capítulo 9

102 13 3
                                    

Esperei ela vir a varanda novamente não disse uma palavra se quer apenas nos olhamos mantive minha pergunta implicita no meu olhar.

Ela respirou fundo uma, duas, três vezes: —" Eu não posso perde-las  Az, por favor eu imploro que não as tire de mim" - medo, o mais puro e genuíno medo; Como eu poderia tirar suas asas quando eu não viveria sem as minhas, ninguém deveria perder uma parte tão importante de quem é nem a liberdade de sentir todas as coisas ficando para trás com um simples vôo. —" Eu jamais faria tal coisa, é isso que acha que eu quero?"

—" Eu acho que faria o necessário pela sua corte e sua família"

—" E você ter asas é uma ameaça a minha família?"

—" Para você eu ao todo sou uma ameaça Az" - talvez pela magoa em sua voz ou pelo modo que ela me olhou com apreensão, mas algo em mim doeu por saber que ela se sentia assim comigo.

—" Você não é uma ameaça Clary"

—" Não, eu não sou, mas porque tanta indiferença se não me acha uma ameaça, qual o problema comigo que te faz ser tão distante"

Pelo caldeirão problema? ela é possivelmente a mulher mais linda, inteligente, guerreira e forte que eu conheço, acho que o único problema sou ei ser um idiota e não ir atrás do que eu tanto quero, da fêmea que anda assombrando meus sonhos mais indecentes.

—" Você... você não tem nenhum problema Clary..." - minha voz saiu quase como um sussurro —"... eu só..."- suspirei e pensei em como explicar —"...eu só não sei o que fazer com essa vontade..."

Ela me olhou com um sombrancelha franzida mostrando claramente sua dúvida em qual vontade eu me referia, andei até ela acabando com o espaço entre nós e não sei se ela estava paralisada ou só deixando ver até onde eu ia mas ela não moveu um músculo se quer. Aqueles olhos vermelhos me olhavam indagando qual a minha vontade e me instigando a continuar.

—" e o que voce quer encantador das sombras?"

—" .... você, eu quero você
..."
  Segurei seu rosto em minhas mãos e beijei-a, um beijo cheio de desejo e pressa. Os lábios rosados tocando o meu, pedi passagem com a língua e ela cedeu e seu gosto era provavelmente a melhor coisa da vida , era doce com o leve toque de menta e o beijo calmo, sua língua explorava cada canto da  minha boca. Alguma coisa em minha mente estralou e então um clarão me envolveu, meu peito se aqueceu, pelo caldeirão será que ela era minha parceira?

     ~• Claryssa •~

Beijei muitos machos e fêmeas durante meus séculos de vida mas pela Mãe eu nunca me senti tão necessitada de um beijo, uma boca, de sentir seu gosto d mentolado, aquele cheiro  de ar invadindo minhas narinas a cada momento em que ficávamos perto no beijo calmo e necessitado, aquele macho seria minha perdição. Como eu conseguiria ficar sem beija-lo novamente, toca-lo, senti-lo nesse proximidade tão boa que estávamos, pelo caldeirão eu queria que ele se enterrasse em mim, queria tudo cada centímetro que ele pudesse oferecer, todo prazer que pudesse sentir.
  Preciso me conter ou desse jeito vou acabar levando Azriel para cama, não que eu não fosse adorar lamber cada parte de seu corpo mas simplesmente não faria assim, não agora que sei o efeito que causo nele eu vou usar isso vou faze-lo sentir tanta necessidade de mim, do meu toque, que um pequeno suspiro meu bastará para deixá-lo louco de desejo.

—" Acho melhor irmos nos deitar, amanhã será um longo dia" - sussurrei em seu ouvido enquanto levantava em direção ao meu quarto. Assim que entrei me deitei e fiquei imaginando maneiras de provocar Azriel no dia seguinte mas logo fui levada ao pensamento de que iria ao acampamento Illiryano.

Corte de Anjos e Demônios [EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora