Axel

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N/A: Só passando para avisar que fantasia não é de todo a minha zona de conforto então relevem se não estiver muito bom. Eu realmente tentei.





Axel e scholar tinham combinado de se encontrar no jardim no final das aulas, uma vez que o cantor queria uma opinião sincera sobre a letra da sua nova música, e quem melhor do que scholar para fazer isso?

Só que já se tinham passado uns bons minutos desde que o Axel havia chegado ao local destinado. Achou estranho, afinal scholar não era do tipo que se atrasava sem motivo ou dar uma justificação. Para ajudar elu também não estava a responder às mensagens que o Axel tinha enviado.

Inconformado com a situação decidiu averiguar se não tinha acontecido nada com scholar, e para além disso a preocupação que sentia, não lhe permitia apenas ignorar o atraso.

Dirigiu-se ao dormitório delu e bateu algumas vezes à porta, não obtendo nenhuma resposta:

- Vou entrar, scholar. - Avisou, mesmo que o quarto estivesse vazio, precisava aliviar um pouco o peso que sentiria na consciência caso entrasse e se deparasse com uma situação íntima, ou pelo simples fato de estar a invadir a privacidade de scholar.

Ainda hesitante, sem conseguir parar de tremer a mão, abriu finalmente a porta. Não pode acreditar na imagem que os seus olhos captavam. Julgou que de um sonho se tratava, beliscou o próprio braço, apenas para a dor sentida o fazer constatar que, não, aquilo não era um sonho.

Uma imagem totalmente retirada de um conto de fadas, era o que Axel observava perplexo, estagnado na entrada do quarto sem saber o que fazer. Por ora, apressou-se a fechar a porta do quarto e a confirmar se mais ninguém havia visualizado aquela cena digna de um filme de Hollywood.

Fechou os olhos com força, massajando as têmporas, numa tentativa falhada de relaxar. Processou as múltiplas sinapses que o seu cérebro efetuava.

Finalmente, abriu os olhos e , embora acreditasse que já estava superada a face inicial de choque e surpresa, sentiu-se novamente invadido por um sentimento de perplexidade total. Aquilo era simplesmente impossível, afinal como poderia uma coisa daquelas ser possível?

Na sua frente, flutuava ê scholar no meio do quarto com os olhos fechados como se estivesse num sono profundo, em volta por uma luz intensa porém não era ofuscante, todo o quarto parecia modificado, não possuía a decoração habitual. Havia pedras das mais variadas cores espalhadas, juntamente com símbolos, as paredes do quarto preenchidas com frases de um língua antiga ou desconhecida, Axel não sabia dizer. Para o mesmo, aquilo era tudo novo.

De repente, ê scholar abriu os olhos e assim tudo voltou a aparência do costume.

Scholar repousou na sua cama até que notou a presença de Axel, entrou em pânico. O que elu faria se o cantor tivesse descoberto a verdade? O que diria? Não poderia mentir, não para o Axel. E se ele realmente tivesse visto o que acabara de acontecer, como reagiria? Como seria a relação delus a partir de agora? Será que Axel sentia medo?

Bateu nas bochechas com força o suficiente para afastar esses pensamentos. Não servia de nada tirar conclusões precipitadas, teria que lhe perguntar.

- A-Axel... - Chamou, não se sentido muito confiante, devido ao medo de que o mesmo se afastasse delu.

O moreno que até ao momento não havia proferido uma única palavra, permaneceu em silêncio. Estava perdido nos próprios pensamentos. No entanto, não parecia estar amedrontado. Na verdade, era exatamente o oposto. Estava a explodir de curiosidade, tinha uma lista de perguntas preparadas para fazer e não sabia por onde começar.

- Axel. - Scholar chamou novamente, e desta vez o mesmo pareceu ter ouvido. - E-Eu, não é o que parece... - Tentou justificar.

- Scholar... O que foi que eu acabei de ver? - Perguntou sem grandes rodeios. Ele não era esse tipo de pessoa, pelos menos não quando o assunto era elu.

O silêncio permaneceu no quarto durante, o que pareceu longos e tortuosos minutos. Scholar suspirou e respondeu à questão:

- Eu provavelmente adormeci e inconscientemente ativei os meus poderes mágicos. - No momento não lhe passou pela cabeça o quão fantasioso aquilo poderia soar para ele, mas quando o Axel soltou a sua risada estridente já era tarde demais.

Este riu tanto que quase perdera o fôlego e lágrimas se tinham formado no canto dos olhos.

Scholar não podia acreditar na reação do mesmo, depois do que ele viu, o mínimo que podia fazer era um esforço para tentar acreditar.

- Se era para reagir dessa maneira preferia não ter dito nada. - Revelou totalmente chateade com a situação.

- Desculpa. - Pediu com certa dificuldade entre gargalhadas. - Mas é que foi exatamente isso que eu pensei. - Declarou, fazendo scholar arregalar os olhos com a informação. - Não pude acreditar que algo tão irreal pensado por mim, estava correto. - Disse cessando finalmente o riso.

Mas desta vez, foi scholar quem desatou a rir.

- Você não está assustado?

- Eu deveria? - Inquiriu inocente. O que tinha visto era sem dúvida alguma imaginável, mas assustador? Nem um pouco.

Scholar sorriu, sentido aquela inquietação em relação ao amigo desaparecer aos poucos para dar lugar a um sentimento reconfortante de alívio. Elu deveria ter esperado que o Axel fosse reagir assim.

Scholar, após toda a comoção inicial e exaltação exacerbada, decidiu explicar aos poucos - afinal tinha consciência que até a pessoa mais mente aberta do mundo teria dificuldade em processar tudo aquilo facilmente - tudo sobre os seus poderes; como funcionava a sua magia; como tinha conseguido esconder por tanto tempo.

Axel ouviu tudo atentamente, soltando apenas algumas exclamações de espanto.

- Wow, agora você parece ainda mais incrível. - Elogiou repentinamente fazendo ê scholar corar com o comentário. - Calma...Se você tem poderes, quer dizer que você me pode salvar das detenções e horas de castigo? E sempre que eu faltar a alguma aula da Ms.Rodriguez você pode criar um outro Axel para me substituir? - Os seus olhos brilhavam à medida que apresentava novas hipóteses.

Scholar apenas sorriu sem graça.

- É, acho que não é possível. - Axel pareceu ficar desanimado. - E para além disso, Axel é apenas um. Mesmo se eu criasse outro nunca seria tão bom quanto o original.

Depois desse comentário ninguém disse mais nada. O cantor apenas mostrou a letra da nova música para ê scholar, questionando-se se o motivo por trás de gostar tanto delu e da sua companhia seria também um feitiço?



Sweet Elite - Scenarios; Reactions & headcanon'sOnde histórias criam vida. Descubra agora