Sentia meu ar faltar, minhas mãos trêmulas, minha cabeça doía e por algum motivo minha garganta parecia trancada. Porém dizer isso fez meu peso diminuir, não contei nada além, mas só por admitir que escondi algo minha consciência deu uma aliviada.
— O que você escondeu? — Josh me virou lentamente e eu mal conseguia olhar seu rosto.
— Meu pais… — respirei fundo. — Não eram membros da máfia italiana.
— Quem eram? — me segurou pelos ombros.
— Eram os donos! — e então seu rosto ficou estático, suas mãos me soltaram e ele deu dois passos para trás.
— Isso é algum tipo de piada? — neguei fechando os olhos e tirei as luvas deixando cair sobre o chão.
— Eu não queria. — parei em meio ao soluço. — Não queria ter escondido isso, mas...
— Achou que tinham palhaços aqui? — escutei sua voz irritada e novamente neguei. — Esse tempo nos enganou, esteve no nosso território!
— Isso não deveria ter acontecido. — olhei ele. — Eu não sabia quem eu estava roubando, acha mesmo que eu queria viver tudo isso de novo?
— Você tem noção do que é isso? — me limitei em assentir. — Gabrielly você é herdeira daquilo! — passei a mão no rosto. — Meu Deus, como eu sou burro! — gritou socando um outro saco.
— Eu deveria ter dito, mas eu não conseguia.
— Não conseguia. — escutei sua risada forçada. — É só eu meter uma bala na sua cabeça que aquilo fica comigo por honra.
— Está vendo? — gritei olhando ele. — Do que iria adiantar eu falar alguma coisa? A primeira coisa que iria passar na sua cabeça era me matar.
— Não é bem assim. — disse alterado.
— Como não é bem assim?! — gritei de volta. — Desde o dia em que você cuspiu na minha cara que era dono da maior máfia já localizada eu vi o tamanho da merda que me meti.
— Não posso acreditar nisso. — bufei irritada.
— De qualquer forma não ia mudar em nada. — me aproximei da lona e me sentei ali. — Morta ou viva, não faço diferença. — limpei o rosto respirando fundo.
— Por que fugiu? Por que se escondeu ao invés de lutar pelo o que é seu? — forcei uma risada.
— Olha pra mim Josh. — abri os braços debochada. — Sou uma adolescente perdida que não tem noção de como está viva. — suspirei.
— Se escondeu por medo?
— Me escondi porque mesmo que eu quisesse jamais iria conseguir aquilo de volta. — digo irritada. — Eles eram grandes, tinham uma história, tinham um fardo tão grande que carregavam mas trabalhavam tão bem que nem se importavam. Eu era só a filha única, cujo a habilidade era com máquinas. Como seu pai mesmo disse, incompetente!
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The Mafia - Beauany (✓)
Fanfiction𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲+| Ela é uma garota inteligente, mas chegar a esse feito não foi nem um pouco fácil. 20 anos e vivendo totalmente isolada no subúrbio de LA, viver sem o luxo é uma escolha sua, visto que a mesma se diverte roubando pessoas com apenas a...