Capítulo 23

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Bárbara despertou e Eduardo estava ao seu lado, percebeu que estava em sua cama, em seu quarto. Esticou a mão e segurou o braço do homem, ele se virou vendo-a e então a loira voltou a chorar.

— Tá tudo bem... calma... — deitou abraçando ela.

— Nosso bebê...

— Tá tudo bem com nosso filho, amor. — sorriu beijando a testa dela.

— Santiaguinho...

— Ele tá na sala com Luna e Lulu.

— Eu acabei com o aniversário dele. — continuava chorando sentida e Eduardo alisou o rosto dela.

— Já tá tudo bem, passou.

— Não tá tudo bem, Eduardo. Aurora planejou a festa dele por meses, pra terminar assim... — passou as mãos no rosto.

— Vem, ele quer te ver... — ajudou ela levantar da cama.

— Quero tomar um banho primeiro...

— Deixei a banheira preparada. — tirou a peruca dela e soltou seu cabelo com cuidado, em seguida levou-a para o banheiro.

Bárbara se despiu e tirou a maquiagem antes de entrar na banheira. Eduardo saiu do banheiro e foi para a sala. Luna, Lulu e Santiaguinho comiam pipoca juntos assistindo desenho. Aurora conversava com o marido e com Edite na copa, Matias estava com Angélica na cozinha.

— Ela acordou... está no banho. — falou e todos o encararam — Mas... — coçou o cabelo — ela tá um pouco grogue ainda e chateada se culpando pelo fiasco que foi a festa de aniversário de Santiaguinho.

— A vovó não teve culpa... — Santiaguinho falou.

— Eu nunca pensei que diria isso, mas realmente, Bárbara não tem culpa. — Santiago falou.

— Difícil é fazer isso entrar na cabeça dela. Bárbara se acostumou tanto a ser a culpada de tudo, que tudo de ruim que acontece ao redor dela, ela pensa que é a causante. — respirou fundo se encostando na mesa de jantar — É complicado. Essa Bárbara é mais... difícil de lidar do que a outra...

— Mas você já tá aprendendo, Edu... — Luna encarou ele.

— Acho que sim, mas às vezes tenho medo de fazer algo errado.

— Desde que você reapareceu na vida da minha mãe, ela se entregou por inteira, você é como... como um escape pra ela. Minha mãe vê em você toda a proteção que ela não teve durante a vida dela.

— É disso que tenho medo... — Eduardo balançou a cabeça — De ela se apoiar demais em mim e eu não suprir as expectativas dela...

— Você ama ela? — Edite perguntou.

— Acho que mais do que eu mesmo possa imaginar.

— É... nem por minha irmã você se dobrava e desdobrava assim. — Santiago comentou.

— É porque... Bárbara cuida muito de mim. Muito mais do que qualquer mulher já fez.

— Edu! — a mulher chamou e lá foi Eduardo atrás dela.

— Oi, minha linda. — entrou no quarto — Já?

— Toma banho comigo... — pediu e ele entrou no banheiro olhando ela.

— Não sei se é uma boa ideia...

— Por favor...

— Você sabe que nós nunca ficamos só no banho e... você tá muito fraca... — se encostou na pia.

Reaprendendo a CaminharOnde histórias criam vida. Descubra agora