Corte de Anjos e Demônios [EM PAUSA]

capítulo 2

~RHYSAND~

Quando Nestha veio a casa dos ventos completamente em choque paralisada explicando como havia sonhado com uma mulher e sua localização e que precisávamos salva-la primeiro achei que havia ficado louca de vez, mas quando consegui adentrar sua mente e realmente vi o medo e pavor tomou meu corpo e me vi paralisado com as imagens a exigência de buscá-la e salva-la me tomou e tudo que pude foi mostrar a Feyre o que havia visto e como se ela também sentisse apenas assentimos chamando Azriel e Cassian.
Chegando em Hybern pudemos ver o quão destruido o reino estava, mas ainda assim a magia se fazia muito forte ali presente, sentia em meu âmago de que vinha dela tudo ali vinha dela, as proteções os feitiços todos eram ela.
Depois de acharmos a prisão onde ela estava, seja lá quem ela for, era mais poderosa do que imaginávamos considerando as runas de prisão e contensão entalhadas na entrada, runas tão velhas quanto o entalhador de ossos um dia fora, ou Bryaxis, seja lá quem estiver lá dentro deveriamos temer e tomar cuidado. Em algum momento enquanto me perdia nos pensamentos Amren e Nestha haviam aberto a prisão retirando os feitiços e estilhaçando as runas, assim que entramos o gosto ocre e o cheiro do poder, da magia se fizeram presentes mas em instantes mudaram para lavanda e baunilha, ela tinha um cheiro tão próximo ao chocolate que chegava inebriar os sentidos causando fome. Cassian se aproximou e em um piscar de olhos as sombras de Azriel se desprenderam dele rondando a fêmea ali desacordada, protegendo ela contra todos até mesmo seu mestre, o que chocou a todos ali presente, pela primeira vez Nestha adentrou a câmara vagarosamente e relutante olhou para a fêmea rodeada de sombras ariscas como animais selvagens e por alguns momentos todos vimos o brilho de poder por trás dos olhos de gelo dela, tão sutil que era quase imperceptível se não fosse pelas sombras que se dissiparam voltando ao seu mestre tão dóceis quanto antes, Cassian mais uma vez se aproximou e então conseguiu pegar a fêmea em seus braços para partirmos. Mor por sua vez foi a primeira e única a perguntar:
- "O que você fez Nestha?"

Nestha apenas disse: - "Poder reconhece poder". Como se fosse apenas o necessário a se saber.

Ao anoitecer todos foram a seus devidos quartos se deitarem aguardando a fêmea ali hospedada acordar. Azriel se sentia estranho, a presença da fêmea na casa atiçava suas sombras e as deixavam confusas sem saber a quem obedecer. Depois de muito tempo deitado inquieto o sono finalmente veio e ele se deixou levar.

[ A floresta era densa, escura e fria, muito fria; A lua era a única fonte de luz presente deixando a visão de Azriel mais difícil mas seus poderes mais fortes devido as sombras, ele não sabia onde estava apenas seguiu a direção de algumas pegadas no chão, suas sombras se agitaram conforme ia seguindo a direção das pegadas. Um vulto e depois uma flecha em sua direção, olhando de onde veio ele a viu pronta para atirar novamente então ele atravessou até ela, a primeira coisa que sentiu foi o cheiro de baunilha e logo em seguida viu os cabelos negros enrolados caindo em cascata as suas costa, estonteante, foi a única coisa que ele pode pensar antes dos olhos verdes se virarem de encontro aos seus e uma lâmina apertar contra sua garganta.

