𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟹

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P.O.V. Sabina Hidalgo:

Passaram-se quatro meses, e hoje eu tenho outra consulta. A doutora Deinert ligou para minha mãe explicando que tinham começado as pesquisas para saber algo a mais sobre minha doença e achar algum tipo de tratamento ou cura.

Eu tinha acabado de me arrumar e estava esperando meus pais. Eles estavam no quarto – provavelmente falando sobre mim, porque eu pareço uma criança que não pode ouvir as coisas. Coisa de minutos eles apareceram, minha mãe estava sorrindo e meu pai com um brilho no olhar.

— O que aconteceu hein?

— Nada filha. — Minha mãe beijou meu rosto. — Vamos? Estamos atrasados já.

— Vamos. — Levantei.

Logo estávamos na clínica de Sina Deinert. Eu estava mexendo no celular quando aparece uma notificação de Noah, sorri apertando na conversa.

_Mensagem on_

Baby ♡

– Ei baby, como você tá?

Oi bebê, eu tô bem. E você? –

– Tô bem. Vem cá, hoje que você vai à consulta né?

Tô aqui já, esperando me chamarem. –

– Lembre-se... Vai ficar tudo bem.

Amo você. –

– Te amo também e tô com sudades.

– Saudades* Sou analfabeto, releva.

KKKKKKKKK Idiota. –

Eu também tô. –

Vai demorar para eu voltar :( –

– Não importa, o importante é você voltar bem e curada.

Preciso ir, depois te chamo. –

Beijos. –

– Okay, beijos.

_Mensagem off_

— Sabina? Vamos?! — a recepcionista me chamou, eu assenti levantando e indo com ela.

Chegamos na sala onde ela bateu na porta e abriu me dando passagem, entrei vendo Sina com um sorrisinho no rosto enquanto olhava para nós. A recepcionista fechou a porta saindo. Me aproximei cumprimentando a loira com um aperto de mão e me sentando na cadeira em sua frente.

— Tudo bem? — Assenti. — Passou bem esses dias?

— Em geral sim.

— O que sentiu?

— Dor de cabeça, dor no peito e as crises respiratórias. — Ela balançou a cabeça anotando algo.

— Qual a última vez que teve alguma crise respiratória? — Ela me olhou.

— Hoje de manhã.

— Tomou algum remédio?

— Não.

— Certo. Vem cá, vou ver como está sua pressão e seus batimentos cardíacos. — Levantei indo sentar na maca.

Ela se aproximou e começou a ouvir meus batimentos cardíacos, pedia para eu fazer a mesma coisa da última consulta. Estava tudo bem, até ela achar que fazer um breve carinho em meu queixo quando foi levantar minha cabeça, era uma boa ideia. Gay panic. Claro que meu coração acelerou e ela ouviu novamente. Ela levantou as sobrancelhas dando um sorrisinho enquanto deixava o estetoscópio de lado e pegava o aparelho para medir a pressão.

Última Chance - SibinaOnde histórias criam vida. Descubra agora