Apartamento 777 capítulo 22 | De mau, a pior |Abraço Melinda instintivamente, para tentar acalma-la.
— Vamos sair daqui meu amor. — A viro em direção a saída do estábulo, e limpo minhas lagrimas. Caminho com Melinda, e entramos na casa da mãe dela, a mesma que estava na cozinha escuta o choro de Mel, e corre até nós.
— Meu Deus, o que houve? — Melinda se senta no sofá, o choro é tanto que ela não consegue dizer nada.
— Alguém matou nosso gato. — Olho para a senhora Bang que nos olha chocada.
— Vocês acharam ele?
— Achamos os restos. — Melinda está visivelmente abalada. — Vou pegar uma água com açúcar pra ela. — Caminho até a cozinha, enquanto escuto a senhora Bang conversar com a filha tentando acalma-la, ela abraça Melinda e faz um carinho nos cabelos dela.
(...)
Vim para o quarto com Mel, estamos deitados. Mel chorou tanto que as lágrimas haviam secado, e só haviam sobrado a dor de cabeça e a dor.
— Eu posso comprar outro gatinho meu amor, igual a ele.
— Não, ele é insubstituível. Eu só queria ele, não quero outro gato. — Ela diz com a voz baixa enquanto enterra o rosto em meu peito segurando minha camisa. — Por que fizeram isso com nosso gatinho, era só um bichinho, não fazia mal a ninguém. Eu não entendo Jin, como uma pessoa pode ser tão ruim, a ponto de fazer algo horrendo com um bichinho tão lindinho, e inofensivo.
— O mundo existem muitas pessoas ruins meu amor, não há como entender o que se passa na cabeça de alguém que judia de um bichinho assim, eu chamo isso de psicopatia. Uma pessoa assim é totalmente escrota, o inferno é pouco pra gente assim. — Após algumas horas conversando Melinda finalmente dormiu, não consegui tirar os olhos dela. No dia seguinte, acordei cedo e fui enterro brucutu, quando deu 6 horas da manhã, eu finalmente havia terminado, e acabei chorando novamente, ainda vou descobrir quem fez isso.
— E cadê a mel? — Entro e vejo o tio de Melinda conversando com a mãe dela.
— Está dormindo, Dan acredita que mataram o gatinho deles não sei quem pode ter feito isso, nunca vi nada igual por aqui, todo mundo gosta de animais você precisava ver a crueldade, Jin acordou cedo pra enterrar o gatinho a Mel está péssima.
— É só um gato, existem vários outros por aí. — Ele toma um gole de café.
— Oh, não seja insensível.
— Minha sobrinha está triste, talvez deva comprar algum presente para anima-la.
— Do jeito que ela está, não vai querer nenhum presente. — Passo pela sala, e entro na cozinha. — Oi meu bem, e aí enterrou o gatinho? — Ela questiona, e olho para o tio de Mel que está comendo com um sorriso no rosto.
Não sei por que, mas toda vez que vejo essa cara sinto uma vontade de socar a cara dele até virar uma polpa de sangue.
— Sim senhora. — Caminho até a pia, e lavo minhas mãos.
— O café da manhã está pronto, vem comer.
— Vou ver se Melinda acordou primeiro.
— Ah ela está tomando um banho, pode vir comigo rapidinho me ajudar a trazer lenha, quero fazer uma comida bem gostosa pra ela hoje, quem sabe não anime. — Dou um sorriso.
— Claro que sim. — Acompanho a mão de Melinda, e saímos da casa.
(...)
Estou me sentindo péssima, a morte de brucutu acabou comigo. Nunca irei esquecer aquela cena, a forma brutal como foi morto, jamais irei perdoar quem fez tal ato. Após ter feito minha higiene matinal, desço a procura de Jin, o chamo e ele não responde deve ter saído para algum lugar, caminho até a cozinha a procura de minha mãe e o que vejo é meu tio, ele está tomando café finjo que ele não está ali, e procuro lavar minhas mãos.
— Bom dia sobrinha linda! — Não respondo, termino de lavar minhas mãos e ao me virar levo um susto ao o ver tão próximo. — Desde quando se tornou tão mal educada? Esse seu namorado, é uma péssima companhia pra você.
— O que você tem haver com isso, não é meu pai, eu sou de maior e namoro quem eu quiser. Nem minha mãe se intromete nos meus relacionamentos, quem é você pra da sugestão do que é bom ou ruim, para mim? — Ele né olha irritado, e faz a menção de tocar em meus cabelos mas saio de perto dele, porém o mesmo segura em minha mão, e o pânico toma de conta de mim novamente.
— Amor! — Jin aparece com minha mãe, e logo faz uma careta ao observar meu tio segurando minha mão, eu o faço soltar no mesmo instante e percebo os dois se encarando.
— Bom dia meu amorzinho! — Minha mãe caminha até mim, e me abraça. — Olha só esses olhinhos inchados, mamãe vai fazer algo delicioso pra você. Jin me ajudou a trazer a lenha, olha essa sua carinha parece que viu um fantasma de tão pálida que está. — Jin caminha até o fogão a lenha, e coloca as toras de madeira lá, em seguida vem até mim.
— Você já comeu alguma coisa meu amor?
— Não, eu acabei de descer, acordei e não te vi na cama.
— Eu fui... Enterrar o brucutu. Vamos comer alguma coisa, eu quero conversar algo com você. — Confirmo, e Jin puxa uma cadeira para que eu me sente e me serve. — Beba bastante suco, você precisa de muitas vitaminas. — Ele me dá um beijo, enquanto meu tio nos encara.
(...)
Jin está segurando minha mão, enquanto passeamos. Acabamos chegando a uma cachoeira que eu costumava banhar muito quando era criança.
— Estou preocupado com você meu amor.
— Estou bem. — Ele para de caminha, e me olha nos olhos.
— Não, não está. Mel eu vou fazer uma pergunta, e quero que seja sincera comigo. — Confirmo, ele suspira e coloca as mãos no bolso da camisa moletom preta, em seguida passa as mãos sobre os cabelos, e então me diz. — Olha, eu vou dizer a real, não vou com a cara desse seu tio. Há algo nele, eu não sei dizer um presentimento ruim, já notei seu comportamento perto dele também, você sente medo Mel. Me diz, esse seu tio... Pelo amor de Deus, que eu esteja enganado mas, eu preciso tirar essa dúvida. Mel esse seu tio, já tentou... Ele já tentou algo? Mel esse cara já fez algo com você?
— Não sei do que você está falando?
— Vou ser direto então, ele te abusou?
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Apartamento 777
FanfictionDe certo que pra você fazer uma tatuagem precisa pensar muito e ter certeza do que quer, afinal é pra vida toda. Melinda decidida a fazer uma de flor de Sakura não esperava encontrar um brucutu de quase dois metros de altura pra desenhar em sua pele...