P.O.V. Sina Deinert:
— Há trinta minutos eu estava pensando em como contaria isto a vocês, sobre a segunda dose da vacina. Mas meu irmão, que faz parte da minha equipe que está pesquisando e estudando sobre essa doença, entrou aqui me falando algo... — Tomei fôlego e encarei os três. — Ele disse que tinha 99% de certeza de que acharam uma cura, faltava apenas de um exame de sangue dela para ter a certeza que seria compatível, como ela já tinha feito o exame, eu apenas entreguei o exame a ele. Ele saiu daqui e foi direto para sua clínica fazer as últimas pesquisas sobre, até amanhã ele tem uma resposta. Vacina não deu certo no seu caso... Mas provavelmente achamos uma cura. — Seu pai estava sorrindo, a mãe com os olhos marejados e um sorriso no rosto, Sabina me olhava sem expressão. — Mas eu posso dar a certeza a vocês que você vai ficar bem, confia em mim, eu tenho 100% de certeza que sim, achamos uma cura pra essa doença.
— Como tem tanta certeza? — Sorri levemente vendo que voltamos do começo, onde ela duvidava de mim sobre a vacina.
— Eu prometo. — Ela negou com a cabeça suspirando. — Eu posso falar apenas com ela? É rápido, eu já a libero para irem para casa.
— Claro, vamos esperar na recepção. — Sua mãe falou levantando e saindo com o marido.
Apoiei meus cotovelos na mesa e meu queixo em minhas mãos, encarei Sabina que tinha os braços cruzados e aparentemente com receio.
— Medo?
— Claro. — Ela falou como se fosse óbvio.
— Achei que estávamos em um patamar onde você confiava em mim.
— Eu confio... É só que... A vacina não deu certo.
— Claro que deu. Descobrimos um tratamento para as pessoas que tem a mesma doença que a sua, é apenas ir a médicos bons desde o começo.
— Eu não tenho culpa que os médicos que eu fui simplesmente ignorava.
— Eu não disse isso. — Levei minha mão até seu queixo levando seu olhar. — Confia em mim, meu bem.
— Eu confio. — Ela segurou minha mão entrelaçando nossos dedos. — Mas e se não der certo?
— Vai dar, eu estou te prometendo.
— Você não pode prometer isso.
— Claro que posso. Eu estou prometendo, vai dar certo e você vai ficar bem. Eu entendo o seu medo. — Soltei sua mão levantando. — Não literalmente, porque eu não tive nenhuma doença mortal... Mas... — Sentei na cadeira ao seu lado ficando de frente para ela. — Eu perdi minha mãe para o câncer, ela se recusava ir a médicos e fazer a quimioterapia, os exames que precisava... Nessa época eu ainda estava no ensino médio, último ano. Ela morreu um ano depois, quando eu finalizei o ensino médico ela morreu... Foi horrível, além de perdê-la, eu perdi ela porque ela se recusava a fazer o que os médicos mandavam. Ela recusou o tratamento, recusou todo tipo de exame. Ela não ia aos hospitais. Ela apenas... Sentia dor, e não ligava, sabia que iria morrer, mas não ligava. Eu fiquei dois aos sofrendo com a morte dele e indignada ao saber que se ela tivesse feito os tratamentos, ela estaria viva e bem. Eu não passei por isso sozinha, eu tive meu irmão mais velho, ele sempre esteve comigo. Quando minha mãe morreu, era eu e ele, meu pai era um drogado e alcoólatra que assim que descobriu o câncer da minha mãe sumiu do mapa. — Segurei sua mão puxando e deixando um beijo na palma. — Eu perdi minha mãe por causa de uma doença... E eu não vou te perder pela mesma causa. — Olhei no fundo de seus olhos sentindo ela apertar minha mão. — Eu sei, você está com medo, você tem medo de não der certo... Mas se não desse, eu iria achar outro jeito... Sabi, não está nítido que eu quero ajudar? E agora não é simplesmente por eu ser médica... É porque eu me importo com você.
