Poxa vizinho me nota ( Min Yoongi )

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- Não te suporto! - joga o travesseiro que estava ao meu lado nele.

- Essa é a primeira noite que eu estou aqui então, Fiona, abaixa a bola! - revida o gesto, virando de frente para mim. - Porra, Fiona! - leva uma mão ao peito assustado.

- O que foi? Tem um bicho em mim?! - indago assustada e paralisada de medo.

- Não, não, o bicho é você mesma! - responde rindo. Calma e respira fundo... - Não sei do que você está reclamando, eu é que vou ter que acordar e ver essa sua cara de Fiona, enquanto eu vou estar lindo e maravilhoso. - sorri convencido. Juro que tentei, pai, mas ele está pedindo, então não pensei duas vezes antes de dar um forte tapa em seu braço, que no mesmo instante, me olha aterrorizado. - Fiona!

- Estrupício! - grito também. Está pensando o quê? Sei gritar também, querido.

Escuto a porta do quarto sendo aberta, vendo mamãe e papai lá. - Não é possível! Pensei que fosse uma emergência! Começaram cedo hoje! - vejo mamãe caminhar pelo quarto em direção às janelas e abrir as cortinas. Cubro meu rosto com o cobertor, que por incrível que pareça, eu e Jin estamos dividindo o mesmo. Por quê? Nem eu sei o motivo.

- Essa Fiona aí! - me empurrou para o lado quase fazendo com que eu caia da cama.

- Você, seu estrupício! - empurro-o também.

E vamos ter uma longa semana...

[...]

Depois de 4 discussões com o Jin logo nas primeiras horas do dia, decidi sair de casa. Claro, depois de fazer minhas higienes matinais, tomar o café da manhã e com a permissão do meu pai, que disse que estaria de olho em mim.

- Sim ou não? - pergunto para mim mesma, parada no meio da rua pensando se vou ou não conversar com Yoongi, estou com um certo receio de ir lá por causa do vídeo e daquela garota que parece que vive aqui agora. - Hm, melhor não! - me viro com a intenção de sair o mais rápido possível dali.

- Yuna? - ah~, como eu senti falta dessa voz~

Tudo bem que nos vemos ontem mas, poxa... nem conversamos, e a culpa é daquela garota!

- Ah, oi!. - respondo sem me virar, não consigo encarar seus belos olhos. E tipo... será que ele sabe?

- Aproveitou muito a festa? - sim, ele sabe!

Criei coragem e me viro para olhá-lo. Não sei como é possível, mas ele está mais lindo do que antes.

- Hm, sim, foi legal... - respondo um pouco envergonhada.

Se controla, Yuna, você não é assim!

- Foi o que pensei - disse - Acho que estamos pensando na mesma coisa!. - pela primeira vez, hoje vi seu sorriso.

E como eu senti falta desse sorriso perfeito também!

- Olha, se for sexo, eu também pensei. - falo sem vergonha nenhuma, e ele apenas sorriu negando com a cabeça. - Conversar. E eu sei, precisamos mesmo. - suspiro, já sem a alegria de antes.

- Sim, prefere aqui ou na minha casa?. - pergunta caminhando em direção a casa.

- No seu quarto! - falo rápido - Claro, sem malícia nenhuma. - completo.

- Tudo bem! Jimin e Holly não estão mesmo em casa, então podemos conversar sem ser interrompidos. - acompanho ele até o quarto.

- E onde eles estão?. - pergunto tentando não parecer tão interessada.

- Na casa da Jina. Holly não gostou muito da idéia mas, no final, foi com eles. - tinha que ser com ela, pela primeira vez, concordo com Holly.

Ele é um cachorro, mas muito inteligente.

- Hm - murmuro, adentrando o quarto assim que Yoongi abriu a porta do cômodo e deu-me passagem - Então... Precisamos conversar sobre o que mesmo?. - pergunto me tacando na cama de casal.

- De nós? - ele fez uma pergunta ou afirmação? - É uma afirmação. - completa quando percebeu que eu tô mais perdida que cego em tiroteio.

- Okay! - concordo me sentando corretamente na cama, tendo ele de frente para mim - Nosso casamento é amanhã e acabou a conversa! - sorrio satisfeita sendo acompanhada por ele que curvou seus lábios em um sorriso meio termo.

- Calma, nem namoramos ainda.

- Quer dizer que vamos namorar então? - pergunto feliz.

- Veremos... mas te chamei aqui por- - foi interrompido pelo toque do celular - Espera um minuto! - pede, saindo para a ligação.

- Eu poderia colocar uma câmera aqui nesse quarto para poder ver tudo que acontece... - penso em voz alta, olhando ao redor - Umas escutas também. - murmuro, revirando uns papéis que estão do lado da cama em uma mesinha.

- Desculpe, mas nossa conversa vai ter que ficar para outra hora, o pessoal da empresa está precisando de mim agora. - se explica adentrando o closet para trocar de roupa.

- Tudo bem! - digo sem dar muita importância, meu interesse está totalmente naqueles papéis que eu não entendo nada que 'tá escrito.

- Você poderia largar esses papéis um pouquinho e vir me ajudar aqui! - o escuto resmungar revirando as roupas.

Ciúmes? Ain, ele é tão fofo e tão meu~

- Se for pra tirar sua roupa, eu vou!. - dou a ideia.

Quem sabe ele concorda, né?

- Embora eu ache tentador, não vamos transar. E sim, você pode tirar minha roupa desde que me ajude a vestir a outra rapidamente. - ele disse, deixando bem claro a parte de que não me ama mais.

- Eu ajudo só porque gosto de ver suas cuecas. - claro que vou ajudar, quem perderia a bela visão desse homem sem roupa? Pois é, eu que não.

[...]

- Tô em casa!. - aviso assim que entro em casa.

Já que estou sendo vigiada pelo meu querido papai, ele tem que está informado da minha chegada de rainha também, né?

- Podia ter ficado por lá mesmo. - se você disse que foi o Jin quem falou, você está de parabéns!

- E você podia ter continuado no orfanato. - provoco já indo me proteger atrás da estante de livro. Nunca se sabe quando dá a louca no estrupício do meu querido irmãozinho mais velho.

- Eu não sou adotado, se tem alguém que é adotado aqui, é você. - retruca se achando o superior jogando o cabelo pro lado - Eu sou o mais velho aqui e vi quando meus pais te adotaram. Você era mais feia do que é hoje. - completa.

Agora ele vai levar umas na cara!

- Olha aqui seu palhaço-

- De novo? - tinha que ser papai, na hora que eu ia avançar nesse resto de aborto que chamo de irmão, ele interrompe. Suspiro frustrada.

- Eu te avisei pra levar ela pro hospício enquanto ainda tinha tempo. - Jin diz e sai correndo em seguida, provavelmente ele sabe o que iria acontecer se ficasse.

- Preciso de um ano de férias de vocês dois. - papai se pronuncia em um suspiro, andando em direção ao escritório.

- Pai, eu sou adotada? - pergunto seguindo-o.

- Claro que é, dragão - essa peste não tinha corrido?!

- Palhaço!