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Apartamento 777 04 | Melinda!

Caminho pelo corredor, e desço a escada devagar, tentando não fazer nenhum barulho. Logo avisto o corpo de Melinda deitada sobre o sofá, e escuto ela falar "fogo" provavelmente está falando sobre o fogo do inferno. Caminho até ela, e rapidamente subo em cima de Melinda.

— Sai demônio! — Grito. — Saia desse corpo, que não te pertence! — Coloquei a Bíblia sobre o peito dela, a escutando gritar.

— Você está doido, seu psicopata? — Ela me olha assustada, e eu paro na hora e saio de cima dela. — Você fumou maconha pela bunda?

— Eu pensei que você estava pegando espírito. Estava falando sozinha. — Aponto para o sofá, e ela se levanta, tirando os cabelos do rosto.

— Eu tive um dia difícil hoje, e perdi meu apartamento, eu estava dormindo seu, perturbado.

Okay, eu poderia ter pensado, a coitada estava muito cansada e acabou, falando enquanto dorme foi impulso.

— Ah! — Foi a única coisas que consegui dizer, e dou um sorriso, Melinda joga o travesseiro, com tudo sobre o meu rosto. — Isso é agressão, já deveria ter a lei João da Penha.

— Eu deveria te matar, mas por sorte você está sendo bom comigo, me sedendo um lugar para morar. — Melinda se deita novamente no sofá. — Se você me acordar de novo, seu apartamento vai ser reformado com a cor vermelha, e não vai ser de tinta.

(...)

Acordo com minhas costas doendo, dormi de mau jeito no sofá. Me levanto e me tento tirar minha preguiça, caminho até a geladeira morrendo de fome, ao abrir, vejo somente leite.

— Droga! — Passo a mão na barriga. — Jin? — Grito o chamando, e não escuto nenhuma resposta. — Ele que não se atreva, a me deixar aqui com fome. — Caminho até seu quarto, e vejo a cama arrumada, o quarto dele é tão limpo, se ele tivesse visto o meu, era um ninho de rato. Procuro pelo seu guarda roupa enorme, e vejo se há alguma roupa que eu posso usar é tudo, muito grande pra mim pego uma camisa regata dele e uma calça, procurei por uma cueca com etiqueta, e tinha várias, ele é o quê, modelo da Calvin Klein?

Caminho até o banheiro, e tomo um banho não vou lavar meu cabelo, ele está lindo sujo, foda-se, ninguém vai cheirar mesmo. Após o banho visto a roupa, a camisa de Jin puxei para cima e dei um nó, na frente para ficar mais curta e feminina, minha barriga está roncando tanto, que acho que minhas lombrigas estão para subir, para perguntar onde está o rango. Fui até a geladeira, e bebi um leite, obvio que só isso não matou minha fome, logo escuto a porta se abrir, primeira vez que fico feliz em ver um brucutu.

— O que você fez, com minha camisa? — Ele estava sem camisa apenas de calça, tirou os fones de ouvido e jogou as chaves na mesa.

Um detalhe, que não ia contando o desgracado, estava todo suado como se estivesse, acabado de trepar.

— Ah eu tentei deixar mais feminina, mas fica tranquilo tem como ela ficar como antes, ah Jin pelo amor de Deus, eu estou morrendo de fome. — Ele foi até a geladeira, pegou uma garrafinha de água e bebeu, pude ver seu pomar de Adão, subir e descer.

É estranho, ter feitiche em gogó?

— Eu tinha mesmo que fazer compras.

— Ótimo, então vamos. — Sorri.

— Vai ter que esperar.

— A fome não espera.

— Eu estou todo suado, se não percebeu.

— Oh lógico, que eu percebi, e muito.

— Eu não vou demorar. — Ele subiu a escada, e eu me jogo no sofá passando a mão na barriga.

— Calma estômago, logo iremos fazer uma refeição deliciosa. — Após algum minutos, finalmente ele desce usando uma camisa branca, e uma jaqueta jeans escura por cima ele também usa uma calca jeans preta nos pés tênis all star. ele então me olha.

— Você esqueceu algo no banheiro.

— O que? — Ele joga sobre minha cabeça, minha calcinha preta com roxo rendada, com um lacinho na parte da bunda.

— Até que você, não tem mal gosto pra calcinha. — Ele sai caminhando, e abre a porta saindo de casa, jogo a calcinha no sofá, e saio correndo atrás dele.

(...)

No meu do caminho, Jin me comprou um pacote de salgadinhos. Mas eu quero é, comida mesmo.

Chegamos ao supermercado, e ele estacionou na vaga, Jin sai do carro e eu em seguida dou meia volta para segui-lo, e ele para me olhando assustado.

— Eu sei que eu sou feia, mas também não é, pra tanto.

— V-voce não sentiu? Quer dizer, acho que era, pra sentir algo?

Eu rir.

— Fala sério Jin, nós mau nós conhecemos, não tem como eu me apaixonar por você assim, tudo bem que você é, um ga...

— Eu estou falando do sangue. — Arregalei os olhos na hora.

— Que? — Tento me virar pra ver minha bunda. — Ah, não! — Entro em desespero. — Aí meu Deus!

— Já estamos aqui mesmo, vamos comprar absorvente.

— Não posso entrar no supermercado, com a bunda suja de sangue. — Ele tirou a jaqueta e me deu.

— Resolvido, vamos.

Nota: Jin bora casar, sei fazer miojo.

Apartamento 777Onde histórias criam vida. Descubra agora