Capítulo 18

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Bárbara tomou banho, ela saiu enrolada no roupão e abriu seu closet, enxergou a sacola no fundo dele, pegou-a e abriu vendo a lingerie que havia comprado quando ainda estava em Miami e não tinha realizado as cirurgias, a primeira e última vez que a vestiu se sentiu horrível, então decidiu voltar a por para ver como ficaria.

Era uma lingerie rendada rosa transparente tanto a parte de cima quanto a de baixo. O sutiã era sem bojo e tinha desenhos de flores, a calcinha era fio dental e também tinha alguns desenhos.

A loira tirou o roupão e vestiu a lingerie, se encarou no espelho e sorriu, pois toda aquela tristeza e dor que sentiu na primeira vez se converteu em felicidade e satisfação em se ver daquele jeito. Se sentia bonita, sexy novamente.

Ela então vestiu a calça jeans por cima e a blusa de manga preta, uma jaqueta jeans, calçou um par de tênis branco e prendeu o cabelo em rabo de cavalo, o que realçava o desenho de seu rosto, fez uma maquiagem bem levinha e foi arrumar sua bolsa.

Colocou uma calcinha e sutiã reserva dentro da bolsa, desodorante, perfume, batom, pijama, as chaves de casa, seus documentos, escova de cabelo, chapinha, o carregador de celular e a caixa de seu óculos de grau, o mesmo ela colocou no rosto.

— Eu preciso criar vergonha na cara e usar esse óculos antes que o oftalmo me mate.

Ajeitou seu quarto e saiu, Eduardo jogava no notebook com Luna, os dois sorriam juntos. Matias estava já cozinha preparando o jantar para ele e a adolescente.

— Tô pronta. — Bárbara parou em frente a eles.

— Você fica tão linda de óculos. — Eduardo elogiou.

— Ai, eu não acostumo com ele e eu preciso. — deu risada.

— É só você usar que acostuma. — Luna a repreendeu.

— Hum, eu prometo que vou usar, minha vida. — sorriu carinhosa — Vamos, Edu?

— Vamos que a gente ainda tem que passar no mercado. — beijou a testa de Luna demoradamente — Qualquer coisinha que você precisar, pode ligar pra sua madrinha e pra mim que a gente vem correndo.

— Não vou precisar. — abraçou ele — Cuida da minha madrinha. Ela tem que tomar um remédio às 21 horas e um outro antes de dormir.

— Pode deixar, pequena. Ela vai tomar tudo certinho. Te garanto. — soltou ela bem devagar e se levantou.

— Tchau, meu amor. — abraçou ela assim que tirou o notebook do colo da menina e deu vários beijos no rosto dela — Você também toma os seus remédio direitinhos, dorme no horário certo, tá? Pode dormir na minha cama, tá bom?

— Tá bom, Tia Babi. — sorriu.

— Eu volto amanhã cedo pra tomar café.

— Nós voltamos, porque eu vou filar o café aqui. — Eduardo falou na cara dura.

— A vergonha passou reto pelo seu nariz, né, Eduardo? — Bárbara beijou a mão de Luna e voltou a se pôr de pé.

— Eu já sou de casa. — riu tirando a chave do carro do bolso. 

— Folgado. — pegou o celular da mesa — Tchau, amor. Tchau, Matias!

— Tchau, menina! — gritou da cozinha.

— Até mais, baixinha. — Eduardo saiu caminhando com a loira — Até, Matias!

— Traz a madrinha da minha menina inteira, Eduardo!

— Pode deixar! — abriu a porta e Bárbara passou na frente dando risada.

Eduardo fechou a porta e entrou no elevador com Bárbara, junto deles tinha outros moradores. Uma das vizinhas da loira não deixava de encarar o moreno, Bárbara percebeu e se incomodou.

Reaprendendo a CaminharOnde histórias criam vida. Descubra agora