Capítulo 36

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Eu odeio o Barry, acho ele totalmente dispensável e inconveniente.

— Podem me chamar de tudo, mas eu sou um cupido e tanto — Ele dizia enquanto conferia o dinheiro que Rafe o entregou, mais drogas para o Cameron também foram entregues — Não acha gatinha?

— Não — Respondi a ele — Acho você totalmente irresponsável de bater em uma pessoa e abandonar essa pessoa na frente a casa de uma outra pessoa, também acho totalmente imbecil essa pessoa continuar falando e comprando com a sua pessoa.

— Tem pessoas demais nessa frase gatinha — Ele sorriu.

— A gente está em uma festa lotada, não preciso que as pessoas pensem que eu conheço você.

— Você e o seu amiguinho esquentado compram maconha comigo, se lembra desse detalhe?

— Eu não fumo maconha — Menti como se fosse uma coisa totalmente obvia — Da pra gente sair daqui?— Perguntei ao Rafe que se concentrava demais em consumir o que comprou — Tá de sacanagem.

— Relaxa gatinha, está tudo sobre controle — Tomei o último gole da minha bebida.

— Eu vou procurar o Topper, vejo você quando isso aí terminar — Falei antes de deixar Rafe sozinho com o traficante.

A situação com os meus amigos me deixou um tanto quanto desconfortável, como se uma parte de mim tivesse se partido com a minha atitude.

Não se vira as costas para os amigos e eles sempre foram meus amigos, minha mãe ficaria tão chateada em me ver agir assim. Ela me acharia egoísta por não desculpar e perdoar.

É o que fazemos quando somos magoados, a gente perdoa.

Abracei Topper pela cintura tirando sua atenção do casal que dançava por alguns segundos.

— Acha que ela ama ele, sabe, ama de verdade?

As testas encostadas, os olhos fechados e os sorrisos abertos. Acho, acho sim.

— Eu não sei, é tão recente — Foi o que eu respondi.

— Talvez ela não tenha me amado e por isso tenha tanta facilidade pra estar assim com ele.

— Top, é claro que ela te amou, mesmo que esse amor tenha acabado ela amou.

— Eu não fui um bom namorado, nunca fui pra ela o que ele deve ser ou como o Rafe é pra você.

— O Rafe não é meu namorado e ele não me ama, não tem comparação — Eu o lembrei — Mas você é bom pra mim, é divertido, companheiro e não costuma dizer não pra nenhum dos meus pedidos mesmo os mais aleatórios. Você é bom Topper, a sua relação com a Sarah não define quem você é.

— Você fez algum cursinho pra aprender a falar essas coisas?

— Não, mas se eu tivesse feito escreveria todos vocês também — Dei um sorriso — Pensa em um lugar cheio de adolescentes problemáticos.

Topper sorriu olhando na minha direção, virei o rosto para encarar seus olhos.

— Você está totalmente certa, Naya.

— Eu não tenho o costume de errar, Topper.

Opostos - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora