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    Algumas horas depois, os médicos liberaram a gente... Por ter sido parto normal não tinham muitas democracias e isso facilitava tanto. Já estávamos em casa, enquanto meu pai ajudava a minha mãe a tomar um banho eu e o Chan estávamos no quarto do meu irmão vendo o mesmo dormir no berço.

(Chan): Acho que seus olhos nunca brilharam tanto.

(S/N): Acho que é porque nunca tive um irmão. -Digo sorrindo com a minha fala.

(Chan): Se parece com você.

(S/P): Ele é igualzinho a ela quando tinha a idade dele. -Diz entrando no quarto sorrindo.

(S/N): Ela está bem?

(S/P): Radiante eu diria.

(S/N): Do jeito que ela é amanhã mesmo já vai estar levantando sozinha.

(S/P): Essa teimosia puxou dela.

(S/N): Acho que meu caso é ainda pior, puxei a teimosia dos dois.

(Chan): Tomara que ele não seja tão teimoso quanto vocês. -Diz rindo.

(S/N): Pode ir cruzando os dedos.

(S/P): É... Acho que o mundo não estaria preparado pra tanta teimosia.

(S/N): Com certeza não.

(S/P): Já estão com fome?

(S/N): Nem precisava perguntar. -Digo sorrindo.

(S/P): O que querem comer?

(Chan): Acho que não devia ter...

(S/N): Shiiu ele já deu ideia, me deixa.

    Os dois começaram a rir enquanto eu pensava no que eu queria comer, seria uma boa sair um pouco da rotina mas... Eu sentia falta da comida do meu pai, principalmente quando ele fazia aquele arroz branquinho bem fresquinho, com bife e batata frita... Ahhh perfeito.

(S/P): Eu conheço essa cara. Já até sei.

(Chan): O que é?

(S/P): Meu arroz com bife e batata frita.

(S/N): Vidente.

(S/P): É ainda mais simples meu amor, sou seu pai.

(S/N): Ahh te amo.

(S/P): Também te amo meu amor.

(S/N): Se acha que a minha comida é boa, depois de hoje vai querer viajar todos os dias só pra comer a comida do meu pai.

(Chan): Do jeito que você é com comida eu não duvido. -Diz rindo.

(S/P): Querem me ajudar?

(S/N): Lógico. -Digo animada.

    Nós descemos pra cozinha, lavamos nossas mãos e começamos a cozinhar, não demorou muito pra que estivesse pronto. Meu pai subiu pra buscar a minha mãe enquanto nós colocávamos a mesa.

(Chan): Senti falta disso.

(S/N): De colocar a mesa? -Digo confusa.

(Chan): Não... -Diz rindo. -Daqui, ainda lembro da primeira vez que viemos, descobri que seu pai é muito bom em atuação.

(S/N): É... Eu até achei que ele ia passar uma lista de regras.

(Chan): E ainda éramos só amigos. -Diz rindo.

(S/N): É mas mesmo fingindo ele não conseguiu por muito tempo, e começou a dizer que íamos acabar juntos.

(Chan): E acertou.

(S/N): Ele devia ter apostado.

(Chan): Devia mesmo. -Diz rindo.

(S/N): Ainda lembro de quando chegamos aqui depois que já estávamos namorando. Eles passaram o dia todo dizendo que estavam certos.

(Chan): Foi engraçado. Tudo que acontecia eles voltavam e falavam "da próxima eu aposto", ou "nunca duvide quando eu disser."

(S/N): Foi bem assim mesmo.

(S/M): Tão lindos.

(S/N): Ahh desde quando estão aqui?

(S/P): O suficiente pra dizer que eu estava certo. -Diz convencido.

(S/M): Estávamos meu amor.

(S/P): Exatamente querida.

(Chan): Viu? Nunca mudam.

(S/N): Não mesmo.

(S/M): Podem ficar tranquilos que no casamento de vocês vamos fazer um discurso dizendo sobre o quanto estamos sempre certos.

(S/P): Bem lembrado, eu já tenho que preparar meu discurso.

(S/N): Sério? Acho que já está pronto é só "Quando dissemos que estariam namorando em um mês não estávamos brincando, muito menos quando dissemos que se casariam. E hoje podemos lembrá-los mais uma vez... Nunca duvidem de nós"

(Chan): Então concorda com eles quando dizem que vamos nos casar? -Diz me abraçando por trás.

(S/M): Mais uma prova.

(S/P): Já posso sentir aquele gostinho de "eu estava certo".

(S/N): Tá bem... Já deu. Vamos comer por favor.

(S/M): Okay. -Diz sorrindo.

It's Still MineOnde histórias criam vida. Descubra agora