- quem. é. você?! - ela sibilou ao mestre espião

Ele estava tão perdido nos olhos verde esmeralda, os dentes brancos sintilantes, as maçãs do rosto levemente coradas devido ao frio e os labios carnudos e rosados - perto, perto demais - o espião percebeu e então disse

- eu e minha corte salvamos você!- tão perto que ele sentia o alito de menta refrescante quando ela suspirou e o soltou, então ela sabia quem ele era ou só estava jogando para ver até onde ele ia, não, não mesmo, ela sabia com certeza ela sabia pelo jeito como olhou para ele e depois tudo sumiu.
Azriel acordou ofegante o frio que ele sentiu no sonho, será que era mesmo um sonho? ou ela estava em sua mente?, na esperança de afastar os pensamentos Azriel levantou e foi a varanda de onde alçou vôo, via o amanhecer brotando no horizonte e observou até o sol nascer, logo após voltou para casa onde todos ainda dormiam e foi ao quarto dela. Ela ainda dormia profundamente, completamente desacordada ele se perguntava se estava ficando louco ou se o sonho fora real.

•~ Claryssa ~•

Acordei ao som do bater de asas de alguém que não sabia identificar, bater de asas? meu corpo se impulsiona para frente ao mesmo tempo minha mente roda , estava fraca, fraca demais para minha proteção. Obriguei meu corpo a ir até a beirada da cama, assim que me coloquei de pé senti dores nas pernas mas não me deixei abater andei até a porta a minha frente onde encontrei um banheiro enorme com uma banheira grande o suficiente para três pessoas, só então reparei em como tudo ali era luxuoso, com certeza estava com alguém importante e rico, o que só me frustrou mais ninguém sabia onde eu tava presa o príncipe de Hybern se certificou de que eu estivesse presa e escondida o suficiente para sua viagem em busca do caldeirão. Quem diabos tinha me pegado? pelo caldeirão que fosse fácil sair daqui não aguento mais prisões e cárceres; Ouvi passos em direção ao meu atual quarto e me deitei ajeitando os batimentos para que parecesse que eu estava dormente ainda, e foi então que ele entrou o mestre das sombras apenas veio olhou minha carcaça falsamente desmaiada na cama e foi embora novamente, assim que ele saiu não pude deixar de notar o cheiro dele de Pinheiros e neve, um cheiro parecido com o do ar mas mais marcante e então das sombras surgiram duas mulheres, espectros melhor dizendo. Com comida água e roupas como se eu fosse uma hospede? não me movi e então uma delas disse

-"sabemos que esta acordada, não se finja"

Descoberta, eu fui descoberta, como eu não sei mas reuni forças para levantar e observei as mulheres a minha frente, peles negras, cabelos compridos, idênticas se não fosse por suas roupas que se diferenciavam muito provavelmente para poder saber quem era quem, então elas se apresentaram, a de vestido cinza escuro com adereços dourados no pescoço era Nuala, e a outra com um vestido em um azul vivido e adereços também dourados porém nos braços era Cerridwen. Elas me disseram que fui chamada para almoçar com seus senhores e me ajudaram a tomar banho e me vestiram como se eu fosse uma boneca, enquanto uma me maquiava levemente a outra fazia uma coroa de trança no meu cabelo que se despendia em cascata nos meus cachos modelados pelos cremes que Nuala passou, meu vestido tinha alças finas, e um decote que descia até um dedo abaixo dos meus seios, ia até a cintura apertado modelando meu corpo e se desprendia em um tecido leve na saia que descia até pouco mais que meus tornozelos, o tecido de um vermelho tão vivido quanto sangue e meus sapatos dourados contrastavam com os braceletes que estava usando; Me olhei no espelho e quase não me reconheci, mais de 500 anos que eu não vira meu reflexo, minha aparência, que não me importava em parecer apresentável, seria um desastre eu se quer me lembrava como agir perante as pessoas quem dirá pessoas importantes e bem apessoadas que eu imaginei que eles fossem. Quer sabee dane-se eu estou aqui e nem sei onde aqui é exatamente então só de não cortar suas gargantas com os garfos já é um grande passo. Andei em direção a porta e segui Nuala que me esperava no corredor, me guiando a uma escadaria enorme (eles eram mais ricos do que imaginei), desci cuidadosamente para não cair e senti o arder no meu rosto quando me coloquei sobre a porta da sala de jantar e todos olharam pra mim, e foi ai que eu senti esse era Rhysand o Grão Senhor mais poderoso de Prythian e seu círculo íntimo, mas que merda eu fui me meter.