• Capitulo 14 •

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No quarto e sentada na porta, é onde eu estou desde o momento em que saí daquele estande de tiro

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No quarto e sentada na porta, é onde eu estou desde o momento em que saí daquele estande de tiro. Lá fora já era noite e umas três pessoas vieram me chamar para comer algo.

Lamar, que insistiu duas vezes e eu disse que estava bem. Depois Sina, que disse ter deixado um prato na porta e por último Diarra, aquela ali quase me convenceu, mas ao soluçar em meio ao choro ouvi ela se afastar.

Eu estava me sentindo fraca, não por não ter comido, mas por não ser capaz de encarar a minha realidade. Era apenas aquilo, apenas um tiro, já fiz isso tantas vezes, porque agora não consigo?

Suspirei fechando os olhos e encostei minha cabeça na porta.

"Quando eu era mais nova também não gostava de pegar em arma. — ouvia minha mãe dizer agachada na minha frente."

"E como lidou com isso? Eu estou tremendo até agora. — ela riu pegando minhas mãos."

"Escuta, a gente só quer o seu bem, não vamos ficar te obrigando a isso."

"Mas… — ela negou lentamente."

"É normal sentir medo, mas não tem como a gente te ajudar se você não fizer isso por si só. — assenti. — Só não esqueça, não terá a gente pra sempre."

Limpei a lágrima que escorreu pelo meu rosto e me levantei.

Coloquei minha mão naquela maçaneta e fechei os olhos abrindo a porta.

A casa já estava em completo silêncio e todas as luzes apagadas.

Sai do quarto e desci decidida a fazer isso.

Você consegue Gabrielly, não faça por você, faça por eles.

Cheguei naquele local e ali estava aceso. Olhei para o canto e vi os botões que levantavam os alvos. Cliquei neles e logo vi os dez aparecendo.

Fiz um coque no cabelo e olhei aquelas armas com suas munições logo abaixo. Peguei uma Glock 20 e três pentes indo até minha posição.

Coloquei sobre a pequena bancada e carreguei rapidamente. Levantei meu olhar para aqueles alvos e respirei fundo…

Levantei meu braço e com o apoio da outra mão eu mirei, devo ter ficado uns trinta segundos assim até criar coragem para puxar o gatilho. O som ecoou pelo local e quando olhei errei feio.

Suspirei frustrada e dei risada. Levantei minha mão novamente e fechei um olho para tentar focar novamente. Puxei o gatilho mais rápido e ao ver onde a bala foi dei risada novamente.

Como raios eu acertei o teto?

— Deus, você está muito enferrujada Gabrielly. — resmungo arrumando minha postura e miro novamente.

Viro um pouco minha cabeça e disparo novamente. Mas adivinha? Errei!

— O que eu estou fazendo de errado? — digo irritada e coloco uma mão na cintura.

The Mafia - Beauany (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora