Capítulo 72

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Estou perdido... Perdido na vontade de matar, algo que vaga pelo mundo em busca de vítimas a dominando.

Essa vontade é a mais poderosa dos sentimentos, somente pessoas gentis podem reprimi-lo.

As pessoas malignas não tem pena de matar.

Já pessoas misericordiosas acham que só podem matar quem merece.

Já as pessoas genuinamente bondosa, acha que ninguém deve morrer.

Esse sentimento vem com raiva, mágoa, tristeza, inveja... Mas o mais importante, nunca se deve deixar que essa vontade o domine.

Ou você pode se tornar um monstro.

Viver escondido, perder pessoas importantes, perder o contato com o mundo...

Eu pensava enquanto via o sangue de Mirio sujar meu porta malas, retirei seu cadáver indo até o beco onde se encontrava um loiro assustado e nervoso.

Me aproximei vendo ele recuar assustado, escondi o cadáver atrás de Bakugou e Todoroki e o olhei sem remorso.

— Trouxe o dinheiro? — Perguntei e ele me estendeu uma bolsa pesada, peguei a bolsa com cuidado e joguei no chão.

— Agora eu quero meu sucessor. — Ele diz tentando manter a voz firme, está tão na cara seu nervosismo...

Vi Dabi pegar o cadáver e o jogar na frente de Toshinori que parou um momento.

Ele se ajoelhou e abriu a sacola vendo o rosto de seu sucessor frio e sem vida.

Ele começou a chorar e a murmurar "Me prometeu que ele estaria vivo."

Até fiquei com pena...

Mentira.

Fui para trás dele e segurei meu machado com força, ele abaixou o rosto e deixou as lágrimas caírem.

O machado passou pelo seu pescoço arrancando sua cabeça e sujando o chão, minhas mãos, meu rosto e minhas roupas de sangue.

O corpo jorrava sangue enquanto eu olhava a sua cabeça que rolava no chão.

Levantei meu olhar para o reflexo do Machado revelando meu rosto ensanguentado e com orelhas.

Todoroki pegou meu ombro me guiando para o carro que tinha um loiro entediado esperando.

Me sentei ao seu lado no banco de trás.

— Eca, você tá sujo de sangue. — Disse Bakugou pegando um pano úmido de água e passando em meu rosto.

— Por que tem nojo do sangue? — Perguntei com uma voz lenta.

— Eu não tenho nojo, só gosto de me manter limpo. — Ele diz passando o pano úmido pelo meu rosto o limpando. — Tome um banho quando chegar em casa.

— Certo. — Eu digo vendo ele limpar minhas mãos e dedos sujas do líquido vermelho.

O carro deu partida e começou a andar com o bicolor dirigindo, ele mantida sua posição reta e seus olhos na estrada.

Do Bem Vem O MalOnde histórias criam vida. Descubra agora