P.O.V. Sina Deinert:
Duas semanas depois...
Eu estou na cozinha fazendo o almoço. Hoje é sexta-feira e eu não trabalho de dia, e sim à noite. Sabina odiou essa ideia? Sim. Mas esse mês eu vou ter que ir apenas à noite. Pelo menos eu passo o dia com ela.
— Sina. — Virei minha cabeça desligando o fogo.
— Oi, meu bem.
— Cadê a Sabi?
— Ela deve estar no quarto. Aconteceu alguma coisa? Eu nem sabia que você tinha chegado. — Olhei para o relógio e ela riu.
— Cheguei agora, eu subi pra tomar banho e procurei vocês, mas te achei primeiro.
— E estava me procurando pra quê?
— Ahn... É que segunda-feira tem reunião na escola — ela falou baixo.
— Tá bom. — Franzi o cenho. — Por que esse tom de voz?
— Não sei... Não tô acostumada em ir com... Alguém, além da Diarra. Normalmente era ela quem ia e resolvia tudo com todos os alunos.
— Agora vão duas pessoas. — Fiz um carinho em seu rosto e ela me olhou. — Sabina e eu vamos, é claro. Não precisa ficar preocupada. — Ela soltou um riso nasal e assentiu. — Como foi na escola? — Ela me abraçou e apoiou a cabeça em meu peito.
— Normal... — murmurou.
— Certeza? Nada aconteceu? — Iniciei um carinho em seus cabelos.
— Nada de novo.
— Por que está assim? — Ela negou com a cabeça me soltando. Preferi não insistir, já que não quis me contar de primeira. — Certo... Tá com fome?
— Eu estou — a voz da minha mulher se fez presente e eu ri alto.
— Ai, eu também. — Sabina abraçou a menina deixando um beijo em sua testa.
— Então vamos comer.
(...)
O almoço todo Milla ficou em silêncio, ela parecia com os pensamentos longe. Sabina e eu trocamos um olhar, como quem queria entender o que estava acontecendo. Quando acabamos, ela levantou e saiu da cozinha subindo as escadas. Eu suspirei levantando e colocando os pratos na pia.
— Aconteceu algo?
— Eu não sei, ela não me disse. — Sabina apoiou na pia ao lado e eu comecei a lavar a louça. — Ela me disse que tem reunião segunda-feira. A única coisa que eu pensei que deixaria ela assim foi que ela citou que era Diarra que sempre iria nas reuniões, então provavelmente todos sabiam que ela morava no orfanato. Mas tirando isso ela não me disse nada.
— Vou falar com ela. — Assenti recebendo um selinho.
Continuei arrumando a cozinha e quando terminei eu fui para a sala. Sentei no sofá e peguei o controle ligando a televisão. Coloquei em um filme qualquer que passava ali e fiquei vendo. Alguns minutos depois senti uma movimentação ao meu lado e Sabina sentou encostando em mim.
— Tudo certo?
— Ela disse que só estava acostumada com as zoações dos colegas sobre ela não ter pais. — Fiz uma careta.
— Sério que existem pessoas assim? Por que adolescente é tão complicado?
— Idosa. — Ri beijando seu rosto. — Não vamos deixar nada acontecer com ela...
— Não vamos mesmo não — afirmei a abraçando.
Nós ficamos por ali vendo TV. Quando o filme acabou já eram 15h33min. Eu passei a mão no rosto sentindo Sabina me dar um selinho e na mesma hora Milla apareceu na sala.
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Última Chance - Sibina
Fiksi Penggemar𝚄́𝚕𝚝𝚒𝚖𝚊 𝙲𝚑𝚊𝚗𝚌𝚎. 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒊́𝒅𝒂. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒂𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔. 𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐄́ 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐜𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝐄́ 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜! Sabina Hidalgo, uma mulher que carrega um peso nas costas há cinco anos. Uma...