Capítulo 28

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Um chefe da máfia tem medo de pesadelos:

{S/n}

Abri meus olhos lentamente, olhei para o relógio do outro lado do quarto iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela, suspirei notando que eram 01:34. Sonolenta me virei para o lado do Kuroo buscando voltar a dormir, fechei meus olhos e levantei minha mão tentando toca-lo.

Minha mão passa pelo seu peitoral parando perto do seu ombro, mostrei um sorriso aliviada por ele estar ali, querendo ou não admitir, Kuroo estando ali me deixava mais confortável de fechar os olhos depois o que aconteceu. Sinto meu corpo estremecer quando sua mão puxa minha cintura fazendo nossos corpos se chocarem, ajeitei minha cabeça no seu peitoral logo sentindo a mão parar no meu queixo inclinando minha cabeça para trás, abri meus olhos podendo enxergar seu rosto.

- Você acordou cedo- Kuroo murmura com uma voz sonolenta logo dando um selinho em mim.

- Ainda vou dormir mais- Disse sorrindo e ele me solta ficando por cima do meu corpo.

- E eu mantê-la acordada até as 06:00 da manhã?- Kuroo se inclina me beijando de verdade.

Suas mãos passas por baixo da camisa do pijama que usava logo apertando meu seio com delicadeza, sua mão desce de encontro com minha coxa e depois separa o beijo.

Assim que abri meus olhos meu corpo congelou, o Kuroo não estava mais ali, quem estava ali era o... Lev Haiba.

- Sai!- Gritei dando um tapa em seu rosto e logo tentando empurra-lo para longe de mim, mas sou impedida pelas suas mãos fortes agarrando meus pulsos acima da minha cabeça.

- Shhhh...quietinha- Lev se inclina dando um beijo na minha bochecha onde escore uma lágrima e depois foi para perto da minha orelha lambendo- Isso vai ser rápido, você ira até esquecer o Kuroo.

- Me solta! Socorro!- Gritei tentando me libertar do seu aperto, mãos cada vez que tentava seu aperto piorava.

-

Você vai adorar- Lev passa seu mão livre para dentro da minha blusa massageando meu seio.

- Kuroo!- Gritei encarando a porta implorando para que Kuroo passasse por ela, mas nada aconteceu- Alguém, por favor...- Murmurei sentindo as lagrimas molharem meu rosto e meu pescoço enquanto ele mordia minha orelha- Me ajudem...

Abri meus olhos rapidamente, encarei o teto sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto enquanto meu peito subia e descia em busca de ar para meus pulmões.

- S/n!- Kuroo diz exaltado enquanto agarra fortemente meus braços me chacoalhando, ele sorriu aliviado enquanto solta meu braço para afastar uns fios de cabelo grudados na minha testa por conta do suor- Está tudo bem- Ele murmura me acalmando- Foi só um sonho, eu estou aqui-

Inclinei meu corpo o abraçando com força, deixei minhas lagrimas descerem pela minha bochecha sem parar enquanto afundava meu rosto no seu peito. Cravei minhas unhas nas suas costas impedindo que ele se afastasse caso fizesse isso, solucei varias vezes enquanto sentia suas mãos passarem pelo meu cabelo fazendo carrinho, sem se importar com a dor que minha unhas causavam.

- Kuroo...era ele- Disse em meio dos soluços e o Kuroo parou na hora.

- Quem?- Sua voz saiu rapidamente e cheia de preocupação.

- Lev...- Kuroo se afasta segurando meu rosto com suas duas mãos me encarando.

- Foi só um pesadelo, ele não pode mais te machucar- Kuroo tenta me acalmar secando minhas lagrimas que não paravam de descer com seus dedos- Ninguém nunca mais vai te machucar se isso depender de mim- Kuroo beijou minha testa e se afastou me olhando nos olhos- Eu nunca vou deixar ninguém te machucar.

