Any, uma pequena menina infantilista, foi abandonada com apenas nove anos pelos pais e levada para um orfanato. Nesse lugar, nunca recebeu o carinho e cuidado que necessitava, e quando completou os seus 18 aninhos, finalmente conseguiu se livrar daq...
"Ontem a titia Didi veio visitar-me, eu gostei muito porque estava com muitas saudades da minha amiga. A Diarra disse que hoje no concerto, iria cantar para mim, queria muito ouvir a sua voz novamente. Eu sempre adormecia com as suas doces palavras sobre o meu ouvido. O canto de Didi foi o que me trouxe até ao Canadá, queria tentar a minha sorte no mundo da música, mas nunca esperei que tudo isto fosse acontecer. Agora já não sei se realmente vale a pena, talvez eu nem cante assim tão bem como a titia Didi falava. Talvez eu não mereça tal coisa, nunca foi a menina que queriam que eu fosse. Primeiro a mamã...
"-Nunca mais me acorde á noite Any Gabrielly - Mas mãe, está a doer muito, a Ny está doidoi - Cala a boca Maldita criança mimada"
Depois o papá:
" -Espero que sirvas para alguma coisa filhinha. Vamos brincar com o papá? RESPONDE CRIANÇA IMBÉCIL, VOU TE ENVIAR PARA O ORFANATO"
Depois disto vieram os piores minutos da minha vida.
O carinho nas costas
Falsa tranquilidade
A dor
A sensação de inutilidade
" Não foi bom o suficiente, deveria ter seguido o concelho da tua mãe mais cedo e ter te entregado para aquele Orfanato. Não tenho mais paciência. Nem para isto serves, não tolero choro"
Depois a senhora Evans
" Não comas, é da maneira que desapareces mais rápido"
Eu sempre acabo por fazer a coisa errada e irritar quem está á minha volta. Em breve Joshy vai ficar irritado com a Ny também. Sempre assim, primeiro fingem que vão cuidar da Any, depois começa o pesadelo. Eu não quero ter medo do Joshy. A Any ama o Joshy.
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- Any, minha princesa, vamos tomar um banhinho? Está na hora- a titia Saby veio até mim. Fechei o caderninho e guardei dentro debaixo da cama.
- Sim, posso levar o cenourinha?- fiz biquinho o abraçando.
- Pode meu anjinho, agora vamos- Dei a mão para a Saby e fomos até aos balneários.
Tomei um banhinho calmo e só precisei de ajuda da titia Joalin na hora de lavar os meus cachinhos porque eles estavam muito embaralhados. Depois fui junto com a saby e com a Joalin para o vestiário para nos trocarmos.
Olhei para o meu lado e não vi o meu amigo. Onde estava o cenourinha? Esfreguei os olhinhos com lágrimas de desespero.
- Passa-se alguma coisa meu bem?- perguntou a Joalin.
- Sim, eu esqueci o cenourinha no chuveiro- Falei limpando os olhinhos do choro.
- Podes ir lá buscar, mas despacha-te porque alguém já deve estar a fechar aquela ala. Depois vem aqui ter- assenti e segui o meu caminho de volta para a ala dos chuveiros.
Entrei na cabine que eu tinha usado e olhei ao redor á procura do meu amiguinho. Onde será que ele foi? Eu deixei-o no banquinho ao lado do shampooo.
- Á procura do urso?- uma voz grave atraio a minha atenção para a porta sa cabine.
- Sim, encontra-te o meu amigo. Onde ele estava?- pergunto ao me aproximar para pegar o cenourinha das suas mãos.
- Não importa onde ele estava Any. Mas podemos fazer um acordo. O que acha de ter o cenourinha de volta?- engolo em seco com medo.
- Pode me dar o cenourinha?- estendi a mão para que ele o desse.
- Só preciso de algumas fotos. Posso tirar e dar-te o cenourinha. Quer?- o olho confusa. Porque ele quer fotos da Ny?
- Qual é o seu nome?
- Não precisa saber o meu nome
- Porque não? És um guarda, eu deveria saber os nomes dos guardas. Não é assim?
- Não, vai aceitar o acordo ou não?
- A titia Saby disse para eu não demorar, daqui a pouco ela vem aqui me procurar e vai ver que tu não devolves o meu amigo- cruzei os braços e fiz um bico chateado. Eu queria o meu amiguinho de volta, mas algo me dizia que eu não deveria deixar ele tirar aquelas fotos.
- Acredite, ela não vem. Agora tire esse toalha e deixe eu tirar as fotos, não quero ter que me chatear.
- Eu não tenho roupinha por baixo da toalha. Joshy falou que eu não posso deixar nenhum homem me ver assim sem roupinha- Abracei a toalha com medo.
- Josh sempre a estragar tudo- O guarda bufou- Não importa o que ele disse, vai me deixar tirar as fotos a bem ou a mal, não tenho muito mais tempo. Rápido.
- Eu vou gritar. JOSSHHYY- gritei o mais alto que consegui e o guarda riu.
- Não adianta, ninguém te ouve aqui- ele se aproxima de mim e puxa a minha toalha.
- Não faz isso com a Ny, por favorzinho, eu não quero, por favor, não quellooooooooo
- Cala a boca e olha para a câmera- o homem mau falou com raiva e eu obseci com medo.
- po favorrrr, a Ny quele o cenourinhaaaaa. No na noooooo po favorr iiiihhhhhhhaaaaahhhh
