Poxa vizinho me nota ( Min Yoongi )

15

— Mãe, até eu estou com nojo de me beijar. — Resmungo pela vigésima vez, enquanto escovo os dentes pela quinta vez.

— Filha, você tacou a frigideira na cabeça do seu irmão! — Mamãe fala brava, mas eu sei que ela está se segurando para não rir também.

— Mas mãe, ele mereceu, eu ainda caí. — Falo depois de enxaguar a boca, logo depois guardando a escova nova em um lugar seguro, mas o Jin não perde por esperar.

— Seu pai teve que levar ele pro hospital enquanto você está aqui reclamando, falando em hospital, hoje é dia de ir tirar o gesso. — De tudo que ela falou só consegui prestar atenção na última parte, finalmente ia me livrar desse gesso empata foda também.

— Finalmente!!! — Me alegro, mas quando volto para meu quarto dou de cara com o folgado do Jimin deitado na minha cama.

— Finalmente, não aguentava te esperar mais. — Fala se sentando na cama. — Amor, você foi muito má com o Jin, espero que você nunca faça isso comigo.

— Claro que não vou fazer, bem, talvez, nunca se sabe. — Digo sorrindo fofa e o mesmo me olha assustado.

— Nem brinca com isso, tenho medo de dormir perto de você e acordar com você colocando um travesseiro na minha cara. — Fala e acabo rindo do pensamento dele, oras, eu não seria tão ruim assim, sou uma pessoa carinhosa e gentil.

— Filha, ontem a noite eu e seu pai estávamos conversando e chegamos a conclusão que você ainda não está trabalhando, você já está no seu penúltimo semestre, poderia pelo menos ter começado um estágio em alguma clínica. — Mamãe que até agora estava só observando fala, apesar de eu já estar no penúltimo estágio, ainda tenho medo de começar a trabalhar e fazer alguma coisa errada, tento não pensar muito nisso, mas nesse período de férias que estou agora acho que já é hora de começar algum.

— Eu sei, mãe, só tenho medo de fazer alguma coisa errada.

— Com medo você não vai chegar a lugar nenhum, já foram 9 semestres contando com esse que você está agora, já até passou da hora de começar um estágio.

— É difícil, parece que estão querendo se livrar de mim. — Olho para ela pela primeira vez desde que começamos essa conversa.

— Não é isso, é só que depois você vai terminar a faculdade e não vai ter experiência nenhuma de como vai ser trabalhar em alguma clínica. — Acaricia minha mão com o polegar e percebo seu olhar de preocupação.

— Tudo bem, mãe, vou pensar mais no assunto.

— Está bem, qualquer coisa pede ajuda para seu pai que ele tem um amigo que tem uma clínica veterinária e talvez possa te ajudar.

— Obrigada! — Me levanto saindo de perto do Jimin que ouvia toda a conversa calado e vou em direção a ela para abraçá-la.

                              [...]

— Me sinto livre finalmente! — Falo alegre, esticando meu braço mais uma vez que até pouco tempo atrás estava engessado.

— Se continuar assim vai ter que voltar para o gesso em breve novamente. — Jimin chega sentando do meu lado no sofá para acabar com a minha felicidade, poxa... O que custa me deixar ser feliz por um minuto? — E o seu irmão tem notícias dele?

— Uhum, não foi nada grave, ele até já está no trabalho.

— Yuna, você está muito quietinha, o que está aprontando?  — Pergunta desconfiado.

— Só porque estou quietinha estou aprontando? — Pergunto com desdém e o mesmo assente sem pensar duas vezes. — Oras, não é nada, só arrumei um encontro para o Jin com a ex dele que ele odeia, nada demais.

— Nada demais? Yuna, você sabe que aqueles dois se odeiam, e no término deles ela quebrou o carro dele todo e ainda queimou as roupas dele.

— Por isso mesmo, quero ver ele se atrever a mexer comigo de novo. — Sorrio satisfeita. — E melhor ainda é que ela já está esperando ele no quarto dele para quando ele chegar, isso vai ser bom demais, essa é a ex do Jin que eu mais gosto, falando nisso, faltam só trinta minutos para ele chegar. — Esfrego as mãos uma na outra, soltando uma risada escandalosa.

— Às vezes você me dá medo. — Olho para Jimin acuado do meu lado, ah ele é tão fofo quando quer, não me seguro e deitei em cima dele o apertando em meus braços. — Yuna!

— Você estava tão fofo com aquela carinha Mochi, você sabe que eu nunca faria uma coisa dessa com você, afinal você é meu irmão.

— Se você está fazendo isso com seu irmão que é de sangue, imagina comigo.

— Não seja dramático, e a Jina fez o teste? — Mudo de assunto sentando em cima da barriga do mesmo que segura na minha cintura, enquanto arrumo o cabelo dele.

— Ainda não, ela diz estar com medo, não tem coragem de ir no hospital fazer e nem de fazer o de farmácia e eu nem se fala do meu medo. — Olha para mim com um biquinho nos lábios que eu não exito em dar um tapa fraco com a mão. — Ai. — Reclama.

— Shii, se ela quiser eu posso ir com ela. — Me ofereci, enquanto terminava de fazer trancinhas em seu cabelo.

— Mesmo? É claro, por favor, só não faça ou fale coisas estranhas perto dela.

— Hum, estão namorando, é? — Pergunto provocando.

— Claro que não, já até fiquei com uma garota da faculdade antes de ontem.

— Park Jimin, seu safado, você não perde tempo hein. — Brinco dando um tapa em seu peito.

— Às vezes vocês parecem namorados. — Escuto Jin murmura entrando em casa.

— Por que?

— Só olhar a forma que vocês estão. — Olho para ele confusa, mas logo vejo a maneira que estamos, ele deitado no sofá com as mãos na minha cintura e eu sentada quase em cima de sua virilha.

— Ah, normal. — Dou de ombros me levantando. — Bom, boa sorte Jin, vou ir ver o Yoongi. Jimin, você fica aqui até eu voltar. — Falo antes de sair de casa saltitante.

— Mozinho. — Falo assim que entro na casa indo em direção ao quarto do mesmo já que e onde ele deve estar, quando vinha para cá vi o carro na garagem então provavelmente ele está em casa. — Te achei! De hoje não passa. — Entro no quarto trancando a porta e logo vou em direção a ele que tinha acabado de sair do banho o empurrando na cama, ficando por cima.

— Direta você, hein amor. — Fala com um sorriso malicioso no rosto, enquanto acaricia minhas coxas expostas pelo short curto — Mas amor, você escovou, lavou a boca direitinho?

— Claro que sim, só cinco vezes, agora vamos ao que interessa. — Termino de falar e logo ataco seus lábios em um beijo afoito, cheio de mãos bobas.

Hoje a noite promete...