Poxa vizinho me nota ( Min Yoongi )

12

Antes.

— Ah, e o assunto do seu futuro filho(a)?

— Sinceramente, não sei o que fazer, sou muito novo para ser pai. — Choraminga me abraçando enquanto faço carinho no cabelo dele.

— Quem vai ser pai, Jimin? — Yoongi pergunta dando um pequeno susto em nós dois, olhamos para a direção da voz vendo ele parado na porta da cozinha, com um semblante sério.

Agora.

— Agora fica escutando minhas conversas? — Jimin pergunta em um tom de leve irritação, só consigo ficar parada no meu lugar, desejando estar na minha casa.

— Não fico ouvindo a conversa de ninguém, se você estivesse prestado mais atenção veria que eu estava aqui quando você chegou. — Responde no mesmo tom, olhando seriamente para o irmão, esquecendo minha presença ali.

— Tanto faz, vou para meu quarto. — Dá de ombros, pegando na minha mão me levando junto com ele até o quarto.

— Jimin, ainda não terminamos nossa conversa! Ainda sou seu responsável. — Fala sem paciência, segurando o braço do Jimin, apenas me afasto indo em direção a porta.

— Espera, Yuna! — Se solta vindo na minha direção para impedir que eu saía.

— Mochi, acho que vocês precisam conversar, volto depois. — Tento convencer ele a me deixar ir, vendo a expressão irritada do Yoongi.

— Não precisa sair, a conversa aqui vai ser rápida. Olha Yoongi, eu já tenho 21 anos, não sou nenhum bebê que você precisa cuidar, o que faço da minha vida ou o que deixo de fazer não é problema seu.

— Você pode ter até 60 anos mas continuo me preocupando com você e cuidando, eu sou seu irmão, acha que não me preocupo? — Pergunta a última parte em um tom mais elevado com um sorriso irônico.

— Acontece Min Yoongi, que você não é meu irmão de verdade, só porque minha mãe se casou com seu pai você acha que é meu irmão? Mas a verdade é que não é, sempre vai continuar sendo o filho do meu padrasto. — Responde de forma fria, praticamente vermelho de raiva, vejo Yoongi mudar a expressão de irritado para uma expressão vazia.

— Jimin, você pegou pesado. — Falo um pouco de medo dele surtar comigo também.

— Tudo bem, Yuna, como ele mesmo disse eu sou apenas o filho do padrasto dele. Ok Jimin, não se preocupa não vou mais me preocupar com você. — Responde tirando a chave do carro do bolso e indo até a porta.

— Yoongi, espera, você sabe que eu não quis dizer isso. — Tenta se explicar, mas Yoongi sai batendo a porta com uma certa força, nos entreolhamos de forma rápida antes dele sair, Jimin apenas olha para mim indo em direção a sala de cabeça baixa, e eu fico parada tentando assimilar tudo que acabou de acontecer.

— Uau, nunca briguei assim com o Jin. — Falo lembrando das nossas brigas, mas nenhuma se compara com essa. — Fica assim não, coração. — Vou em direção ao Jimin que estava na sala com um olhar meio perdido.

— Como não? Yuna, você tem noção do que eu acabei de fazer? Acabei de descontar toda a minha raiva na pessoa que sempre esteve ao meu lado, cuidou e me apoio. — Tenta falar de uma forma calma, mas soa mais irritada do que antes.

— Ok, calma, não precisa se estressar, acho melhor te deixar sozinho para poder pensar melhor. — Me afasto dele indo em direção a saída da casa, já que ele está tão irritado o melhor é deixar ele sozinho para poder pensar melhor em tudo que acabou de acontecer agora à pouco.

— Yuna, não me deixa sozinho agora. — Fala de uma forma chorosa, suspiro indo em direção a ele o puxando para um abraço apertado.

— Não queria ter falado daquela forma com ele, só me alterei.

— Tá bom, fica calmo. Já ele chega aí e vocês vão poder conversar. — Tento o acalmar fazendo um carinho nas costas dele.

— Será que ele vai querer conversar comigo? Você acha que peguei muito pesado? — Pergunta com a voz embriagada por conta do choro, ok nunca tinha visto o Jimin chorando, só da vez que eu quebrei a televisão da mãe dele e coloquei a culpa nele ou quando ele fica bêbado, mas fora isso ele não é muito de chorar.

— Certeza que ele vai querer conversar contigo. Sinceramente? Você pegou bem pesado mesmo, nem eu e o Jin já brigamos assim, só nos tapas mesmo.

— Eu sei, você e o Jin vivem de implicância um com o outro. — Se afasta me levando em direção ao quarto dele.

— Não esquece que meu braço ainda está machucado, vai transar comigo é? — Pergunto de forma maliciosa deitando na cama, recebendo um olhar de desaprovação dele.

— Não, obrigado! Só quero dormir um pouco mesmo. — Deita encima de mim.

— Poxa Jimin, só não fica duro. — Brinco vendo o mesmo se remecher encima de mim.

— Só fica quietinha. — Resmunga.

                              [...]

Jimin já havia dormido a um bom tempo, só esperei um tempo para poder tirar ele de cima de mim, eu ia sair do quarto mas preferi ficar nele, vai que encontro o cachorro encrenqueiro por aqui.

— Acho que já está na hora de ir embora. — Olho para Jimin que ainda está dormindo, levanto da cama saíndo do quarto deixando a porta apenas encostada. Levo um pequeno susto quando alguém me agarra por trás me viro rapidamente dando de cara com o Yoongi com um sorriso fraco de lado. — Você me assuntou!

— Desculpe, amor. Não sabia que minha gatinha era tão assustada assim.

— Não sou. — Faço um bico que logo é beijado pelo mesmo, que aperta minha cintura nos deixando mais próximos. — Quer transar é? — Pergunto de forma divertida.

— Oh, bem que eu queria, mas temos que esperar seu braço melhorar primeiro, docinho, você também anda bem safada não é mesmo?

— Só com você, amor. — Sussuro no ouvido dele, dando uma mordida no lóbulo.

— Podemos conversar, Yoongi? — Me viro meia assustada vendo Jimin escorado na porta do quarto, meio acuado como se estivesse com medo daquela conversa.

— Sim, só seja rápido tenho trabalho. — Responde de forma fria.

— Bom já vou, fica bem Mochi. — Vou até ele dando um abraço rápido. — Tchau, moh. — Passo por ele deixando um selinho rápido em seus lábios.

Ao sair da casa vou correndo até a minha dando de cara com o Jin que estava parado perto da escada.

— Finalmente resolveu aparecer.

— Jin, vamos brigar? — Pergunto ignorando sua fala anterior.

— Do nada sua estranha? — Ri confuso.

— Passei sua escova de dente no vaso.

— Mentira, é mentira né? — Me olha tentando ver alguma vestígio de mentira.

— Sinto muito! — Começo a rir.

— Yuna, sua nojenta, você é estranha.

— Calma crianças, ninguém vai brigar aqui. — Papai que até agora estava só olhando resolveu se pronunciar.

— Ah não, pai! — Resmungo.