Dean Copeland
Brinco com a gravata entre meus dedos e ergo os olhos vendo Nate entrar, ele está com a camisa social branca com os primeiros botões abertos e a calça social está apertada.
-Oi.- ele se joga na cadeira da minha frente.- O que você quer falar comigo?
-Nada, eu só quero almoçar com você.- cruzo meus braços.
-Uhum, sei.- ele sorri do jeito que eu ensinei ele a sorrir para conquistar uma garota.
-Ei!- chuto ele pela mesa.
-Desculpa.- Nate balança a cabeça.- Ainda estou meio de ressaca.
-E aquela cena na cozinha?- pergunto.
-A garota avançou em mim e se divertiu com o chocolate.- ele ri, deve estar lembrando.- Mas foi horrível tirar o chocolate.
-Imagino.- faço a mesma careta.
-É por isso?- ele franze as sobrancelhas.- Você e April não gostaram?
-Não é isso.- balanço a cabeça.- Ela nem se importa com isso.
-Então o que é?- ele olha envolta.- Por que estamos esperando?
-Olá, senhores.- a garçonete chega e eu respiro aliviado.
Nate dá um sorriso quando ela trás a água sem gás, a garçonete é uma gostosa e ele começa a falar com ela. Parece que a coitada foi completamente laçada por ele.
Desvio o olhar quando ele faz ela rir e olho para a entrada, April está entrando e sorrio lentamente quando vejo ela tirar o blazer e ficar ainda mais gostosa.
Alguns caras olham para ela e aproveito quando ela senta ao meu lado para passar o braço pelos ombros dela.
-Como vai?- pergunto.
-Bem.- ela me beija rapidamente.- E ele?
-Nate.- chamo.- Para de dar em cima dela.
Nate revira os olhos e a garçonete vai embora, então ele nos observa e se demora no braço que coloco envolta dos ombros de April para depois dá uma risada.
-O que?- semicerro os olhos.
-Seria mais fácil você mijar nela, cão.- ele provoca.
-Que engraçado.- finjo rir.- Você é uma figura.
-E aí, Nate?- April sorri se inclinando para perto da mesa.- Como foi o dia?
-Bom, eu fiz quase tudo certo hoje.- ele pisca e April sorri.- Mas acho que vai piorar já que vocês estão querendo conversar comigo. Juntos.
-Vamos pedir primeiro, tô morrendo de fome.- April pega o cardápio.
Ele olha para ela e então para mim, mexo meu queixo e ele pega o cardápio também, April quer deixar ele o máximo confortável e eu quero que ele se sinta bem.
Comendo, ele vai estar muito bem. Nate vai precisar entender que decidimos morar juntos, mas não sei o que vou fazer se ele lançar aquele olhar triste para mim.
Pedimos o almoço e peço o vinho que ela gosta, ela começa a falar sobre o trabalho e ele parece interessado em saber como ela vai defender a esposa que matou o marido.
Nate até ignora a garçonete quando April explica que existem estágios para defender, observo ela explicar e o sorriso em seu rosto me faz sorrir também.
-Legal.- ele mexe a cabeça.- Mesmo que ela tenha matado, eu iria pensar pro seu lado se fosse do júri.
-Obrigada.- ela sorri orgulhosa.
-Falei que não tinha nada para de preocupar.- acaricio o ombro dela.
-É.- ela mexe a cabeça.
-Então.- Nate respira fundo nos observando.- O que você querem falar?
A garçonete passa para tirar os pratos e April parece mais nervosa do que deveria estar, ela se importa mais com Nate do que achei que se importava.
E de alguma forma isso me deixa confortável, ninguém nunca se importou com Nate tanto quanto eu além de Savannah e Ethan.
Então April era....era incrível.
-A gente vai se mudar.- falo para poupar ela.- Eu e April vamos morar juntos.
-Ah.- ele fica sério.
-Mas não se preocupe.- April fala rápido.- Você pode aparecer lá sempre que quiser, e vai ter um quarto.
-Entendo.- ele parece pensar.
-Eu até ajudo você a encontrar um apartamento.- toco meu peito.- Tenho uma ótima corretora...
April olha para mim como se perguntasse a si mesma como nunca falei dela, respiro fundo e ofereço a ela um aperto de ombro, ela revira os olhos e volta a encarar Nate.
-Desculpa.
-Vocês acham que eu ia fazer o que?- ele sorri lentamente.
-Não sei, acho que ia ficar triste.- explico.
-Gente, vocês estão avançando.- ele mexe a mão.- Isso é ótimo para vocês!
-E para você?- April pergunta.
-Eu me viro.- ele fala relaxado.
-Tem certeza?- ela parece preocupada.
-Sim, claro.- Nate sorri.- Eu vou ficar bem, passei anos cuidando disso sozinho.
Um aperto toma meu peito e April parece compartilhar do mesmo aperto, mas ele não parece perceber o que revelou para nós. Não me imagino deixando ele sozinho.
-Nate...
-Gente, eu vou ficar bem.- ele ri.- É sério.
-Eu trouxe isso pra você.- April pega uma sacola.
Ele pega e abre descobrindo que e brownie, parece que estamos avisando para nosso filho que vamos nos separar e ele vai ficar em um acampamento religioso.
-Então está tudo bem?- pergunto calmo.
-Sim.- ele coloca um pedaço na boca.- E em um apartamento eu posso fazer o que eu não faria com você e April no quarto ao lado.
-O que você não faria?- April parece curiosa.
-Ah, você sabe...sexo em grupo, andar pelado, gastar toda a água quente...
-É, pare de falar.- faço careta.
-Eu sou o primeiro a saber disso?- ele parece animado.
-Na verdade, contei para Harper e Savannah.- April explica.- Então Ethan e Carter já sabem.
-Então eu fui, literalmente, o último.- ele faz careta.
-É.- assinto.
-Que lindo.- ele come o resto do brownie.- Então vai deixar eu ser o padrinho?
-Não!- falo alto demais e April ri.
-Que merda, esse pode ser o único bebê por um tempo.- Nate bufa cruzando os braços como uma criança irritada.- Quanto tempo você pretende esperar até engravidar, April?
-Não é da sua conta.- ela sorri doce.- Mas você vai ser o padrinho.
-Eba!- ele bate palmas.
Sorrio olhando pra April e ela mexe os ombros como se disesse que só isso deixaria ele animado assim depois de descobrir que foi o último a saber que iríamos morar juntos.
Acaricio as costas dela e deixamos que ele comece a falar sobre o que faria com o sobrinho, começo a rir quando ele diz que levaria para andar de moto.
-Um bebê, Nate?- April parece surpresa.
-Bebês sabem segurar, não?- ele franze as sobrancelhas.
-Sabem, Nate, sabem.
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A Esperança - Os Copeland
RomanceDean Copeland é o típico playboy que só pensa em sexo e diversão, mas isso mudou quando ele começou a ter uma queda por Harper Burns. E depois por sua melhor amiga, April Jones. Os traumas venceram. Por dois anos eles não se falaram, não sabiam o q...