Poxa vizinho me nota ( Min Yoongi )

28

— Família, cheguei! — Aviso me jogando no sofá.

— Que bom, estava mesmo te esperando. — Olho para o topo da escada onde vejo a pessoa que menos queria ver agora.

— Que isso?! Perseguição? — Reclamo um pouco irritada.

Meu dia na faculdade já foi péssimo e agora me aparece esse meliante pra estragar mais ainda?

— O que está acontecendo com você? — Pergunta tentando suavizar o tom da conversa.

— Por que teria alguma coisa errada comigo?

— Eu não disse isso, só quero saber o porquê se afastou tanto de mim.

— Não me afastei, só não fazemos mais parte do mesmo mundo. — Alfinetei lembrando de quando ele preferiu ela do que a mim.

— De novo isso? — Pergunta e eu não respondo nada. — Se é assim, você tá em Júpiter e eu na Terra? — Fala brincalhão, mas eu apenas mantenho a mesma expressão.

— Bem, se não tem mais nada a dizer pode sair, tenho muita coisa para fazer. — Tento parecer o mais séria possível quando passo por ele, o que parece dar certo já que ele me olha boquiaberto sem falar nada.

— É tão difícil brigar com ele. — Resmungo chateada.

— Falando sozinha de novo, Fiona?

— Não enche. — Pego meus materiais e saio em direção ao quarto da vovó que tecnicamente é o do Jin. — E arruma logo a porta do meu quarto! — Grito do corredor antes de entrar no quarto.

[...]

— Seu embuste, acorda!

— Hum, o que foi? — Pergunto sonolenta quase voltando a dormir.

— Yuna! — Escuto uma voz que conheço bem gritar meu nome.

— O que tá acontecendo? — Olho para os lados tentando entender se é um sonho.

— O Jimin parece ter enlouquecido, passando tanto tempo com você que era de se esperar. — Fala debruçado pela janela.

— Jimin?! O que faz aqui nessa hora? — Me aproximo curiosa da janela, tendo a visão dele parado em frente a minha janela cambaleando para os lados.

— Olha aqui, você não pode se desfazer de mim quando bem quiser. — Fala entre soluços tentando se equilibrar de pé.

— Não tô entendendo nada, vocês brigaram? — Jin pergunta ao meu lado com um saco de batatinha em mãos.

Quando foi que ele saiu daqui mesmo?

— Não é da sua conta! —

— Ui calma, Fiona. — Provoca e decido ignorar, já tenho um bêbado para aguentar que por sinal agora está sentado no chão.

—  Se você não falar comigo vou ficar aqui para sempre. — Fala igual criança.

— Jimin, vai para casa! — Grito frustrada.

— Que gritaria é essa, gente? — Vejo papai aparecer na porta.

— Não vou! — Cruza seus braços com um bico de pato no rosto, igual criança birrenta.

— Aquele é o Jimin? — Mamãe também se junta à janela deixando nós três espremidos.

— Eu vou lá ver se ele tá bem. — Papai diz parecendo preocupado.

— Isso é só álcool, amanhã passa. — Falo me segurando para não ir lá também.

— Só álcool? Yuna, seu melhor amigo tá nessa situação e você não tá nem um pouco preocupada? — Mamãe fala incrédula.