o brilho, se tornando seco e amedrontador. — Nem que eu precise morrer pra acabar com você.

Raízes cresceram atrás da maldição fazendo Mayumi se afastar e levantar a guarda novamente. Rindo como se alguém estivesse fazendo algo que havia lhe agradado, seu sorriso estava estampado em seu rosto. Uma das características presentes do rosto de Satoru. A feição da menina havia mudado, era perceptível a semelhança, porém existia apenas uma diferença: os lábios continham um sorriso, mas um sorriso sádico.

— Tempo sem humanos. — a maldição gritou. — Por favor, morram e tornem-se sábios!