Capítulo 50

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Eu me sentei no banco da frente do carro, Dabi se sentou no banco de motorista e pegou o volante.

— Não vai dirigir? — Perguntei e ele sorriu nervoso.

— Faz um tempo que eu não dirijo, então acabei tendo um dejavu. — Ele sorriu nostálgico.

Estou com medo... Ele vai bater esse carro e eu vou morrer, e olha que eu sou imortal.

— Por favor, só não bata o carro... — Falei e ele afirmou.

Ele deu partida e começou a dirigir, cruzei os dedos pedindo aos céus para ele não bater aquele carro.

Me pergunto se ele lembra qual é o de andar e qual é o de parar...

Se tudo der certo ninguém vai precisar morrer hoje.

Respirei fundo e liguei o rádio.

— Na tarde de ontem ouve uma invasão onde os capangas do vilão Deku invadiram a associação das irmãs da misericórdia e fugiram com o tal vilão, cinco freiras que tomavam conta do lugar acabaram sendo mortas decapitadas. — Disse o rádio.

O rádio estava meio falho mas ainda dava pra ouvir, odeio ouvir rádio por isso a voz sai toda estranha, coloquei meus pés do porta luvas e desci a cadeira.

— A associação das irmãs da misericórdia foi fechada para visitantes temporariamente, os corpos das freiras foram enterrados hoje... Mas o mais estranho é que a cabeça de todas foram explodidas. — Troquei rapidamente o rádio.

Não ligo mais pra notícias, coloquei uma música calma e relaxante, olhei e vi o nome da música no painel digital... Let Go...

Inglês? Que chique.

Dabi pareceu gostar da música, sua cabeça balançava em sincronia com a batida.

Então começou a chover, a rua estava deserta, olhei o vidro e parecia que estávamos em uma ponte.

A casa da minha mãe ficava em uma ilha no interior, não me surpreende ela parecia ser bem calma.

Os pingos de chuva chegaram na janela, o clima ficou frio derrepente, comecei a olhar os pingos de água que caiam calmamente.

Olhei para o céu nublado com nuvens cinzas... A chuva foi ficando mais forte com o tempo, não gosto de trovões... Espero que não tenha trovões.

Abri o porta luvas e achei um bloco de notas e uma caneta, o bloco de notas não tinha nada escrito então ei peguei a caneta e comecei a desenhar.

Eu gostava de desenhar quando era menor, Tomura me ensinou a desenhar... E meu animal favorito era o veado então desenhava ele todos os dias.

Comecei a desenhar um veado sem perceber.

Talvez seja o costume... Continuei desenhado e Dabi deu uma gargalhada.

— O que foi? — Perguntei confuso e curioso.

— Agora que eu percebi que seus cílios também são verdes. — Diz Dabi.

Do Bem Vem O MalOnde histórias criam vida. Descubra agora