- Kuroo...- Minha voz falhou antes de pular nos seus braços o apertando com força- Obrigado...

Encarei a lua enquanto estava sentada no sofá embutido no chão que ficava na  varanda do quarto, senti a brisa gelada da madrugada bater no meu rosto me deixando arrepiada, passei meu dedo pela bochecha sentindo minha pele arder de tanto repetir o ato. Já estava mais calma, mais a lembrança dos toques e das palavras ainda estavam repassando na minha cabeça.

- Aqui está- Kuroo interrompe meus pensamentos colocando suas xícaras na mesinha na nossa frente e depois senta do meu lado alcançando um remédio que logo engoli sem o chá- Desculpe se demorei.

- Foi mais rápido do que pensei- Disse forçando um sorriso enquanto me inclinava para pegar a xícara mas Kuroo pega antes e me alcança.

- Não sorria se não estiver bem- Kuroo diz me olhando nos olhos e meu sorriso some- Não quero que finja estar sentindo algo.

- Desculpe- Murmurei levando a xícara até meus lábios.

- E não quero que se desculpe se você não tem culpa- Kuroo diz e acabei sorrindo, dessa vez sendo verdadeiro- Esse foi de verdade.

- Como você sabe disso?- Perguntei me ajeitando melhor, deixei minhas costas no braço do sofá e Kuroo coloca minhas pernas encima do seu colo- Não me diga que foi treinado para isso também.

- Fui- Kuroo afirma e fiquei de boca aberta, ele da uma gargalhada e minha expressão fica neutra- Estava brincando.

- Seu bobo- O xinguei logo em seguida tomando um gole do chá que ele fez para me acalmar.

- Você quer falar sobre aquilo?- Kuroo pergunta ainda em duvida.

- Sobre o motivo de você me acordar pedindo socorro enquanto gritava, com febre e chorando- Kuroo explica e engoli em seco.

- Tive um pesadelo- Respondi evitando de falar mais alguma coisa- Não quero falar sobre isso.

- Entendo- Kuroo sorriu pegando sua xicara- Também não gostaria de falar sobre um pesadelo que me deixou assustado.

- Um chefe da máfia tem medo de pesadelos?- Perguntei rindo.

- Não ria de mim- Kuroo diz sorrindo- Meu pior pesadelo é ve-la sofrer- Kuroo diz tão calmamente enquanto olha a lua que por um momento meu coração bateu mais forte- Meu coração é seu, não me importa se for para amar ou para machucar.

- Kuroo...- Kuroo deita sua cabeça para o lado sorrindo.

- Eu vou dar o meu melhor para que você se apaixone por mim, S/n- Esse foi o estopim, meu coração acelerou e minhas mãos tremiam, foi a primeira vez que aquela proposta soou romântica e não competitiva.

- E se eu já estiver apaixonada por você?- Perguntei virando meu rosto na direção da lua para beber o chá.

- Eu vou ser o homem mais feliz do mundo- Kuroo soltou um risada leve- E vou fazer você a mulher mais amada do mundo, do jeito que você merece ser amada de verdade- Kuroo passa suas mãos pelos meus pés e sobe ate minha coxa, com toques leves e sutis sempre analisando minhas expressões- Vou te fazer sentir a única pessoa feliz do mundo se for preciso.

Não falei nada, só inclinei meu rosto para frente selando nosso lábios em um beijo lento e sensual, nossas línguas pareciam dançar uma dança suave enquanto suas mãos apertavam minhas coxas, afundei meus dedos em seus cabelos me afastando e abri meus olhos para ter certeza que não era um sonho. Kuroo estava ali, bem na minha frente com seu sorriso provocador, me senti tão feliz,  uma felicidade que não sentia a anos.

- Você é minha- Kuroo diz com uma voz sensual e rouca, os cabelos d aminha nuca se arrepiaram quando ele toca seus lábios nos meus sem me beijar- Só minha.

- E você é meu- Murmurei de volta com um sorriso- Só meu.

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