Capítulo 32

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Fernanda entrou na sala de reunião e todos entraram juntos, um por um. A família toda encarou Bárbara que se jogou para o lado de Eduardo logo pedindo proteção e ele a segurou pelo quadril. Na mesa estavam, Gonçalo, Anibal, Liliana, Santiago e Aurora com os filhos.

— Não acredito que estamos nos submetendo a isso. — Anibal balançou a cabeça.

— Bárbara é nossa única solução pra salvar a Lactos, Anibal. Portanto, cale a boca. — Fernanda sentou e logo Bárbara também sentou ao lado dela e de seu outro lado, Eduardo.

— Vamos ter que ver a cara da assassina da nossa mãe todos os dias, Fernanda! Quem garante que ela vai realmente salvar a empresa e não afundar? — o irmão mais velho seguia cutucando e Bárbara estava em silêncio.

— Nós podemos levantar a empresa sem ela, Fernanda. Isso não é justo, você viu o tanto que eu sofri nas mãos dela! — Liliana também contestou.

Bárbara respirava um pouco rápido, com pânico e apertando a mão de Eduardo. Ela nunca viveria em paz, se questionava porque Luna havia tirado ela da prisão, seria tão melhor se estivesse lá dentro ainda.

— Gente, Bárbara nunca foi má. Porque a ela vocês jogam pedras, e Artêmio que foi o verdadeiro vilão vocês ofereceram até um lugar no nosso jazigo? — Fernanda continuava em defesa — Bárbara foi manipulada por ele durante anos e pagou pelos erros que cometeu a mando dele. Não é justa a maneira como vocês a tratam. Não achem que eu esqueci o que ela fez, porque eu não esqueci, mas todos merecem uma segunda chance.

Luna entregou Fany para a madrinha, todas as vezes que Bárbara se agitava, quem acalmava ela era a neném. A mulher olhou a filha que estava quietinha com a chupeta na boca e encostou a cabeça na dela dando um cheirinho em seu cabelo.

— Anibal, você é o que menos tem palavra aqui. Todos sabemos que quem afundou a Lactos e fez esses rombos foi você. — Luna sorriu pegando o tablet em mãos e sentando-se de volta, Santiaguinho saiu do colo do pai para ir se sentar com a adolescente que o ajeitou nas pernas.

— Do que está falando, Luna? — Fernanda olhou-a.

— É sério. Bom, como uma adolescente curiosa, eu aprendi a ser hacker, quando Eduardo começou a chegar em casa mal por estar sobrecarrega e descobrindo os desvios de dinheiro, eu invadi o sistema da Lactos. Me perdoa, Gonçalo. — deu um sorriso sem graça para o velho que balançou a cabeça calmo — Encontrei a identificação do computador de Anibal. Ele quem botou a Lactos nesse penhasco. — colocou o aparelho sobre a mesa e empurrou para Fernanda.

— Você não aprende, Anibal. NUNCA VAI APRENDER! Eu tô cansada de tudo de ruim que acontecesse com essa empresa ser culpa sua! — Fernanda se levantou — Você vai demitir o Anibal agora, papai.

— Não vou precisar fazer isso, querida. Faça você mesma. — pegou um papel e assinou — Estou passando a presidência para você. — todos arregalaram os olhos surpresos.

— Justo. — Santiago concordou — Não há ninguém melhor para assumir a presidência do que Fernanda.

— O que? — Fernanda arregalou os olhos — Eu?

— Isso é verdade, depois do seu pai você é a única apta pra assumir a presidência, sabemos disso desde que você era adolescente, Fernanda. — Bárbara finalmente abriu a boca — E talvez seja mais fácil ter contato com você do que com seu pai, ele não é obrigado a me aturar...

— Talvez porque você matou minhas duas esposas, Bárbara. — Gonçalo respondeu e sua voz era de decepção — Monserrat e a esposa que um dia você foi pra mim.

— Me perdoa, por tudo. Todos, na verdade, eu sei que não vou devolver Monserrat de volta pra vocês, nem os anos de tortura que Liliana sofreu... — abaixou a cabeça — Nunca foi minha intenção, vocês não acham que meu sonho era ser uma criminosa era?

Reaprendendo a CaminharOnde histórias criam vida. Descubra agora