Bárbara se levantou com cuidado e foi ao banheiro tomar banho, quando estava saindo do mesmo, enrolada na toalha, Eduardo entrou.
— Por que não me chamou...?
— Você tava num sono tão bom, eu não queria atrapalhar... — cruzou os braços encarando ele.
— Podia ter me chamado. — sorriu chegando mais perto dela — Bom, eu vou tomar um banho e vou embora.
— Não.
— Não? Tá... Então eu vou me vestir e ir embora. — franziu a testa.
— Como você é lento. Eu não quero que você vá embora, toma banho, mas dorme comigo essa noite. — se apoiou na pia.
— Eu não sei se é uma boa ideia.
— Será que pelo menos uma vez você pode deixar o seu jeito de bom moço e fazer as coisas sem se importar com nada?
— Tenho medo de estarmos indo rápido demais.
— Eduardo, somos adultos crescidos, nos conhecemos há muito tempo. Há cinco anos atrás eu tentava chamar sua atenção, tentava fazer de tudo pra você me enxergar e eu nunca consegui. Hoje em dia eu consegui, com carinho, demonstrando que eu sou boa e você me deu um voto de confiança. Durante tempos me perguntei como era fazer sexo sem sentir dor, com alguém não fosse violento. Você me preencheu em todos os sentidos. — abaixou a cabeça — Se você quiser... tomar banho e ir embora, não tem problema, quem sou eu pra te segurar? Pra te forçar alguma coisa. Agora se você quiser passar pelo menos essa noite aqui, comigo, vai ser ótimo pra você e pra mim. — ajeitou o cabelo atrás da orelha — Eu não vou mais ficar insistindo em querer uma aproximação maior...
— Maior do que a que acabamos de ter?
— Eduardo, eu quero ser sua namorada. Quero ser a mãe do seus filhos. Você ainda não percebeu que eu tô apaixonada? — encarou-o com os olhos marejados e ele ficou sem reação, sabia que ela sentia algo, todas vezes que pensava em amor, ele se negava a acreditar e aceitar.
— É... eu...
— Não precisa dizer nada. — saiu do banheiro.
Bárbara se trocou, arrumou a cama e saiu do quarto. Eduardo tomou banho pensando nela, querendo ou não tinha que admitir que Bárbara já estava cravada em seus pensamentos.
A mulher estava na varanda da sala observando o tempo, apoiada no parapeito. Quando deu por si já chorava um pouco se culpando por ter confessado seus sentimentos a ele.
— Por que eu faço as coisas sem pensar, meu Deus...?
— Vovó... — Santiaguinho entrou na sala chorando — Vovó... — Bárbara escutou, secou o rosto e foi até a porta abrindo.
— Oi, amor...
— Vovó... — foi até ela esticando os braços.
— O que foi, minha vida? — pegou ele no colo e entrou para o menino na pegar friagem, sentou na poltrona e o ajeitou em seus braços.
— Eu tive um sonho ruim... — se encostou no peito dela ainda choroso.
— Foi só um pesadelo, tá bom? Vovó tá aqui com você, não vou deixar nada de ruim te acontecer, viu? — beijou o cabelo dele.
— Eu quero o meu mamá, vovó. — pediu.
— Eu vou fazer. — levantou indo com ele para a cozinha.
Bárbara colocou Santiaguinho sentado na cadeira mais alta da mesa e foi fazer a mamadeira dele enquanto conversava com ele, para distrair o menino.
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Reaprendendo a Caminhar
FanfictionBárbara é tirada da prisão por uma pessoa que a surpreende muito. A mesma passa ajudar para que mulher possa se reinserir na sociedade e aprender coisas que não pôde antes.