Casa caiu!

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- Espera, como esse sujeito conseguiu entra aqui? Meu Deus, isso está uma loucura! -Exclamou o médico com a mão no rosto e saindo do quarto.

Christopher ainda dormia com a cabeça de Dulce sobre o seu ombro. Ele acordou, olhou o relógio em seu pulso e levantou depressa pois já estava tarde e precisava sair mas no seu levantar rápido, se deparou com Lucas, Felipe, Anahi e Maite de pé de braços cruzados olhando sério.

- Oi amigos, como vão? Nossa... perdi a noção do tempo, dá pra acreditar? Mas oh, já estou de saída. -Disse Christopher sorrindo e caminhando em direção a porta, porém impedido por Lucas. 

- Não vai a lugar nenhum.. Christopher Von Uckermann. -Disse Lucas segurando pelo braço. Christopher apenas olhou o braço segurado e voltou o olhar para o rapaz rindo.

- Gostou do meu bíceps? Grande né? Posso te ajudar a malhar e aí quem sabe a Dulce possa voltar com você.

- Eu não debocharia se fosse você. -Lucas respondeu. Christopher deu um sorriso de lado balançando a cabeça.

- Está desde quando Christopher? -Perguntou Anahi ainda de braços cruzados e séria.

- Não muito, apenas o suficiente. -Sorriu.- Pode segurar um pouco mais forte? Desse jeito fica parecendo que está me fazendo massagem.

- Claro.. -Lucas disse olhando nos olhos- O que quiser. Pra saber que sou legal e não igual a você, vou te dar uma pulseira muito chic e elegante, combina com qualquer tipo roupa, seu assassino. 

Ele tirou as algemas e já prendendo nas mãos de Christopher que olhava ainda com deboche.

- Assassino? Do que está falando? -Disse fingindo não entender.

- Para de fingir de desentendido, traste. -Felipe disse.- A casa caiu pra você Christopher. E tem o direito de permanecer calado ou tudo que disser será usado contra você perante o tribunal. -Pegou o rosto de Christopher com raiva- Você irá se arrepender  tanto por ter nos enganados e por todos os seus baixos assassinatos.

- Não tem como provar que sou mandante de tudo que estás dizendo. -Ele riu após dizer.

- Lucas, lê o relatório para o nosso querido aqui.

- Com prazer. -Sorriu e pegou a ficha na pasta e começando a ler.- Primeiro caso, roubo e assassinato da loja de joias do Brooklyn: Ricardo Montez, 41 anos, assassinado por você comprovado nas análises de laboratório; segundo, Samantha Durke dona da loja primavera-verão, esposa do Ricardo, que também foi assassinado por você no dia seguinte. E muitas outras, -Disse passando o dedos por várias e várias folhas.- A mulher responsável do laboratório me constatou que esteve lá a apressando para que os resultados saísse mais rápido, o que me fez desconfiar mais, e quando você entrou na sala do chefe escondidos... e arruinou o meu relacionamento com a Dulce, estávamos muito bem juntos até você aparecer e estragar tudo.

- Ah qual é, ela nem te ama. Então tecnicamente não arruinei. -Deu de ombro. - Posso ter feito tudo isso, confesso...

Ai meu Deus, é sério isso que ele está fazendo? Christopher Uckermann confessando os seus atos?

- Mas nesses últimos dias, foram apenas para salvar a vida de Dulce.

- Nunca mais pronuncie o nome da minha filha. -Felipe ordenou.- Não quero que chegue perto dela mais. Nunca mais. Não quero que minha filha se relacione com um marginal do tipo. Vai se arrepender muito de ter se aproximado de minha filha e a colocado em perigo.

Christophe riu, Felipe continuou sério, convicto de sua fala.

- Filha? Ha Ha tem certeza mesmo, Felipe?  Já contou toda a verdade pra sua "filhinha"? -Colocou aspas na palavra 'filha' com as mãos algemadas. Felipe desfez um pouco de seu semblante sério engolindo um pouco de saliva.

