Capítulo 48

305 12 5
                                    

No dia seguinte...

— Ai, minha bunda tá doendo. Minhas costas tá doendo. — Bárbara entrou em casa resmungando — Ai, que dor.

— Minha coluna também, senhor... — Eduardo veio atrás com a mão nas costas.

— A noite parece que foi boa. — Fany comentou sentada no degrau da escada.

— O que tá fazendo aí? — o homem perguntou.

— Eu fiquei esperando vocês chegarem, queria mostrar o que o Juan me mandou. — se levantou.

— Você não dormiu, filha? — a mulher perguntou pondo os sapatos num canto, a bolsa em cima do sofá e se aproximando.

— Dormi, mãe. — se levantou — Mas escutei o carro chegando e vim esperar vocês.

— Mostra o que ele te mandou. — Eduardo falou e Fany começou a procurar a mensagem no celular.

— Achei. — virou o celular para o pai e a mãe que segurou na mão.

" Bonita, você não sabe o que acabou de acontecer, eu tô tão feliz. Encontrei seus pais no restaurante, aquele que eu trabalhava, sim eu não trabalho mais, seu pai me chamou pra trabalhar com ele, desde que eu pedisse demissão do restaurante e da biblioteca e eu topei. Você não sabe como eu fiquei nervoso quando vi os dois, talvez seja porque... bom você e eu... Enfim, minha linda, sua mãe é um doce, dá pra ver que você puxou ela e seu pai me passa a sensação de poder e inteligência, quero ser como ele, pra poder cuidar de você, dar tudo que voce merece, agora com essa oportunidade de trabalhar com o senhor Eduardo, eu sinto que as coisas estão mais próximas de mim, de nós. Ainda fico envergonhado perto deles, mas acho que é normal, não sei. Eu queria agradecer por você ter me dado uma chance, tinha muitos garotos mais interessantes por aí do que eu e você olhou pra mim, você me enxergou, sendo a menina mais bonita daqui, me enxergou, o menino mais atrapalhado e também e eu não sou bonito. Eu te amo, Fany. Obrigado por me ensinar o sentido das coisas. "

— Que gracinha, seu pai é bobo igual. — Bárbara abraçou Eduardo toda amorosa e o homem retribuiu — Você é inspiração dele, amor. — olhou o marido.

— Ele vai vir em casa hoje a noite, jantar com a gente. — olhou a filha.

— Ele me disse. — sorriu balançando a cabeça.

— Bom, sua mãe e eu vamos dormir mais um pouco. Vamos começar resolver as coisas do trabalho às nove, você pode descansar mais um pouco também, filha. Se quiser, pode ir também.

— Vou me enfiar no quarto da Luz. — os três subiram juntos.

Bárbara e Eduardo foram para seu quarto, tiraram a roupa e deitaram só de calcinha e cueca para dormirem. Se abraçaram e apagaram rápido. Fany entrou no quarto da irmã e caminhou devagar até a cama dela, tirou as pantufas e subiu no colchão.

— O que tá fazendo aqui? — a mais nova sussurrou sonolenta.

— Vim dormir mais um pouquinho com você, posso?

— Pode. — se ajeitou abraçando a irmã e escondendo o rosto nas costas dela.

...

De noite...

Juan não tinha uma roupa boa pra ir até a casa de Fany, mas encontrou o melhor que tinha e seguiu até a fazenda, estava nervoso e tremia um pouco. Foi questão de uma longa caminhada até chegar ao lugar, antes de tocar a campainha, a porta se abriu.

— Juan. — Lucrécia sorriu segurando a filha deitada no colo — Entre.

— Como... como sabia que eu estava na porta?

Reaprendendo a CaminharOnde histórias criam vida. Descubra agora