Capítulo 47

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Minha cabeça estava pesada, meu corpo parecia uma pedra, meus olhos estavam umedecendo aos poucos mesmo assim senti uma vontade enorme de acordar.

Algo dentro de mim dizia pra acordar.

Assim que abri os olhos estava deitado em uma cama, meus olhos vasculharam o lugar que mais parecia uma prisão.

Tudo era feito de cimento, a única coisa que tinha era minha cama que era colada na parede, a janela tinha grade e a porta a era grande e forte.

Duvido que eu consiga derrubar.

Ao lado da porta um vidro preto que não me permitia ver o outro lado, somente as pessoas poderiam me ver.

O lugar era um pouco pequeno mas possível de andar, me levantei e vi que eu vestia uma roupa laranja com o número duzentos e dois.

A porta da cela foi aberta revelando um homem alto com uma jaqueta branca de médico.

Ele tinha cabelos castanhos e uma barba, parece estar na casa dos trinta anos.

— Senhor Midoriya? Prazer em conhecê-lo, serei seu psicólogo. — Ele diz estendendo a mão para um comprimento.

Olhei em seu rosto e ele abaixou a mão envergonhado após ser deixado no vácuo.

— Bom, está na hora de uma seção de terapia, está pronto? — Ele pergunta e eu apenas o encaro. — Tudo bem... É sempre assim no primeiro dia, mas não se preocupe todos aqui vão te ajudar a melhorar seu estado.

Ele abre a porta da cela com um cartão e me abre passagem para o acompanhar, ele colocou algemas em mim para que eu não fugisse e me guiou pelo corredor.

Parou em uma porta um pouco afastada e a abriu com o cartão, me deu passagem para entrar, eu pensei um pouco e entrei exitante.

Ele trancou a porta e se sentou no sofá, o quarto era grande e pintado de branco, tinha o mesmo vidro preto que aposto ter pessoas atrás.

No local tinha uma mesa colada na parede e uma cadeira de escritório de cor preta, era decorado com prateleiras com livros na parede.

Tinha dois sofás com uma mini mesa com um bule de chá, quadros na parede e um tapete no chão.

Me sentei no sofá a frente e ele retirou minhas algemas, olhei para ele e levantei a sobrancelha.

Ele pegou uma prancheta e uma caneta e começou a anotar algo.

— Pronto... Quer começar me contando sobre sua vida? — Ele perguntou e eu sorri debochado.

Ele soltou um sorriso acolhedor e escreveu algumas palavras.

— Não seja tímido... Só estamos eu e você aqui. — Ele diz tentando me fazer desabafar.

— O que me garante que não tem pessoas vendo nossa conversa pelo vidro, ou ouvindo em escutas. — Falei vendo ele se surpreender.

— Eu garanto que é somente a gente. — Ele apertou um botão e uma parede cobriu o vidro preto. — Pode falar o que quiser.

Do Bem Vem O MalOnde histórias criam vida. Descubra agora