Passei as mãos pelo rosto secando as lágrimas mais uma vez olhando para o nome da minha mãe escrito em um pedaço de cimento pago por um homem que eu mal conheço, eu não sabia sobre nossos planos de saúde, eu não sabia sobre nossos planos funerários - se é que temos- olhar os documentos que me foram entregues foi como um inferno, era como se eu não conhecesse as pessoas que me colocaram na mundo.
Como se nada batesse com a nossa realidade, principalmente pelo nome de Ward Cameron aparecer em alguns deles.
Todos os que vieram, a maioria clientes da loja partiram a alguns minutos e agora além de mim apenas Rafe e Topper que estão falando sobre algo com John B.
Eu não tinha nenhum interesse em saber qualquer coisa sobre o John B.
Não enquanto eu fiquei aqui de pé o dia todo aceitando abraços de estranho enquanto meus amigos estão por ai em busca de um tesouro que não existe.
Não pode ser egoísmo da minha parte estar chateada.
Até Charles veio e nos saímos apenas uma vez em um encontro esquisito, mas eu não recebi uma ligação, um sinal de fumaça, nada, nada das pessoas que a minha mãe cuidava como se fossem seus filhos.
Ela cuidou de todo mundo e ninguém está aqui por ela, apenas eu estou. E sozinha.
Me levantei batendo as mãos na minha calça escura com a intenção de tirar um pouco da terra daquele cemitério que ficará empreguinada em mim durante muito tempo.
Observei os garotos ajeitarem a postura quando me aproximei como se ninguém tivesse os visto dando risada de alguma piada provavelmente sem graça.
— Quer ir pra casa agora?
Mexi com a cabeça dizendo não para a pergunta de Rafe.
— Por que não fazemos algo divertido? Tipo ficar o mais longe possível dessa ilha idiota?
Topper foi o primeiro a sorrir animado.
— Eu vou encher o tanque do barco — avisou já ligando sua moto.
Quando o garoto saiu em disparada Rafe me olhou com atenção.
— Tem certeza?
Revirei os olhos.
— Eu pareço ter dúvidas?
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