P.O.V. Sina Deinert:
— Quando vamos tentar de novo? — Encarei a morena que estava encostada no batente da porta.
— O quê?
— Ter um filho. Desistiu? Passaram-se meses desde que... — Ela suspirou. — Desde que eu perdi o bebê. Não vamos construir nossa família?
— Claro que vamos, meu amor. — Deixei o celular de lado e levantei. — Mas você não pode engravidar de novo, sabe disso.
— Sim, eu sei.
— Podemos adotar... Ou ir atrás de uma barriga de aluguel.
— Não vamos ter filhos biológicos?
— A segundo opção? — Franzi o cenho.
— Você entendeu.
— Não podemos.
— Por quê?
— Porque você não pode engravidar, não pode. Não é como se tivesse risco, não, você realmente não pode.
— Eu já entendi. — Seus olhos marejaram. — Eu já entendi essa parte, não precisa jogar na minha cara isso.
— Eu não estou jogando na sua cara, bae, pelo amor. Eu só estou dizendo que não dá.
— E por que você não engravida?
— E-eu... Eu não posso. — Engoli em seco suspirando. — Me desculpa.
— E por que não? Não quer?
— Não é isso! Vida... É claro que eu queria... Eu quero um filho com você, quero formar uma família com você, mas você precisa entender que não dá para termos um filho biológico, é literalmente impossível alguma de nós engravidarmos.
— Me dê um motivo, Sina. — elevou o tom de voz. — Me dê um motivo para que você não possa engravidar, ou não quer, não sei. — Ela apontou para mim.
— Eu não posso... Eu literalmente não posso. — Sorri brevemente sentindo meus olhos arderem.
— Por quê? — Ela se aproximou mais. — Você simplesmente não quer. — Eu ri sarcástica.
— Não é isso! Sabina, eu não posso. — Olhei em seus olhos. — Eu. Não. Posso. — falei pausadamente, olhando no fundo de seus olhos.
— Agora me fala o porquê de você não poder. Eu quero saber o motivo. — Senti meus olhos marejarem. — Fala, Sina!
— Porra, Sabina, eu não posso, eu sou estéril, eu não consigo engravidar — falei em um tom mais alto. — É literalmente impossível. Eu não tenho culpa, caralho. — Ela fechou os olhos soltando uma respiração. — Satisfeita com o seu motivo?
— Sina...
— Que bom. Agora dá licença, eu tenho que trabalhar. — Peguei meu celular saindo do quarto e descendo para meu escritório.
P.O.V. Sabina Hidalgo:
Droga!
Eu esperava qualquer justificativa, menos essa. Tudo bem, eu pressionei, mas por que ela não me contou antes? Qual era o problema em me dizer? Não teria acontecido isso.
Eu respirei fundo indo até o banheiro. Abri a torneira e joguei água em meu rosto. Eu estava com uma vontade imensa de chorar e eu não sabia exatamente o motivo, mas eu sabia que teria que ir atrás da minha noiva e depois pensar em mim, aliás, fui eu que fiz isso.
Suspirei antes de sair do quarto a procura dela. Ela falou que iria trabalhar, o carro está aí, então ela deve estar no escritório.
Abri a porta do cômodo devagar vendo minha namorada olhando para um ponto fixo, com os olhos banhado em lágrimas e totalmente paralisada, como se estivesse pensando em alguma coisa. Fechei a porta devagar e me aproximei.
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Última Chance - Sibina
Fanfic𝚄́𝚕𝚝𝚒𝚖𝚊 𝙲𝚑𝚊𝚗𝚌𝚎. 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒊́𝒅𝒂. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒂𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔. 𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐄́ 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐜𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝐄́ 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜! Sabina Hidalgo, uma mulher que carrega um peso nas costas há cinco anos. Uma...