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Apartamento 777 | 17 - Tudo que eu sofri!

Não escutei mais os gritos de Melinda, e comecei a chorar em silêncio pensando no pior. Como não podia ver nada, pois estava vendado foi conduzido a algum lugar, a qual nunca irei saber mas irei chamá-lo de inferno.

Estava com os braços amarrados, e estava tão apertado que me machucava, escutei vozes e a partir dali começar uma conversa pelo que havia percebido eram três homens, e o chefe deles estava lá e falava algo de mim o que não dava pra entender direito pois tinha um barulho forte de água caindo em um tanque. Logo fui puxado pela gola da camisa.

— O que vocês fizeram com ela? — Escutei gargalhadas.

— Sua namorada está em uma sala ali do lado, o chefe está com ela mas ele disse que se ela não o obedecer, ela vai ganhar alguns machucados.

— Não, por favor deixem ela fora disso vocês trabalham para meu pai não é? Onde ele está deixem Melinda fora disso, ela não tem nada haver. — O soco veio em cheio em meu rosto me fazendo sentir o gosto de ferro, e em seguida cuspir o sangue.

— Melhor calar a boca também, ou nunca mais verá sua namoradinha. — E foi a partir dali, que depois de anos, comecei a rezar por minha vida, e pela de Melinda.

1 dia que não via luz alguma, minha barriga estava doendo tanto me deram algo para comer, foi um pão, e um copo de água e que não deu pra nada sintia que meu estômago iria grudar nas costelas, escutei barulhos de chaves e depois de um dia estava ouvindo vozes novamente e logo gargalhadas, em seguida fui puxado com força pelos cabelos, foi tão violento o puxão que pensei que tinham arrancado meus cabelos com tudo, minha cabeça começava a doer.

— Vamos brigar um pouco Seokjin? — Eles sabiam meu nome.

— O que irão fazer? — Indaguei, e antes que pudesse pensar em algo mais empurram minha cabeça para baixo e sinto a água gelada entrar em contato com minha pele, começo a me debater desesperadamente quando o ar começou a me faltar, era aguniante aquela sensação eu não desejo pra ninguém, me puxaram para fora da água pela gola da camisa, e finalmente posso respirar por alguns segundos, pois logo tentam me afogar novamente, tento gritar choro mas era impossível.

(....)

Meu segundo dia, eu já queria morrer na verdade já me sentia morto, mas o segundo dia foi pior que o primeiro, pois fui pendurado pernas e braços, me deixaram apenas de cueca e comecei a levar uma surra, mas não foi qualquer surra foi " a surra" me atingiram com barras de ferro, eu senti quando quebram uma de minhas costelas com a força que fizeram, mas o pior de tudo foi o terceiro dia, que machucaram minha perna e sentir a pior dor do mundo.

No 4° dia, me vestiram e me jogaram no meio da estrada não me amarraram apenas me deixaram vendado, tirei a venda dos olhos e minha vista demorou para se acostumar com a claridade do dia, pensei até que tinha ficado cego. Durante algumas horas andando pela estrada quase desmaiando, um casal de idosos me encontrou eu disse que fui assaltado tentei resistir e me bateram, disse que não ia resgistrar queixa por que não tinha visto quem eram, e não me importava mais. Me compraram um café bem reforçado, e eu sempre serei grato a esses dois.

Quando cheguei em casa, e vi Melinda quis tanto abraça-la mas lembrei que o culpado disso foi eu, e se continuasse do lado dela no final das contas isso tudo não iria acabar bem, se eu dissesse ela não iria entender, então fui da forma mas rude.

— Jin! — Correu em minha direção, e segurou em meu rosto. — Meu Deus, o que fizerem com você? Misericórdia, está todo machucado! — A olhei, e retirei as mãos dela do meu rosto.

— Me deixe quieto, quero tomar um banho e dormir. — Namjoon e Hwasa se entre olharam.

— Vamos Hwasa! — Chamou Namjoon.

— Se cuidem! — Os dois sairam e subi as escadas para ir ao quarto.

