Se passaram algumas semanas, desde que chegamos na S.H.I.E.L.D.
Barton chegou no nosso apartamento de tarde, e avisou que tinha um trabalho para Nat. Ela me olhou, e eu entendi que era para eu ir para o quarto.Eu fiquei sentada na porta do meu quarto, escutando o que eles estavam falando.
Ele mostrou alguma coisa em escrito, porque ela só disse: que dia nós vamos? E ele deu o prazo de 3 dias para ela se organizar. Eu acho que eles estavam desconfiados que eu escutava a conversa, porque eles sempre falavam, mas dessa vez, só marcaram o dia. Saco!
- Ale, vem jantar! - Nat me chamou, e eu eu fui, me espantando do Clint ainda estar aqui.
- Ele vai jantar com a gente? - eu dei um meio sorriso, e ele negou com a cabeça, mas Nat disse que ele ia.
Comecei a rir, e me sentei. Eu perguntei para Nat pra onde ela ia, ela me olhou com cara fechada, mas sorriu. Disse que ia para algum lugar na Europa, eu dei de ombros.
- Você gosta de campo? - Clint me perguntou.
- Eu não sei. - respondi, enquanto comia um pouco de salada.
- Você vai para o campo tá!? - ele me comunicou, e eu dei de ombros.
Na hora que ele foi embora, eu fui conversar com a Nat.
- Você confia nele? - eu perguntei, com um tom preocupado.
- Ele não te machucou, está te protegendo... Sim, eu estou confiando nele. Porquê?
- Porque eu quero saber se ele vai cuidar de você nessa missão, e trazer você viva pra mim.
Uma lágrima caiu, e ela me colocou no colo e conversou comigo. Ela me disse que sempre voltaria pra mim, e sempre cuidaria de mim.
Ficamos ali no sofá, e acabamos dormindo na sala. Eu deitada, aconchegada nela.
No dia seguinte, Clint foi lá em casa, para me buscar. Ele disse que a Nat poderia ir, já que ele queria que ela confiasse nele, ele ia mostrar um segredo dele que ninguém, além do Fury sabia.
Entramos no carro, e fomos para a SHIELD, e de lá, pegamos um jato (eu realmente não sei o nome daquilo, mas é nosso segredo rsrs), e fomos embora.
A viagem demorou, mas quando chegamos, estávamos realmente no campo, isolados de tudo.
- Por favor, entrem, e conheçam uma pessoa que eu amo, e que vai cuidar dessa garotinha! - Clint abriu a porta, e ao mesmo tempo fez um afago nos meu cabelos.
Entramos, e então desceu a escada, uma mulher grávida!
- Amor, essa é a Natasha e a filha dela, Alejandra. - ele apontou para gente e então - Gente, essa é a Laura, e na barriga dela, está a Lila Barton.
- Oi gente, muito prazer conhecer vocês.
Era uma mulher bastante legal. Se eu ia ficar com ela o período da missão de Nat, eu estava tranquila.
- E esse rapazinho, é o Cooper, meu filho mais velho.
Ele apontou pra uma criança sentada no sofá, ele deveria ter uns 2 ou 3 anos.
- Comporte-se, eu já volto pra te buscar. E então, a gente vai comemorar o que você quiser!
Nat me abraçou, me deu um beijo na testa e sussurrou: cuidado com o canivete. Eu concordei com a cabeça, e ela foi embora com o Barton, e eu fiquei ali, com a Laura.
- Vem, vamos tomar um chocolate quente.
Ela me convidou, com um sorriso no rosto e eu a segui.
- Como é ter a Natasha como mãe? - ela começou a querer conversar comigo, mas ela era tão legal, que eu não consegui ficar calada.
- É muito bom. Ela salvou a minha vida, me educa direito, eu acho. Pelo menos é melhor do que o meu pai fazia comigo...
- Ela te salvou do seu pai? A Natasha não é a sua mãe?
Ela me interrompeu assustada.
- Ela é, ela me adotou. Me deu o sobrenome dela, então ela é a minha mãe. E sim, ela me salvou do meu pai.
Laura ficou calada, e deu um gole no chocolate quente.
Depois desse breve estante de silêncio constrangedor, ela voltou a conversar, e ficamos até de noite e eu dormi no sofá.
Passaram os dias e eu fiquei próxima a Laura, que eu acabei apelidando de tia Laura, ela riu, mas adorou.
Eu ouvi um barulho, e então fui correndo para fora, eram eles. Quando Nat saiu do jato, eu saí correndo para abraça-la.
Ela tinha um corte na sobrancelha, e eu fiquei preocupada. Ela me disse que estava bem, e que deu tudo certo.Nós entramos, ela foi tomar um banho e trocar de roupa. Barton foi para trás da casa conversar com a esposa. Eu sei disso, porque eu vi pela janela, nao me atrevi a escutar a conversa dos dois.
- Então mocinha, se comportou? - Nat saiu do banho, e começou a brincar comigo.
- Fui uma péssima menina, eu não sei ficar longe da minha mãe...
Ela me abraçou e disse que eu era tudo na vida dela. Eu dava forças pra ela.
Descemos e fomos jantar. Depois do jantar, virou conversa de adulto, e eu fui pro quarto esperar. Se passaram algumas horas, eu acho, eu sei que fui acordada pela Laura e disse que Nat estava me chamando para ir embora.
Eu me despedi dela, e do filho, e dei um beijinho na barriga de Laura, que ficou emocionada.
Voltamos para casa, e quando eu deitei no sofá, parecia que eu estava derretendo ali. Eu amava minha casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Legado
Hayran KurguAlejandra Romanoff, filha adotiva de Natasha Romanoff, a viúva negra. Nat encontrou Alejandra em um beco escuro, em meio a uma chuva, na Alemanha. Ale tinha apenas 9 anos, e estava com medo, com fome e traumatizada. Então ela a levou para casa, mesm...