— Eu sinto muito pela sua mãe. E agradeço por me ajudar tanto desde o começo...
— Eu não sei o que temos e se temos algo. Mas eu sei que eu sinto algo por você, um carinho enorme, eu sinto necessidade de te ver bem. E eu vou fazer de tudo para isso acontecer. — Levei minha mão até seu rosto. — Eu só preciso que confie em mim.
— Eu confio... Eu confio muito.
— Então só... Me deixa ajudar. Só aceita, por favor. Eu não vou fazer nada pra te prejudicar.
Ela me encarou por alguns segundos e me puxou selando nossos lábios. Respirei fundo soltando um suspiro em seguida enquanto eu retribuía o beijo. Era um beijo diferente dos anteriores, era um beijo mais calmo, como se ela quisesse a confirmação do que eu falei, ou se quisesse mostrar que confiava em mim... Ou porque havia um sentimento forte, da parte das duas.
— Vai ficar tudo bem ok? Eu prometo. — Sussurrei fazendo um carinho em seu rosto, ela assentiu deixando um selinho em meus lábios.
— Quando nos vemos?
— Na quarta-feira, depois de amanhã... Às duas da tarde. — Ela assentiu. — Fica bem, se cuida... Qualquer coisa me liga.
— Pode deixar. — Sorri deixando um último selinho em seus lábios.P.O.V. Sabina Hidalgo:
Estava de noite já, eu estava na mesa com meus pais. Os dois alegres e conversando sobre o assunto de mais cedo na clínica. Eu estava praticamente brincando com a comida, estava sem fome alguma e me sentindo extremamente culpada.
Primeiro: Eu estava duvidando da palavra de Sina, ela claramente só quer me ajudar, e eu complicando a vida da mulher por causa dessa minha insegurança besta.
Segundo: Eu beijei minha médica várias vezes e meus pais não sabem. Talvez isso seja coisa boba, mas para minha não, eu sempre contei tudo, literalmente tudo para eles. Eu ainda não contei por medo... Mas eu me sinto culpada por isso.— Bina, o que foi? Está bem? — Saí do meu transe ao ouvir a voz da minha mãe.
— Eu só tô pensando.
— Você nem encostou na comida.
— Eu tenho que falar algo pra vocês. — Falei no embalo e arregalei os olhos depois.
— Pode falar ué, o que houve? — Meu pai – que já tinha terminado de comer – pegou o copo com suco e começou a beber.
— Eu... É... Como falar isso...
— Com a boca. — Alê brincou fazendo meu pai rir, eu revirei os olhos.
— Sina e eu nos beijamos.
— Você beijou sua médica? — Minha mãe falou num tom mais alto.
— Ela é minha médica, não?
— Chocado, nunca desconfiei, oh meu Deus. — Meu pai falou no maior tom irônico possível.
— Nem pra fingir, Fernando! — Minha mãe jogou um guardanapo nele que riu.
— Vocês são insuportáveis! — Revirei os lhos. — Eu me sentindo culpada por não ter falado nada e vocês nem pra perguntar algo.
— Mas eu não tenho que perguntar, você que tem que falar quando sentir que é a hora. Eu fico feliz por vocês, não sei o que vocês têm, mas espero que fiquem juntas, super apoio.
Eu acabei rindo. Voltei a comer – agora um pouco melhor depois de ter falado – e assim que acabei subi para meu quarto deitando direto na cama e pegando meu celular. Mandei mensagem para Noah e ele me chamou para ficar em ligação, então passei a noite em ligação com ele. Fui dormir eram duas da madrugada.
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Última Chance - Sibina
Fanfic𝚄́𝚕𝚝𝚒𝚖𝚊 𝙲𝚑𝚊𝚗𝚌𝚎. 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒊́𝒅𝒂. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒂𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔. 𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐄́ 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐜𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝐄́ 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜! Sabina Hidalgo, uma mulher que carrega um peso nas costas há cinco anos. Uma...