- Que verdade, Felipe? -Anahi perguntou confusa.- Não estou entendendo nada.

- Esse mentiu pra Dulce. -Ele disse sorrindo- Porque ele não é seu pai biológico. 

Anahi, Maite e Lucas surpresos deixaram um "nossa!" suspenso no ar. Felipe cerrou os punhos cheio de ódio e Christopher continuou mas foi interrompido antes de começar.

- O quê? -todos viraram e viram Dulce já acordada e com lágrimas nos olhos. - Por favor... me diz que não é verdade.. e você é sim, meu pai biológico. 

Ela disse e todos se calaram. Anahi e Maite decidiram sair por conta do clima, acharam melhor sair mesmo e voltar mais tarde.

- Filha, que bom que está melhor. -Felipe se aproximou e beijou a cabeça e percebeu e mais uma lágrima rolou pela sua bochecha rosada.- Não liga para o que ele diz, eu sou seu pai sim.

- Não afirmaria com tanta certeza se fosse você. -Felipe lançou um olhar de puro ódio.- Felipe, por quê nunca contou nada sobre a mãe da Dulce então?  Sua esposa melhor dizendo, porque se realmente é "pai" tem que saber o que aconteceu com ela.

- Pai, por favor, me diz.. é verdade o que o Christopher disse? Não é meu pai biológico?

Então vencido por aquelas lágrimas que a cada palavra pronunciada surgia mais e mais.

- Sim, é verdade. -Ele agora que começou a chorar- Eu a encontrei em um bebê conforto na minha sala da delegacia, estava chorando desesperadamente, era uma menininha tão indefesa tão pequenininha, frágil e linda, e vê-la chorar me partiu o coração. -Ele disse recordando do momento- Então a peguei no colo carinhosamente e disse: "-deve estar com fome. , primeiramente, não sabia o que fazer não era casado e não tinha experiência com uma criança e aí foi quando uma amiga, da delegacia mesmo, que havia estado grávida recentemente me ajudou.. sendo sua ama de leite neste período até ser desmamada e depois disto a criei como se fosse minha de verdade. 

Ele chorou, estendeu a mão sobre a sua bochecha e alisando, Dulce fechou os olhos tentando conter as lágrimas.

- Podia ter me dito a verdade esse tempo todo.

- Eu sei. Eu sei. Me perdoa, fiquei com medo de não me aceitar depois disto.

- Como podia pensar assim, eu iria entender. E não precisaria disto tudo agora. -Abriu os olhos e os encarou.- Por favor, sai daqui. Preciso ficar sozinha.

- Dulce.. -Felipe disse em meio as lágrimas.

- Agora. Sai! -Gritou.

- Felipe, vamos, vai ser melhor. Ela precisa de um tempinho, é muita coisa pra absorver ao mesmo tempo.

- Tá. -Limpou o rosto.- Fique aqui, e qualquer coisa me avisa. 

Lucas concordou. Felipe arrastou Christopher algemado para fora com raiva e ódio misturado.

Lucas viu os dois saindo e fechou a porta e se virou olhando Dulce que havia sentado na cama e chorando desesperadamente. Se aproximou, colocando a mão no seu ombro.

- Por favor... não quero ver ninguém. Só quero ficar sozinha. -Disse com o rosto entre as mãos.

- Eu sei, apenas quero que saiba que pode contar comigo para qualquer coisa. Se quiser rir, farei uma palhaçada só pra ver esse seu rostinho alegre de novo, que amo o seu sorriso, e também que saiba que serei seu ombro amigo para se quiser chorar. -Sentou na cama- Ficarei o tempo necessário em silêncio para que possa refletir mas não te deixarei sozinha. Nunca. Mesmo que me pedisse.

Dulce forçou um sorriso e o abraçou forte, desabando em lágrimas enquanto Lucas a confortava.

- Por que tinha acontecer justamente comigo? Por quê? -Chorando.

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Um super beijosss meus amores 😘♡

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