Capítulo 28

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Eu não me mexi enquanto Rafe se aproximava, ele se agachou na frente a cadeira em que eu estava sentada e apoiou os braços sobre minhas pernas.

— Eu fiz tudo certo, eu fiquei com ela, não deixei ela se esforçar, eu cozinhei e eu não atrasei os horários dos remédios — comecei a me explicar — não faz sentido, eu não sei o que eu fiz de errado, eu não faço ideia de onde foi que eu errei, eu juro Rafe, eu, eu, eu não sei onde eu errei.

Rafe apertou minhas mãos.

— Você não fez nada de errado, Naya.

Neguei algumas vezes sentindo meu rosto se molhar em lágrimas mais uma vez.

— Eu fiz isso, eu não devia ter ido trabalhar, eu não devia ter deixado ela sozinha, Rafe — solucei — Ela tá morta e eu não pude fazer nada.

Rafe se levantou e puxou minhas mão de fazendo levantar junto, quando seu corpo aconchegou o meu, eu dismoronei.

O ar estava pesado e meu coração batia forte, apertei os olhos com força achando que não ver nada fosse tirar um pouco da dor que e sentia.

Mas nada poderia, nada poderia mudar isso. Nada poderia mudar a dor que eu sinto.

— Eu juro que eu tentei dar o meu melhor — confessei agora olhando bem nos olhos de Rafe.

— Não é culpa sua — afastou meus cabelos bagunçados do meu rosto.

— Naya — me afastei um pouco de Rafe podendo ver seu pai próximo — você pode vê-la agora se quiser.

Eu balancei a cabeça afirmando que queria isso, apertei meus lábios tentando não chorar pelos corredores do hospital, Ward Cameron andava logo a nossa frente falando com a enfermeira e Rafe andava ao meu lado com o braço atravessava por meus ombros em sinal de apoio.

Nos separamos assim que a porta do quarto foi aberta e eu entrei sozinha, a senhora deitada sobre a cama tinha o rosto sereno e parecia dormir em um sono suave.

Me sentei na cadeira agarrando sua mão com força esperando que por um milagre ela a apertasse.

— Me desculpa, por favor mamãe, me desculpa — pedi bem baixinho, quase em um sussurro com a voz meio falha — Eu falhei, eu não cuidei da senhora como deveria, eu não fiz o suficiente para manter a senhora aqui comigo e agora eu não sei como viver. Eu não sei ficar sozinha, eu não consigo ficar sem a minha mãe. Eu não consigo ficar sem você, por favor, me perdoa.








 Eu não consigo ficar sem você, por favor, me perdoa

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Opostos - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora