𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟺

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P.O.V. Sina Deinert:

Cheguei em casa subindo direto para meu quarto – hoje Josh não estava na sala. Eu apenas joguei minhas coisas na cama e fui para o banheiro tomar um banho longo e relaxante. Eu estava exausta.

Depois disso eu desci para cozinha e sentei-me a mesa indo comer, minha cozinheira tinha feito um strogonoff de frango – minha comida preferida.

— Sabe do Josh? — perguntei para Dulce, a cozinheira.

— Ele não chegou ainda senhora.

— Ah, okay. Obrigada. — Ela acenou.

Peguei meu celular e enviei uma mensagem para ele. Era estranho, além de que ele chegava sempre antes de mim, ele não deu nenhum sinal.

_Mensagem on_

Maninho ♡

Josh? –

Onde você está? –

– Tô na clínica ainda.

E por que tá aí ainda? –

– Estávamos terminando algumas pesquisas sobre sua paciente.

– Já estou saindo daqui.

– Não precisa esperar para janta.

Okay, qualquer coisa chama. –

– Você também, beijo.

Beijo. –

_Mensagem off_

Suspirei soltando o aparelho e começando a comer.

Eu tinha Sabina em meus pensamentos, achava que ela não iria aceitar e tinha medo de que isso tenha danos futuros. Eu só quero ajudá-la, jamais machucaria um paciente. Eu entendo que ela está com medo, aliás, não teve teste em algum humano que tenha a mesma doença, mas eu sei que vai dar certo e, até acharmos a cura, essa vacina vai ajudar... E muito.

Eu só preciso da confiança dela, porque a dos pais eu já tenho, mas a dela ainda não e isso está nítido.

Ok, eu juro que tentei focar nisso, mas... Provavelmente eu devo estar ficando doida, mas eu jurei ter rolado algum tipo de clima quando eu a examinava. Ela ficou nervosa, na primeira vez eu até pensei que fosse por não me conhecer e ser a primeira consulta, mas na segunda vez estava nítido que era por causa da doutora e não do medo em si.

E essa doutora sou eu.

Eu devo estar doida em pensar que minha paciente ficou nervosa por minha culpa, mas confesso que esses pensamentos não saem da minha cabeça.

Assim que eu terminei de comer eu fui para sala onde liguei a televisão e fiquei vendo filme. Em quarenta minutos meu irmão tinha chego, subiu para tomar um banho e depois foi comer.

Agora ele está sentado ao meu lado vendo TV comigo.

— Sina, posso te fazer uma pergunta estranha?

— Fala.

— Você criou algum tipo de carinho a mais por Sabina?

— Talvez. Que droga, não era para alguém perceber, agora eu não acho que seja paranoia. — Ele gargalhou.

— Está nítido, digamos. Mas isso não é tão ruim, vai.

— Claro que é, ela é minha paciente.

Última Chance - SibinaOnde histórias criam vida. Descubra agora