KYRA | Alren Version

Twenty-Two

Pov's Lauren Jauregui

Alicia cada dia ganhava mais peso, agora sem fio nenhum ligado ao seu pequeno corpo, ela respirava sozinha. Graças aos deuses, o ataque cardíaco,
não teve nenhum dano cerebral, problema que é esperado em casos de paradas cardíacas por tanto tempo.

Ally estava cem por cento recuperada. Os primeiros meses foram difíceis para nós, quando tínhamos que voltar para casa e deixar Alicia no hospital.

Kyra estava cada dia mais manhosa. As vezes se comportava como um bebê e sempre acabava em nossa cama no meio da noite. Ally e eu nos perguntávamos como será quando Alicia vier para casa.

Claro daremos muito amor e carinho para as duas igualmente, porém Alicia precisará de muito mais atenção, ainda mais sendo uma bebê prematura.

Hoje estava completando três meses que Alicia estava no hospital. Ally e eu tínhamos acabado de deixar Kyra no colégio, passamos no resort para apenas checar como andava as coisas. Eu comparecia apenas três vezes por semana e nos outros dois dias, eu estava fazendo alguma coisa com Kyra e Allyson.

- Já podemos ir. - Avisei, vendo Ally conversar com Liz e Alice.

- Tchau, meninas, ótimo trabalho para vocês. - Brooke beijou a bochecha das duas e segurou em minha mão.

Eu apenas sorri para elas e puxei minha esposa até o carro estacionado em frente ao resort. Enquanto dirigia, olhava Ally pelo canto dos olhos. Ela parecia mais feliz hoje, seus olhos tinham os mesmo brilho de quando nos conhecemos há anos atrás.

Flashback On

Eu tinha acabado de sair da faculdade, me sentia cansada. As semanas de prova sempre acabavam comigo. Atravesso a rua, quando avisto uma cafeteria, que tinha abrindo há alguns dias. Todos diziam ser um bom lugar.

Assim que ponho os meus pés dentro da estabelecimento, o sino em cima de minha cabeça toca, chamando atenção para mim... Eu odeio esse negócio barulhento!

A garota loira, de lindos olhos atrás do balcão sorri para mim, o que me causa um frio no estômago. Seu olhar é meigo, como de uma menina de coração puro.

- Boa noite. - Lhe cumprimento quando chega a minha vez de ser atendida.

- Boa noite. O que a senhorita deseja? - Pergunta a loira.

- Sem senhorita, Allyson. - Tento soar amigável.

- Eu também me chamo Allyson. - Diz alegremente e eu acabo rindo.

Suas bochechas ruborizam, o que a deixa ainda mais fofa.

- Na verdade, eu me chamo Lauren. Eu li o seu nome no crachá. - Explico.

Ela solta a risada gostosa diante de sua confusão. Allyson se desculpa e anota o meu pedido quando peço para ela me surpreender com o pedido.

Passei a frequentar a cafeteria mais vezes. Eu gostava de ver Allyson, e eu ia sempre no horário que era o seu intervalo, para ter a sua companhia enquanto tomávamos algo.

Uma semana depois eu havia a beijado e acabei contando sobre a minha condição. Eu fiquei com medo dela se afastar, mas pelo contrário, ficamos ainda mais próximas e estávamos sempre juntas.

Eu não tinha dúvida que amava Ally Brooke, ela era o ser mais adorável do mundo e era capaz de derrubar os muros que sempre existiu em minha volta. Em uma noite fria, enquanto assistíamos um filme, pedi Ally em namoro.

Sua mãe não ficou nada contente, a mesma me detestava e me chamava de aberração. Eu sempre me dei bem com Eleanor e Demi, Jerry era um bom homem, mas sempre fazia o que a esposa pedia.

Ally sempre me deixou claro que a opinião de sua mãe não mudava nada o amor que ela sentia por mim.

Flashback​ Off

Assim que o sinal fecha, eu paro um pouco atrás da faixa de pedestres. A música que toca no carro se encerra, dando a vez para o locutor.

- Amor?! - Chamo Brooke, que olha para a rua.

- Sim?

- Quer se casar comigo? Vamos nos casar, hoje ainda se você quiser! - Digo eufórica.

Não tinha porque esperar mais, eu e Allyson nos amamos e é isso que importa... Um lindo sorriso ilumina o seu rosto, seus lindos olhos me olham com ternura e amor.

- Sim, sim, sim! - Ela repete, beijando todo o meu rosto. Por conta dos cintos, a aproximação demais se torna algo difícil.

- Eu te amo. - Sussurro com os meus lábios ainda colados aos seus.

- Eu também te amo, obrigada. - Suas mãos fazem um carinho em meu rosto, me fazendo fechar os olhos com o ato.

O som de buzinas atrás de nós nos faz explodir em gargalhadas quando coloco o carro em movimento.