Chapter III

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Caro Sr. Malfoy. Ou somente Malfoy.

Está carta é escrita com um único, e somente, motivo. Agradecer o fantástico chocolate ao qual tem me enviado.

Acredite quando digo que ele realmente melhorou o meu dia (e acredite também quando digo que a noite que nunca existiu não vai se repetir).

Gostaria também de perguntar onde comprou a caixa de chocolate. Fico envergonhada ao dizer que comi a caixa toda em um único dia e que agora não vou poder mais viver sem aquela obra dos deuses.

H.G.

PS: não se preocupe, não contei a ninguém sobre sua boa ação para comigo.

Draco relia a carta pela quinta vez seguida. Não acreditava que ela o respondeu. Óbvio que pensou que ela iria escrever um agradecimento, mas nunca uma carta com mais do que um simples obrigada e ainda mais respondendo a provocação dele.

Estava em seu escritório, na Mansão Malfoy e tinha inúmeros documentos urgentes sobre sua mesa que precisavam de sua atenção, mas eles logo foram esquecidos quando uma coruja das neves o trouxe a carta de Granger.

Eles seriam esquecidos novamente, pois ele teria que escrever uma resposta a ela urgentemente. Porém, o que ela pensaria ao receber uma carta dele logo após ela enviar a dela. Iria pensar que ele era um desesperado?

A pena ainda estava a caminho do papel.

Ele recuou, recolocou a pena no tinteiro e leu novamente a carta da mulher. Ela o havia perguntado algo, então ele tinha que responder. Ele não estava sendo um desesperado, só educado.

Isso Draco, você está sendo educado. Ela não vai pensar que você não para de pensar na noite que tiveram juntos. A mão do loiro parou sobre a pena. Não é como se aquela fosse minha primeira vez com uma mulher. Foi só uma transa normal. Nada que valha a perda do meu tempo e de tanta paranóia. Ele voltou a pegar a pena nas mãos e pousou- a no papel em branco. Quem eu quero enganar aquela não foi uma transa normal. Eu dormi com Hermione Granger, alguém com quem eu passei metade da adolescência brigando. Como aquilo foi acontecer?

O loiro soltou a pena e passou as mãos entre os fios do cabelo, o bagunçando. Jogou as costas contra o encosto da cadeira e olhou para a coruja que ainda o observava.

A porta foi aberta em um estrondo, duas figuras masculinas passaram por ela.

-Não sabem bater? -perguntou o loiro de modo ranzinza.

-Ih, Blás. Parece que alguém está ranzinza hoje. -Theo disse se sentando em uma poltrona em frente a mesa.

-Quando ele não está? -o moreno responde se sentando na outra poltrona.

-O que querem?

-Ficamos um mês fora e nos recebe assim? -Draco revira os olhos com o drama de Theo- Pensei que quando chegasse iria ser recebido com balões e placas de boas vindas mais a única coisa que recebo é mal humor.

-E eu pensei que iria ter mais amor esse ano. -sussurra Draco.

-O que disse? -Blásio pergunta se dirigindo a adega de Draco.

The Midnight KissOnde histórias criam vida. Descubra agora