9 | eu não tenho família!

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Apartamento 777 9| Eu não tenho família!

   Melinda está finalmente em casa, depois de tudo o que aconteceu entre esses 8 meses, notei que ficamos mais próximos. O apartamento dela está quase pronto, e bom... Era pra eu me sentir feliz,mas fico triste só de pensar que em breve, não irei vê-la zanzando por aqui. Eu mesmo comecei a regrar o que ela come, afinal ela é um saco sem fundo, brigamos no começo, ela reclamou muito dizendo que eu a estou tratando como uma criança, mas hoje ela entende.

(...)

— É ele está, cuidando bem de mim. — Melinda e Hwasa saíram de manhã cedo, dei meu cartão para Melinda comprar roupas pra ela usar, afinal eu já estava meio que sentindo que estava andando com um cara, de tanto ver Melinda, usar minhas roupas não que isso a deixe feia, ela fica muito bonita espera, o que eu estou falando? Continuando, as duas tiraram o dia pra fazer compras, e eu estou no Studio.

— E que tal, se a gente comprar algo pra ele? — Melinda olha para Hwasa, a praça do shopping está cheia e uma grande árvore de natal há está sendo montada, algumas crianças olham tudo admiradas.

— O que você acha, que ele gosta? Eu sou meio lerda, pra esse tipo de coisa. — Melinda para no meio do caminho vendo um banco ela logo vai em direção e se senta, esticando as pernas.

— Você ainda não percebeu, do que ele gosta linda? — Hwasa coloca as mãos na cintura, as duas estão cheia de sacolas, Melinda come um sorvete de casquinha sabor chocolate.

— Bom, ele curte anime, já vi que gosta de ler também, o quarto dele é cheio de livros. Ah, os desenhos, ele desenha muito! — Melinda diz sorrindo, ela adora os desenhos do Jin.

Hwasa coloca a mão no queixo pensativa.

— Nossa primeira parada, vamos para um loja de mangás!

(...)

Estou terminando de fazer um trabalho em uma cliente, ela pediu uma flor de lótus entre os seios, estava concentrado no meu trabalho, é a quinta vez que ela vem aqui e todas as tatuagens que ela quer fazer são em lugares um tanto íntimos. A primeira, ela pediu na bunda, a segunda foi no quadril porém por ser grande ela teve que ficar quase nua, a terceira foi do lado do seio, a quarto mais uma do outro lado da bunda, e eis a quinta aqui.

— Hoje você está mais calado — Ela diz, enquanto eu passo a máquina na sua pele, fazendo o contorno.

— Quero terminar isso logo. — Não sei por que, mas ultimamente fico doido pra voltar pra casa, sempre me imaginei chegando vendo Melinda me direcionar um sorriso.

— Gosto quando você toca no meu corpo, mesmo que seja pra fazer tatuagem, sua mão é tão boa, queria sentir sem essas luvas, você tem mãos lindas e grandes. — Não a respondo, e ela continua. — Acho que está meio que na cara, meu interesse por você. — Ela rir nervosa.

— Desculpe mas, se está pensando que podemos ter algum tipo de relacionamento está enganada, não me relaciono com minhas clientes, sou profissional no que eu faço, então é melhor esquecer. — E finalmente, consigo deixar ela sem palavras. Escuto alguém bater na porta, e retiro as luvas. — Com licença! — Vou até a recepção, e vejo quem eu menos queria ver em todos esses anos.

— Não vai dar um abraço, no seu pai filho? — Ele tem um sorriso cínico nos lábios, e os braços estão abertos observo os dois seguranças do seu lado.

— O que está fazendo aqui? — Vejo minha cliente já, vestida — Eu vou fechar cedo o Studio, volte amanhã, sim? — Ela confirma e pega a bolsa, e sai.

— Você some por quatro anos meu filho, esses anos todos ando te procurando, e você trata seu pai assim? — Ele usa um terno na cor preta, e uma gravata na cor azul escura os sapatos sociais na mesma cor do terno, e também uma camisa social impecável na cor branca.

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