Capítulo 3

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Acordei cedo, tomei banho, me arrumei e separei os potes com macarrão e com os biscoitos. Coloquei os potes de macarrão em uma bolsa térmica e deixei tudo pronto.

Estava prestes a sair, quando senti a necessidade de me olhar no espelho. Fui para o banheiro e fiquei me olhando.

Estou com um vestido social azul, sapato de salto na cor nude, combinando com a minha bolsa nude, meus cabelos estão soltos e passei só um pouco de maquiagem, pois não sei fazer nada muito elaborado, meu batom é clarinho e penso em passar algo mais escuro, mas só fico me olhando.

"Você está indo trabalhar! Pra que se arrumar tanto? Já está ótimo assim, afinal o Romeo nunca olharia pra você."

Uma voz fala na minha cabeça e está certa, eu estou arrumada para ir trabalhar, não há motivos para eu ficar me enfeitando tanto.

Pego todas as minhas coisas, e na hora que vou sair acabo sei lá como enroscando minha bolsa na porta, ao tentar me desvencilhar bato a cabeça na porta.

- Droga! - Falo brava olhando ao redor. Graças aos céus ninguém viu. Foi uma batida de leve e não me machuquei.

Saio do meu prédio emburrada e vou para o carro, mas logo meu humor muda, pois começo a pensar que vou ver Romeo.

Chego na empresa, e agora como tenho o crachá só apresento para o segurança, que passa na maquininha e libera minha entrada.

Entro com o carro indo para a minha vaga e assim que estaciono, vejo uns carros parando do meu lado. Vejo um homem descendo do carro e é o Ravi, motorista e chefe de segurança do Romeo.

Desço do meu carro apressada e pego minhas coisas. Sinto uma euforia e nem sei o motivo, mas fecho a porta do carro e abro um sorriso.

- Bom dia. - Digo vendo Romeo.

Ele veste um terno azul e está tão lindo.

- Bom dia. Meu dedo está melhor, mas vou subir e arrancar meu sapato. Ontem eu me engasguei com a janta, quase morri sufocado. - Romeo diz e fico preocupada.

- Nossa! Como assim? - Pergunto ficando séria.

- A governanta fez uma farofa estranha para acompanhar a carne e engoli errado. Quase sufoquei, minha sorte é que consegui beber um pouco de suco. - Romeo diz com cara de coitado.

- Pobrezinho... - Balbucio.

Ele faz uma carinha de sofrido e fico com o meu coração partido.

- Eu trouxe macarrão para o almoço. Eu fiz ontem e ficou bem gostoso. - Digo e Romeo abre um sorriso.

- Trouxe? Nossa! - Ele diz bem surpreso.

- Também trouxe os biscoitos. - Falo fitando a bolsa térmica.

- Eu vou comer o biscoito e tomar leite, mal tomei café da manhã. O mingau que a governanta fez é uma porcaria. - Romeo diz triste.

- Vamos subir para você comer algo, não é bom começar o dia de barriga vazia. - Digo e ele assente.

- Pode deixar que eu levo a bolsa térmica. Quer que eu leve sua bolsa? - Ele pergunta sendo tão cavalheiro.

- N... não... obrigada, tudo bem. - Digo dando a bolsa térmica pra ele.

- Sonhei que estava chovendo polvos do céu, um deles caiu na cara do Stefano... - Ele diz e entramos no elevador.

- Que sonho estranho. - Falo digitando a senha no painel do elevador.

- Foi engraçado, o Stefano começou a berrar, os polvos eram coloridos e estranhos. - Ele diz dando uma risadinha.

- Credo! Eram Aliens? - Pergunto curiosa, afinal se estavam vindo do céu.

EsterOnde histórias criam vida. Descubra agora