𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟹𝟼

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P.O.V. Sina Deinert:

Passaram-se vinte e cinco semanas, e a mulher na quão estava gerando nosso filho entrou em trabalho de parto há vinte horas e fomos comunicadas há três horas. São duas da madrugada e acabamos de chegar ao hospital. Deixamos Milla dormindo, já que a mesma não quis vir, então apenas avisamos e ela disse que voltaria dormir. Liguei para meu irmão que disse que iria pra minha casa mais tarde, buscaria Milla e viriam para o hospital.

Depois que achamos alguém para gerar o bebê conversamos sobre como seria depois de ele nascer, mas a mulher deixou claro que não queria nenhum tipo de contato, que aquilo era como uma profissão á ela, então ela não queria um contato com a criança. Está certo que ela iria ter o parto depois não iria ter contato com ela. Sabina, eu e ela conversamos por algum tempo sobre tudo, ela é extremamente calma e simpática, então tudo foi fácil de resolver.

Mesmo que eu trabalhasse na clínica e já tinha visto alguns processos, eu nunca cheguei a ver como é depois que a mulher que gerou, então eu confesso que estou um pouco perdida aqui, mas Sabina está mais. Além de perdida ela está claramente nervosa e preocupada, enquanto eu tento acalmá-la.

Um detalhe é que não quisemos saber o sexo, então vai ser surpresa para nós. Temos um nome masculino, um feminino e um unissex para colocar, mas depois vamos resolver isso certinho.

Depois de mais algum tempo, Krystian – que estava acompanhando tudo – apareceu na recepção. Ele tinha um sorrisinho de canto enquanto caminha até nós.

— Boa noite, garotas.

— Boa noite — respondemos juntas. Sabina levantou e encarou o médico, eu acabei rindo.

— Bom, o bebê de vocês nasceu, foram dar banho nele e agora provavelmente estão terminando de trocar e dar leite para ele. Querem esperar no quarto que ele ficará?

— Sim, sim. — Ele acenou.

— Vamos. — Se virou andando até a recepção para pegar algo.

Sabina me olhou estendendo a mão, eu segurei levantando e entrelaçando nossos dedos. Logo estávamos indo atrás de Krystian. Ele nos deixou em um quarto e avisou que logo voltaria. Eu me sentei em uma poltrona que tinha enquanto olhava minha esposa andar de um lado para o outro.

— Vai abrir um buraco no chão. — Ela me encarou por alguns segundos, mas logo voltou a andar. Eu ri baixo. — Calma Sabina.

— Eu tô calma.

— Claro, imagina se não tivesse — debochei.

— Sina, é nosso filho!

— Eu sei, Bina, mas calma. — Eu por dentro estou ansiosa? Sim, mas releva.

— Eu vou ficar quando pegar ele no colo. — Soltei um riso nasal.

No mesmo instante a porta foi aberta e uma enfermeira entrou com o bebê no colo, ela nos olhou e deu um sorriso se aproximando.

— São familiares?

— Mães — Sabina respondeu.

— Parabéns! — Ela sorriu acenando. — Está tudo certo com a filha de vocês. Provavelmente ela ficará aqui por três dias, algo normal. Depois voltamos aqui para explicar sobre o leite, já que não será o materno.

— Filha? — perguntei e ela assentiu.

— Não sabiam o sexo? Estraguei algum tipo de surpresa?

— Não! Nós não sabíamos, mas não teria surpresa, apenas iriamos perguntar mesmo — tranquilizei-a que assentiu.

Última Chance - SibinaOnde histórias criam vida. Descubra agora