— Ei! — Ela me chamou e tive que ignora-la, ela continuou atrás de mim. — Por que está agindo assim? Como você some por 4 dias, e volta desse jeito que bixo te mordeu? Viu os rostos deles? Tiraram a sua venda? Reconhece a voz de alguém? Precisamos prestar queixa e... — Ao entrar no quarto retirei a camisa, e percebi ela observando minhas escoriações, eu retirei os tenis e a calça ficando apenas de cueca.

— Será que dá pra calar a boca? Eu só quero tomar um banho, e descansar, e você está me irritando. — Vi seus olhos lagrimarem.

— Eu te irrito? — Ela tentou engolir o choro.

Me aproximei dela e a olhei nos olhos.

— Foi isso mesmo, que vou ouviu. — Passei por ela, e entrei no banheiro fechando a porta em seguida, e lá pude finalmente chorar tudo que estava guardando.

(...)

Depois que tomei meu banho, não tive coragem de encarar Melinda, e achei melhor assim sintia que se tentasse uma conversa naquele momento eu iria desabar na frente dela, e não queria que Mel visse meu lado fraco queria que ela sempre visse meu lado forte, depois de horas ela entrou no quarto, pegou cobertores e travesseiros, ela não iria dormir comigo e tive uma insônia terrível aquela noite, de madrugada ainda desci pra ver como ela estava, a embrulhei observei ela dormir fiz carinho em seus cabelos, eu queria tanto beija-la, mas fui forte e subi para o quarto eu precisava acabar com isso logo.

No dia seguinte peguei no sono por volta de 6:37 da manhã, e quando acordei ela já não estava em casa, e então voltei a dormir novamente estava tão cansado por conta dos outros dias, precisa repor minhas energias.

(...)

Mas tarde Melinda chegou em casa, fiquei um tempo a olhando quando ela começou a falar.

— Podemos conversar? — Caminhei até o sofá, passando por ela, me sentei e retirei o capuz da cabeça em seguida a encarei. — Amanhã mesmo, irei começar a minha mudança meu AP está pronto, Jin o que está acontecendo? Desde que voltou do sequestro, está agindo estranho, me conta o que houve quem sabe eu possa te ajudar.

— Você não tem que saber de nada, e não pode me ajudar. — Não quero colocar sua vida em risco meu amor, meu pai é um louco e provou do que é capaz.

— Você não confia em mim, acha que é fácil sustentar uma relação assim? Em um relacionamento, uma das regras principais é, a confiança e isso, você não tem em mim estou cansada disso, Jin fala alguma coisa ou irei embora agora mesmo! — Nos levantamos do sofá.

— Vá é o melhor que você faz! — Coloquei as mãos no bolso do moletom. — A verdade é que eu quem está cansado disso, cansei de você. — Eu te amo tanto, me perdoe.

— Está mentindo. — Sim amor, eu estou.

— Foi tudo uma brincadeira, você não passou de uma diversão! — Ela me acertou com um tapa forte, eu merecia aquilo merecia muito mais.

— Seu cretino! — Ela dizia chorando.

Não meu amor, não chora por favor.

— Foi divertido, mas cansei.

— Como você pode?

— Estava entediado. — Eu te amo Melinda!

Sai da sala o mais rápido que pude pois estava a ponto de chorar e isso iria acabar com minha atuação, fui para o quarto e escutei ela sair de casa.

(...)

Alguns dias se passaram, e eu não via Melinda por uma parte achei bom, por outra, estava sendo horrível eu estava com tanta saudade, estava sendo difícil.

Em uma das manhãs estava saindo de casa, quando a vi chegar acompanhada de um cara no carro cruzei os braços morrendo de ciúmes a vendo sorrir para ele, quando ele saiu me aproximei dela.

— Quem é aquele cara?

— Vá a merda, não te interessa é o nome dele! — Passou por mim irritada, eu tive que me controlar para não arrasta-la até nosso AP e dizer o quanto a amava.

Apartamento 777Onde histórias criam vida. Descubra agora