Capítulo 16

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— Mãe, que notícia ótima! — Aurora sorriu no telefone — E quando vocês pretendem fazer a inseminação? — se encostou na mesa — Não... vai ter inseminação, então como...? Mentira! Sério? Quando? No sábado? Ainda bem que Santiaguinho e Luna não acordaram. — deu risada — É... sim... Mas vocês usaram camisinha? Não? É, faz sentido. Então o jeito é continuar praticando. Tá bom, mãe. Tchau. — desligou sorridente.

— O que foi, amor? — Santiago entrou no escritório.

— Minha mãe vai conseguir engravidar. Ela tá tão feliz. Mas... aconteceu uma coisa muito triste ao mesmo tempo em meio a toda essa felicidade.

— O que...?

— Luna, ela está com câncer. Ela já tava em tratamento há um bom tempo, mas escondeu de todo mundo, ela decidiu falar agora porque vai ser a fase final e ela tá bem cansada. — suspirou — Fora isso, ela tá bem.

— O que é câncer, mamãe? — Santiaguinho perguntou pedindo o colo do pai.

— É uma doença muito complicada e triste, filho.— Aurora respondeu com dor no coração.

— A Luna tá triste, mamãe?

— Mais ou menos. Mas ela vai ficar bem e feliz de novo.

— Eu gosto da titia Luna. Ela não pode ficar triste. Papai, me ajuda fazer um presente pra ela?

— Claro, filho. Vamos lá. — Santiago saiu com o filho.

...

Bárbara mexia no tablet com Luna ao seu lado, as duas escolhiam o berço do bebê junto de Eduardo. Era pra ser apenas uma olhada, quando perceberam, já estava vendo roupas para a criança.

— Eu nem tô grávida ainda e o tanto de coisa que adicionei no carrinho é descomunal. — a mulher falava toda boba.

— Linda, você tá adicionando coisas pra bebê. Eu já tô vendo a primeira motinha. — mostrou e os três deram risada.

— Quero tanto que dê certo. Ai, não vejo a hora de sentir o nosso filho, Edu. — suspirou boba.

— Você vai ficar tão linda grávida. — Luna encostou a cabeça no ombro dela.

— Você vai ser como uma irmãzinha mais velha, sabia? — deslizou o dedo no nariz da menina que olhou-a — Você vai me ajudar a dar banho, a trocar, pôr pra dormir...

— Mesmo?

— Sim. — beijou sua cabeça.

Eduardo pegou na mão de Luna e acariciou, a adolescente já fazia parte dele, ela o animava, motivava. Era a maior apoiadora de da relação dele com Bárbara. Uma menina especial.

Ao anoitecer, Bárbara e Eduardo colocavam a mesa e Luna dormia no sofá. A campainha tocou de Matias correu abrir, ele ajeitou sua roupa, conferiu se estava bem de perfume e abriu a porta.

— Angélica... — sorriu e deu espaço — Entre.

— Com licença. — entrou um pouco envergonhada.

— Pode ficar a vontade. — Luna falou do sofá sonolenta e se levantou.

— É... Angélica, essa é Luna minha patroa... — apontou para a garota.

— Mais conhecida como filha de criação. — a menina corrigiu.

— Essa é Bárbara, madrinha da Luna. E Eduardo, namorado dela. — apresentou.

— Não temos mais escapatória, Edu. Todos dizem que somos namorados. — Bárbara riu carinhosa para Eduardo — Seja bem-vinda, Angélica. Matias fala muito de você.

Reaprendendo a CaminharOnde histórias criam vida. Descubra agora