DNA exposto

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Acordei com dor de cabeça, parecia que eu tinha levado uma pancada. Não me lembrava de nada, além do senhor William amarrado.

Minha visão estava turva, demorou alguns segundos pra ela voltar ao normal. Então eu ouvi um homem falando em russo e se aproximando, eu tentei me mover, mas eu estava presa em uma cama

- Olá, senhorita Romanoff. Como se sente? - ele deu um breve sorriso

- Quem é você? Onde que eu tô?

- Bom, agora podemos conversar. Meu nome é Rani Barkov, ou somente doutor Barkov.

- Ok, onde eu estou Rani?

O homem deu uma leve bufada, e respondeu

- Talvez, casa? Depende de onde você considere que seja a sua verdadeira casa.

Então ele começou a rir, um riso forçado, mas que era para me colocar um tipo de medo, mas a única coisa que ele estava conseguindo, era meu ódio. Eu já imaginava que estava na Rússia, mas porque?

- A quanto tempo eu tô aqui?

- Dois ou três dias? O tempo é complexo, quando está em um processo de aperfeiçoamento.

- Aperfeiçoamento? Do que você está falando?

Ele não me respondeu, apenas mandou um homem musculoso, inserir uma agulha no meu braço e uma na minha mão. Eu relutei e então, o Barkov disse, já nervoso.

- Fique quieta, ou vai ser pior. A dor será três vezes maior. Você não é uma criança.

- Eu não vou deixar você enfiar nada no meu corpo. O que você pretende?

Ele deu um sorriso de canto de boca, e me respondeu extremamente sarcástico

- Aperfeiçoamento minha jovem. E eu ainda não vou injetar, primeiro preciso do seu sangue, e então, você pode descansar.

Eu continuei mexendo, então escutei um "já chega" e uma picada na coxa. Não sei quanto tempo mais tarde eu acordei. Eu olhei para o lado, e tinha vários tubos de ensaio, três estavam com líquido vermelho, óbvio que era o meu sangue. Dois estavam com um líquido transparente, parecia água e um com líquido verde.

Eu fiquei calada, com raiva do que estava acontecendo. Quando olhei para minha mão, tinha um cateter, fixado com esparadrapo. Minha cabeça doía, meu corpo também, e eu não sabia nem mesmo o porque eu estava ali.

- Bom dia, minha querida. Você está bem?

Aquela voz me irritava, eu olhei pra cara dele, ainda embaçada

- Vai se fuder.

- Adorável. Meu procedimento estará pronto daqui algumas horas, então, terei o enorme prazer de explicar para você, o grande propósito da sua vida.

Eu revirei os olhos, eu só queria ser solta, matar aquele cara e ir embora.

Eu sabia que, se eu realmente estivesse há mais de 2 dias fora de Nova York, Sam e Bucky já estariam atrás de mim, a questão era, quanto tempo iria gastar para descobrir que eu estava num laboratório louco na Rússia.

O doutor louco, ficou o restante do dia mexendo nas coisas dele ao meu lado, e a cada minuto soltava "impressionante" "incrível" "esplêndido", me irritou.

- Você vai contar ou não?

- Vou meu doce. Mas primeiro... - chamou o guarda e ele me segurou - tenha uma boa noite.

Ele injetou algo no cateter, mas não foi apenas um sedativo, foi uma das misturas dele que estavam na mesa, junto com o meu sangue. Então eu apaguei.

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