Capítulo 62

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O homem me olhava com seus olhos brancos mortos, fechei a cara e olhei Dabi que parecia com medo.

— Quando eu mandar quero que pule a janela e fuga pra casa. — Falei e ele me olhou incrédulo.

O homem começou a bater na porta para derruba-la enquanto nós ouvimos o som de seu grito e seus ossos estralando.

— Não posso deixar você aqui! — Ele diz com lágrimas nos olhos. — Você está machucado da perna e... — Antes de terminar eu o interrompi.

— Eu prometo que volto inteiro, não vou deixar um morto vivo me matar pode ter certeza. — Falei com convicção.

O homem que eu suspeito ser nosso vizinho quebrou a porta entrando no quarto, a pancada que ele deu foi forte por isso levou um tempo para se recompor.

— Agora Dabi! — Gritei ouvindo o som do vidro da janela se quebrando.

Olhei para baixo e vi Dabi correr e pular o muro, a criatura soltou um grunhido por um vidro entrar em seu olho direito.

Ela olhou para mim e começou a correr em minha direção.

Ativei meu dom soltando um grito muito alto, coloquei minhas mãos para frente direcionando o grito para o monstro.

Vi ele se arremessado longe e bater contra a parede.

Acho que arrumei um jeito de conseguir usar meu dom sem machucar outras pessoas.

Ele se recompôs e correu até mim, novamente eu gritei soltando o ar dos meus pulmões e liberando meu dom.

Ele se remexeu como se estivesse sentindo uma agonia subir, o copo dele começou a pegar fogo.

A fumaça contaminou o lugar fazendo eu começar a tossir, comecei a ter dificuldades para respirar.

O monstro caminhava até mim prestes a atacar porém eu fui mais rápido, saí correndo e me armei com um facão da cozinha.

A criatura veio até mim e eu cortei seu ombro com o facão o sujando com sangue podre.

Assim ele soltou um grito pavoroso e pulou no telhado caminhando encravando suas unhas na madeira.

Sai correndo até a porta porém antes que eu chegasse lá ele pulou em cima de mim e colocou suas mãos sujas em meu pescoço tentando me sufocar.

Rapidamente peguei sua cabeça e usando uma força necessária quebrei seu pescoço.

Ele caiu no chão fraco e eu encravei o facão em seu peito, ele gritou de dor e eu juntei o ar dos pulmões rapidamente e gritei.

Coloquei minhas mãos em sua direção e ele começou a gritar de dor, então ele começou a pegar fogo novamente e a virar pó.

Sai correndo assim que vi suas cinzas pela casa.

Fui pro quintal e pulei o muro encontrando Dabi sentado na grama chorando, assim que me viu ele pulou até mim e me beijou nos lábios.

Um beijo com sentimento de saudade e preocupação, ele chorava aliviado e me abraçava com força.

Pediu passagem com a língua que foi aceita, o beijo era calmo, a língua dele explorava lentamente minha boca colocando as mãos em minha cintura.

Do Bem Vem O MalOnde histórias criam vida. Descubra agora