16 | Decisões

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Apartamento 777 | 16 - Decisões!

— Depois que entramos no carro, já estávamos com os rostos cobertos. Eles não queriam que víssemos nada, pelo caminho estava tudo muito silencioso e depois de algum tempo, percebi que estávamos em algum caminho que com certeza não era na cidade, pelo jeito que o carro balançava estávamos fora do asfalto, e não demorou muito o carro parou, e fomos retirados de lá, Jun gritou meu nome eu senti algo furando em meu braço, e então acordei aqui. — Explico para Hwasa, estamos na sala sentadas no sofá, estou com uma xícara de chá intocável em mãos.— É gente perigosa, muito perigosa eu estou tão preocupada com o Jin. — Começo a chorar novamente. — Já fazem dois dias e nada, nem uma mensagem ou um telefonema pedindo resgate que irei ter que dá o cu, pra pagar. E se mataram ele? Se estiverem o torturando, meu Deus!

— Calma Mel! — Pede Hwasa que faz um carinho nos meus cabelos.

— Como você me pede calma Hwasa? Meu namorado foi sequestrado, cansei de esperar não ligo mas se virem atrás de mim, irei ligar pra polícia. — Me levanto, e pego o telefone fixo porém Hwasa toma de mim.

— Não Melinda! — Ela me olha. — Tenha paciência, a polícia só declara como desaparecido depois de 48 horas.

— Ele foi sequestrado Hwasa!

— Vamos esperar mais um pouco, se ele não aparecer, vamos juntas pra delegacia.

(...)

2 dias depois....

— 4 dias, nove horas, e quarenta e dois minutos, eu vou ligar!

— Daqui que consiga uma ligação, melhor irmos para a delegacia. — Diz Namjoon, procuro pela minha bolsa quando a porta é aberta.

É Jin.

Está todo sujo, e machucado, ele está mancando também.

— Jin! — Corro na direção dele, e seguro e ambos os lados de seu rosto. — Meu Deus, o que fizerem com você? Misericórdia, está todo machucado! — Ele me olha, e retira minhas mãos de seu rosto.

— Me deixe quieto, quero tomar um banho e dormir. — Namjoon e Hwasa se entre olham.

— Vamos Hwasa! — Chama Namjoon.

— Se cuidem! — Os dois saem, e Jin sobe as escadas para ir ao quarto.

— Ei! — O chamo, e ele simplesmente não me dá ouvidos, e vou atrás dele. — Por que está agindo assim? Como você some por 4 dias, e volta desse jeito que bixo te mordeu? Viu os rostos deles? Tiraram a sua venda? Reconhece a voz de alguém? Precisamos prestar queixa e... — Ao entrar no quarto ele retira a camisa, e posso ver várias escoriações em seu corpo, ele retira os tenis e a calça ficando apenas de cueca.

— Será que dá pra calar a boca? Eu só quero tomar um banho, e descansar, e você está me irritando.

— Eu te irrito? — Engulo o choro.

Ele se aproxima de mim, e me olha nos olhos.

— Foi isso mesmo, que vou ouviu. — Ele passa por mim e abre a porta do banheiro, fechando em seguida assim que escuto ele ligar o chuveiro, começo a chorar.

(...)

Sai do quarto logo que escutei ele desligar o chuveiro, fui para sala à espera dele pensando que viria se desculpar, mas isso não aconteceu. Chega a noite, e não quero dormir com ele, não dá nesse clima então subi, peguei cobertores e travesseiros, e o olhei pelo canto do olho parecia que eu não existia ali, ele ficava o teto, e vez ou outra suspirava.

Me senti um fantasma.

Jin não tomou café da manhã, não almoçou, nem jantou eu sei que tem algo de muito errado, mas irei descobrir.

Apartamento 777Onde histórias criam vida. Descubra agora